terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Posted: 10 Dec 2012 04:33 PM PST

O império global petrolífero e bancário dos Rockefeller foi objeto de várias críticas na internet. Porém, a inserção dos tentáculos dos Rockefeller em cada faceta da banca estadunidense, o petróleo (através do controle da Standard Oil), o Exército, a educação e o aparato de política exterior, foi exposta numa monografia preparada pela União Soviética em 1959. Uma tradução ao inglês do artigo soviético, preparada pela Divisão de Documentos Estrangeiros da Agência Central de Inteligência e datada em 16 de dezembro de 1959, foi resgatada dos arquivos da CIA. O documento se titula: “About Those Who Are Against Peace” (Sobre aqueles que estão contra a paz).

Os argumentos do documento soviético concordam em términos gerais com o discurso do presidente Dwight Eisenhower à nação, pouco antes da inauguração do presidente Kennedy em janeiro de 1961. Em seu discurso, Eisenhower alertou o povo estadunidense sobre os perigos que o “complexo industrial-militar” representava para a democracia dos Estados Unidos.



Não há nada no documento soviético que soe falso sobre os Rockefeller. A família oligárquica exerceu controle sobre a política exterior dos Estados Unidos através de seu patrocínio do Council on Foreign Relations (CFR), a Comissão Trilateral e o Grupo Bilderberg – três organizações reservadas da classe elitista do mundo, as quais determinam políticas monetárias, externas e militares a porta fechada. O financiamento de Rockefeller à Universidade de Columbia e a Universidade de Chicago ayudaram a infligir sobre os Estados Unidos a alguns dos mais descarados neo-conservadores que atualmente servem dentro e fora do governo.

O documento informa: “Em 1957, a oligarquia Rockefeller de industrialistas estadunidenses do petróleo controlavam um capital de 61.4 bilhões de dólares. O tamanho preciso da fortuna dos Rockefeller é um segredo de Estado nos EUA. A imprensa estadunidense notou uma vez que se tomam medidas especiais para que a informação sobre as maiores fortunas dos EUA não sejam publicadas.”

Cinquenta anos mais tarde, as fortunas da elite estadunidense continuam sendo um segredo, vistas com o secretismo que rodeava os impostos do candidato presidencial Mitt Romney e seus holdings financeiros no estrangeiro, em lugares como as Ilhas Caimán, Suiça, Bermuda e, segundo alguns reportes, as Ilhas Vírgens Britânicas.

Mas os Rockefeller escreveram um livro para ocultar sua imensa fortuna, artifícios corporativos e contas bancárias secretas, uma tarefa fácil considerando que são donos do Chase Manhattan Bank, conhecido agora como JP Morgan Chase.

O documento soviético pinta uma imagen dos Rockefeller similar à da família Romney: “A gente quer saber a verdade. E a verdade sobre a riqueza dos Rockefeller consiste em fatos obscuros, milhares de famílias arruinadas, centenas de milhares de obreiros em muitos países do mundo atormentados por trabalhos exploradores. A verdade é a história oculta de muitas guerras – é petróleo manchado com sangue”. É claro, hoje pode se dizer o mesmo sobre a família Bush conectada com os Rockefeller, ao igual que Dick Cheney, George Soros, Rupert Murdoch e a família Rothschild.

O artigo identifica os membros do clan Rockefeller em 1959: “John D. Rockefeller II não dirige só seu amplo império. Possui cinco filhos – John D. III, Laurance, David, Winthrop, e Nelson. Eles são todos grandes capitalistas. Cada um têm seu papel, seu departamento. Somente Winthrop não ficou famoso, exceto um divórcio escandaloso”. De fato, Winthrop saltou para a fama após se converter mais tarde no governador de Arkansas, em 1966. Seu irmão Nelson serviu como governador de New York desde 1959.

David é o único sobrevivente entre os filhos de John D. II e foi um dos atores mais importantes em organizações secretas como Bilderberg e a Trilateral. O comportamento de David Rockefeller é descrito no documento: “A imprensa burguesa o publicita como o proprietário da melhor coleção de insetos do mundo, e como dono de modos extremamante cavalheiros. Mas quando entra no escritório do banco [Chase Manhattan] e as portas de aço se fecham, o amante das mariposas se converte num homem ambicioso por dólares. Os biógrafos contratados têm todas as razões para chamá-lo de “a personificação das virtudes de Wall Street”.

Nelson Rockefeller, quem em 1975 poderia ter se convertido em presidente dos Estados Unidos, é reconhecido no artigo por seu papel na América Latina, planos complementados por Richard Nixon e o secretário de Estado e íntimo de Rockefeller, Henry Kissinger. O documento assinala: “Os Rockefeller tiveram durante muito tempo uma atração irresistível pelos países da América Latina: o cheiro provocativo do petróleo os alcança desde o continente sulamericano. Por isto, Nelson Rockefeller, quem tentou há bastante tempo converter a América do Sul em seu Estado familiar, foi instalado uma vez na cabeça do chamado “Departamento de Assuntos Inter-Americanos”.

O artigo cita o jornal esquerdista Daily Compass, o qual publicou colunas do jornal investigativo I.F. Stone, para descrever o poder dos Rockefeller sobre o Departamento de Estado norteamericano: “A política do Departamento de Estado nasce nos escritórios da Standard Oil. Desde lá é transmitida ao Departamento de Defesa, onde os líderes do Exército e a Marinha a aprovam. Quando esta política chega ao Departamento de Estado, se converte em política de governo, e deverá ser confirmada rápidamente pelo Congresso e sem cargo algum. Quando uma ordem de leis que pretendem proteger os interesses dos reis do petróleo provêm da mesma dinastia Rockefeller, todo o Congresso – desde o menor ao maior – tomam “atención” e fazem o que seus chefes ordenem”.

Considerando a recente intervenção dos Estados Unidos e da OTAN na Líbia e Síria, países onde o petróleo é chave, pouco mudou em relação a como a política exterior e bélica dos EUA é criada.

Os nexos de Rockefeller com a CIA e o Mossad israelense também são mencionados na monografia soviética. O documento revela que os Rockefeller presentearam à inteligência estadunidense a Escola de Estudos Orientais de Jerusalém com dinheiro da companhia petrolífera árabe-americana (ARAMCO). A escola, que operou sob o completo conhecimento do Mossad, treinou funcionários estadunidenses para realizar espionagem no Oriente Médio.

Existiu um tempo em que o governo estadunidense e a imprensa corporative (burguesa) rotularam artigos como a monografia soviética sobre os Rockefeller como propaganda pura. Em retrospectiva, os autores soviétivos do artigo entenderam em 1959 o que muitos estadunidenses demoraram para perceber: que EUA está sendo destruído por uma elite enormemente rica e que pretende depredar o país como um “enxame” de lagostas.

Fonte: verdadahora.cl

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Via: http://caminhoalternativo.wordpress.com/
Posted: 10 Dec 2012 03:59 PM PST

Desta vez pode ser o fim do "chavismo"...

Não há como resistir por muito tempo às pressões e estratégias da Elite Global.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou neste sábado (8) que vai se submeter a uma nova cirurgia contra o câncer em Cuba e advertiu para um cenário político no qual poderia não estar presente.
Em uma mudança de tom em relação a seu discurso habitual, Chávez pediu que, no caso de algo lhe acontecer, o povo venezuelano apoie o vice-presidente, Nicolás Maduro, como seu possível sucessor, caso seja necessária uma nova eleição.
É a primeira vez que Chávez admite, publicamente, que a doença pode impedi-lo de seguir à frente do país, cerca de dois meses após sua reeleição.
A Constituição da Venezuela estabelece, que se ocorrer a falta absoluta de um presidente antes da posse, deverão ser realizadas novas eleições em um período de 30 dias e, enquanto isso, o presidente do parlamento assumirá o cargo.



Oposição exige 'verdade' e respeito à Constituição. Se a falta ocorrer nos primeiros quatro anos de mandato, também serão convocadas eleições, mas o vice-presidente exercerá temporariamente o cargo.

"Nicolás Maduro não só nessa situação deve concluir como manda a constituição o período, mas minha opinião firme, plena como a lua cheia, irrevogável absoluta, total, é que nesse cenário que obrigaria a convocar eleições presidenciais vocês elejam Nicolás Maduro como presidente", disse Chávez em cadeia nacional, ao lado do próprio Maduro, após vários dias sem aparições públicas.
Chávez disse que o vice-presidente e há mais de seis anos chanceler da Venezuela "é um dos lideres jovens de maior capacidade para continuar (...) com sua mão firme, com seu olhar, com seu coração de homem do povo".
"Se como diz a Constituição se apresentasse alguma circunstância que a mim me desabilite para continuar à frente da Presidência", disse Chávez, Maduro deveria concluir o período atual, que termina em 10 de janeiro com a chegada do novo período presidencial para o qual Chávez foi eleito no dia 7 de outubro.

Chávez disse que "em qualquer circunstância se deve garantir o andamento da revolução bolivariana, o andamento vitorioso desta revolução e seguir construindo a via venezuelana ao socialismo".
'Células malignas'
Chávez, que tem 58 anos e está desde 1999 no poder, anunciou o reaparecimento de "algumas células malignas" na mesma região onde foi detectado um câncer em 2011.
"Por alguns outros sintomas, decidimos com a equipe médica adiantar exames (...) e, bom, lamentavelmente, nesta revisão exaustiva, surge a presença na mesma área afetada de algumas células malignas novamente", disse.
"É absolutamente imprescindível me submeter a uma nova intervenção cirúrgica e isso deve ocorrer nos próximos dias, inclusive digo que os médicos recomendavam que fosse ontem (sexta-feira), no mais tardar ontem ou este fim de semana, mas eu disse não", explicou o presidente, afirmando que originalmente partiu para Havana para um tratamento complementar.
Recaídas
Chávez, que esteve ausente da vida pública por três semanas antes de retornar na sexta-feira de Cuba, para onde havia partido no dia 27 de novembro para um tratamento de oxigenação hiperbárica, foi diagnosticado pela primeira vez com câncer em junho de 2011 e sofreu uma primeira recaída em fevereiro deste ano.
A localização e a gravidade da doença do presidente venezuelano nunca foram reveladas, apesar dos protestos da oposição, que reclama de falta de transparência.
Chávez foi tratado quase exclusivamente em Cuba, onde também recebeu quimioterapia e radioterapia.

Sucessão clara
Maduro, que atua há mais de seis anos como chanceler da Venezuela, foi nomeado vice-presidente por Chávez poucos dias após o presidente ser reeleito para o período 2013-2019 e desde então exerce ambos os cargos.
"Independentemente dos resultados de seu tratamento futuro, Chávez deixa clara a sucessão para enfrentar qualquer divisão interna", afirmou em sua conta do Twitter Luis Vicente León, presidente da empresa Datanálisis.
León também considerou que, se a sucessão de Maduro ocorrer, "a maior probabilidade é que seja com Chávez vivo para consolidá-la internamente".
Maduro, junto a uma dezena de ministros, acompanhou Chávez durante o discurso de sábado, no qual o presidente - apesar de se mostrar aflito por alguns momentos - também demonstrou força e bom-humor, ao convocar a unidade dos seus e até mesmo entoar uma canção.
Pouco depois do anúncio de Chávez, as redes sociais venezuelanas receberam milhares de mensagens sobre a saúde do presidente e alguns de seus colaboradores convocaram correntes de oração para este domingo em todo o país.

Fonte: http://g1.globo.com/

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