sábado, 23 de fevereiro de 2013

EU NÃO RECICLO




Há 20 anos, existiam os farrapeiros, que nos compravam o papel e farrapos para a reciclagem. Hoje existem bidões que damos o papel ou cartão que pagamos, quando compramos um qualquer produto, porque isso é bom para o ambiente, mas o que não nos dizem é que para reciclar e lavar esse todo papel existe um gasto brutal de energia, água e lixívias para tornarmos a ter papel muito branco. Pois, em 20 anos, criaram-se mais embalagens de cartão e papel, que pagamos quando adquirimos um qualquer produtos, e depois entregamos aos bidões gratuitamente.



Há 20 anos, o arroz, o feijão e outros produtos que tais comprava-se a grosso e levava-se um saco de pano. Agora existem muitas embalagem em plástico, para qualquer produto alimentar, que depois recicla-se, para isso basta colocar no bidão, porque é bom para o ambiente, mas não interessa as necessidades de energia para tal.



Agora quem recicla é amigo do ambiente, quem não o faz um criminoso. Mas, eu não quero reciclar, quero ter vasilhames, sacos de pano e comprar a grosso e entregar o excesso de papel ao farrapeiro que me dá dinheiro.



Agora pago 3 vezes, pela mesma embalagem, quando compro o produto, quando pago a taxa de resíduos na factura da água, e quando reciclo. Mas, eu só quero pagar a Taxa de lixo.



Neste novo século as campanhas à reciclagem alargaram-se aos electrodomésticos e “novas tecnologias”, pois estas “coisas” duram pouco temo e se deitar-mo ao lixo fazem mal ao ambiente. Mas, eu quero aparelhos que durem muito tempo. Será que os aparelhos estão programados para durar pouco tempo? Eu, diria que sim. Mas, seguindo a lógica devo-me actualizar e entregar os desactualizados no bidão. Mas eu paguei por esse produto, e vão reutilizar esse material, então eu quero que me paguem.





Neste novo século paga-se taxa na entrega de velhos pneus e óleos e pilhas, mas eu pago quando compro estes produtos, entrego-os e depois são reutilizados para fazer estradas, energia e novas pilhas. Eu, quero que me paguem quando entrego os meus pneus velhos e óleos usados e pilhas. Até parece que alguns lucram com isto, e até o ambiente.



Mas as campanhas que mais me chateiam são a de recolha de rolhas e de material orgânico. Essas sim têm realmente ainda mais piada.



No caso das rolhas o grupo Amorim em Associação com as grandes superfícies e até uma conceituada Associação Ambientalista, pedem para as pessoas entregarem as rolhas num qualquer Supermercado, pois em troca plantam sobreiros. Pois, não contam, é que por não terem tido um visão de sustentabilidade há 20 anos não plantaram sobreiros, não era preciso, havia muitos e dava para as encomendas. Não contam também, que o custo em água e energia para obter estilha de cortiça, a partir das rolhas é muito superior à da cortiça retirada directamente do sobreiro. Mas, porreiro para os amigos do ambiente, pois passam a pagar pela rolha, pela plantação de sobreiros que o Grande grupo não o fez, e pelos novos produtos resultantes da estilha.



A compostagem está na moda, até nos dão embalagens para fazer em casa, mas pagas na mesma a Taxa de lixo na factura da água. Coisa estranha, então se eu seguir a regras todas da reciclagem, ainda pago uma taxa de recolha de resíduos. Pois, a reciclagem é amiga do ambiente, e tu és amigo da Lipor e da ValorSul e outras que tais. Mas, e os orgânicos que vão para o aterro? Já não vão estas empresas criam composto e vendem aos agricultores e agora em novas embalagens ao consumidor final em qualquer supermercado. Mas, então eu compro composto, do composto que dou? Sim, assim és amigo do ambiente e pagas 3 vezes, quando compras os produtos compostaveis, a taxa de resíduos na factura da água e depois quando compras composto ou sacos de terra.



Agora, já posso ser insultado pois todos ganham, o ambiente (dizem), as autarquias e a empresas de recolha e triagem de resíduos (não o dizem), e ganhas tu (mentem).


Eu quero é vasilhame, farrapeiros e saquinhos de pano e pagar a Taxa de resíduos na factura da água. Posso?




Fonte: http://ecotretas.blogspot.com/2011/11/eu-vou-passar-nao-reciclar.html

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