As cinco chaves da semana
1. Seguro falha com quatro ases na mãoAntónio José Seguro levou uma sova na quarta-feira. Uma coça. Um abanão. Quarta-feira não era um dia qualquer. Nesse dia, o secretário-geral do PS apresentou uma moção de censura ao governo. Sem capacidade para derrubar Passos Coelho, a moção de censura era na verdade uma moção de confiança do próprio ao próprio. Depois de quase dois anos à frente do PS sem convencer ninguém de que um dia será capaz de governar o país - basta olhar para as sondagens -, aquele dia na Assembleia da República revestia-se de especial importância. Seria Seguro capaz de derrotar Passos? Os ingredientes estavam reunidos, melhor seria impossível. 1) Miguel Macedo, Paulo Macedo e Paula Teixeira da Cruz, apesar dos desmentidos desse dia, fazem agora formalmente parte do núcleo do governo que contesta a lei & ordem de Gaspar; 2) A saída de Relvas era iminente; 3) A decisão do Tribunal Constitucional também era iminente e o governo temia que fosse bombástica; 4) Perante tudo isto, Passos Coelho era um primeiro-ministro paralisado. Ou seja, Seguro tinha um póquer de ases na mão. O que fez? Perdeu-se nas palavras, confirmou que não está à altura do cargo que ocupa.
Ponto final: Seguro não serve.
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