Político conservador grego condenado a prisão perpétua por desvio de 17 milhões de euros
Tribunal considerou que Vassilis Papageorgopoulos fazia parte de
um esquema que desfalcou a Segurança Social enquanto esteve à frente do
município de Salónica, o segundo maior do país.
grego condenou o antigo presidente da
Câmara de Salónica a uma pena de prisão perpétua, pelo crime de
peculato. Vassilis Papageorgopoulos, que presidiu à segunda maior
autarquia da Grécia entre 1999 e 2010, foi considerado culpado do desvio
de 17 milhões de euros do erário público, sensivelmente metade do
orçamento disponível para obras no município.
O político conservador, que foi atleta olímpico em 1972 e 76 e serviu como vice-ministro do Desporto no início da década de 90, acusou a justiça grega de ter conduzido um “processo político” com o único objectivo de “satisfazer o desejo de vingança do público, que pede o sangue dos políticos”.
O Ministério Público abriu uma investigação às finanças de Salónica na sequência de denúncias que apontavam para o misterioso desaparecimento de milhões de euros que deveriam ter sido transferidos dos cofres municipais para a Segurança Social grega. O seu sucessor, Yannis Boutaris, disse que depois de tomar posse, em Novembro de 2010, constatou que a informação financeira que Papageorgopoulos lhe transmitiu era imprecisa e não correspondia ao saldo contabilístico municipal.
Segundo o tribunal deu como provado, os três arguidos montaram um esquema que consistia em apropriar-se das contribuições devidas à Segurança Social dos salários dos funcionários municipais. O tesoureiro Panagiotis Saxonis, responsável por esses pagamentos, fazia o lançamento das verbas nos fundos da Segurança Social, mas retinha o dinheiro, guardando uma parcela de 10% para si e distribuindo o resto por Lemoussias e Papageorgopoulos – os dois nomes constavam como titulares da conta bancária onde esse dinheiro foi depositado.
Além do autarca, foram
também condenados à mesma pena o antigo secretário-geral do município,
Mihalis Lemousias, e o tesoureiro, Panagiotis Saxonis, acusados dos
crimes de falsificação e branqueamento de capitais. Dois directores
financeiros municipais receberam penas de 10 e 15 anos, naquele que foi o
primeiro grande caso de corrupção política desde o início da crise
financeira na Grécia – 17 arguidos responderam pelo desvio de verbas do
município num valor estimado de 52 milhões de euros.
Papageorgopoulos,
um membro do partido Nova Democracia do primeiro-ministro Antonis
Samaras, foi “considerado culpado de cumplicidade directa no desfalque”
do dinheiro público, disse uma fonte judicial à Reuters. O ex-autarca –
um antigo corredor de alta competição e dentista, conhecido como o
“Médico Voador” – foi implicado pelos outros arguidos, mas declarou a
sua inocência durante o julgamento. “Não tenho nada a ver com este caso.
Algumas pessoas vão morrer de culpa por isto”, declarou, depois de
conhecida a sentença.O político conservador, que foi atleta olímpico em 1972 e 76 e serviu como vice-ministro do Desporto no início da década de 90, acusou a justiça grega de ter conduzido um “processo político” com o único objectivo de “satisfazer o desejo de vingança do público, que pede o sangue dos políticos”.
O Ministério Público abriu uma investigação às finanças de Salónica na sequência de denúncias que apontavam para o misterioso desaparecimento de milhões de euros que deveriam ter sido transferidos dos cofres municipais para a Segurança Social grega. O seu sucessor, Yannis Boutaris, disse que depois de tomar posse, em Novembro de 2010, constatou que a informação financeira que Papageorgopoulos lhe transmitiu era imprecisa e não correspondia ao saldo contabilístico municipal.
Segundo o tribunal deu como provado, os três arguidos montaram um esquema que consistia em apropriar-se das contribuições devidas à Segurança Social dos salários dos funcionários municipais. O tesoureiro Panagiotis Saxonis, responsável por esses pagamentos, fazia o lançamento das verbas nos fundos da Segurança Social, mas retinha o dinheiro, guardando uma parcela de 10% para si e distribuindo o resto por Lemoussias e Papageorgopoulos – os dois nomes constavam como titulares da conta bancária onde esse dinheiro foi depositado.
Novas detenções na luta contra a corrupção na Grécia
A luta contra a corrupção na Grécia traduziu-se hoje por detenções
de três membros do organismo grego de luta contra o crime financeiro
(SDOE) e de dois polícias, em operações separadas, anunciaram as
autoridades gregas.
A luta contra a corrupção na Grécia traduziu-se hoje
por detenções de três membros do organismo grego de luta contra o crime
financeiro (SDOE) e de dois polícias, em operações separadas, anunciaram
as autoridades gregas.
De acordo com testemunhas, os polícias detiveram na passada quinta-feira o comerciante e um ajudante, também de nacionalidade estrangeira, por alegadas infracções aos regulamentos sanitários e fraudes fiscais, e em seguida exigiram dinheiro pela sua libertação.
Estas duas detenções são as últimas de uma série de incidentes semelhantes ao longo da semana na Grécia, no quadro da luta contra a corrupção, um flagelo no país, que se encontra no seu sexto ano consecutivo de recessão económica.
Na passada quarta-feira, o chefe da polícia de um bairro operário em Atenas foi detido por suspeitas de se ter apropriado de 4000 euros que um comerciante paquistanês transportava na sua viatura.
Antes disso, um outro alto responsável da polícia em Atenas foi detido depois de ter tentado extorquir dinheiro a um outro paquistanês, proprietário de uma tabacaria.
Os três elementos do SDOE
foram detidos no oeste da Grécia por presumível extorsão de fundos de um
homem de negócios local. Um dos indivíduos é um alto responsável da
brigada de repressão de fraudes, disse uma fonte policial à AFP.
Numa
segunda operação, foram detidos em Atenas dois agentes da polícia
grega, suspeitos chantagearem um paquistanês proprietário de uma loja de
alimentação.De acordo com testemunhas, os polícias detiveram na passada quinta-feira o comerciante e um ajudante, também de nacionalidade estrangeira, por alegadas infracções aos regulamentos sanitários e fraudes fiscais, e em seguida exigiram dinheiro pela sua libertação.
Estas duas detenções são as últimas de uma série de incidentes semelhantes ao longo da semana na Grécia, no quadro da luta contra a corrupção, um flagelo no país, que se encontra no seu sexto ano consecutivo de recessão económica.
Na passada quarta-feira, o chefe da polícia de um bairro operário em Atenas foi detido por suspeitas de se ter apropriado de 4000 euros que um comerciante paquistanês transportava na sua viatura.
Antes disso, um outro alto responsável da polícia em Atenas foi detido depois de ter tentado extorquir dinheiro a um outro paquistanês, proprietário de uma tabacaria.