terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Tocha: Quatro assaltantes acusados de homicídio e roubo Idoso espancado agoniza até à morte

Ricardo Almeida

Argemiro Maia (foto peq.) foi espancado com tubos de ferro e um pé-de-cabra antes de ser abandonado pelos assaltantes, seus vizinhos

Ao longo de dois dias Argemiro Maia, 91 anos, permaneceu em agonia até morrer numa antiga casa florestal na Tocha, Cantanhede, depois de ter sido brutalmente espancado por um grupo de assaltantes. Dez meses após o crime, o Ministério Público acusa os quatro suspeitos – entre os 17 e os 25 anos – de homicídio qualificado, de roubo e furto. A procuradora acentua a "frieza de ânimo" com que atuaram – ao deixarem que Argemiro morresse de "forma lenta e sofrida".

O roubo terá sido preparado ao pormenor pelo grupo de duas raparigas e dois rapazes. Vizinhos de Argemiro, conheciam as suas rotinas, assim como o hábito que o idoso tinha de gabar-se dos bens que guardava em casa. A 19 de março, equiparam-se com luvas e gorros, cortaram o cabo da eletricidade e do telefone antes de entrarem em casa da vítima.
Alertado pelo barulho, Argemiro foi ao exterior e fez disparos com uma arma de fogo. Foi atacado pelos assaltantes que lhe desferiram pancadas com tubos de ferro e um pé-de-cabra, até cair inanimado. Amordaçaram--no, amarraram-no e levaram--no na bagageira do carro até a uma antiga casa florestal, onde o abandonaram. No dia seguinte voltaram ao local para confirmar se ainda estaria vivo, mas não o socorreram. Argemiro morreu ao final do dia de 21 de março. Contactado pelo CM, Vítor Gaspar, advogado dos arguidos, recusou prestar declarações.



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