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05 Dec 2012 03:59 AM PST
“O
comunismo prometia aos judeus a supressão da carga dos mandamentos, do ódio da
Torá, da segregação das nações. Ele lhes tirava o peso de ser
judeu. Suprimia também, de fato, as causa permanentes da
opressão. Era uma alternativa à vida judaica que não era uma
passagem ao cristianismo e ao islamismo, igualmente desprezados, e que não os
protegia, porque a marca judia subsistia depois da conversão, como a história
havia demonstrado. O comunismo era então uma entrada em um mundo
novo, sem no entanto haver lugar para pagar uma traição ou uma apostasia
formais, porque o objetivo religioso da Torá, a paz e a justiça, era
supostamente garantido e porque a comunidade poderia continuar existindo
idealmente, de forma que o nome de judeu pudesse ser usado sem pudor, não
implicando responsabilidade e obrigações particulares, mas simplesmente como a
marca de uma origem gloriosa, pois, pela opressão, ele estava aparentado com o
‘proletariado’. Enfim, a passagem ao comunismo – estamos tentados
a dizer: o Êxodo poderia parecer a realização e a secularização, cujo élan era,
há um século, irresistível.”
(“A infelicidade do século”, Alain Besançon, Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 2000, pp. 95-96) |
domingo, 9 de dezembro de 2012
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