quarta-feira, 3 de abril de 2013

Posted: 02 Apr 2013 03:03 AM PDT
O Tugaleaks já tinha denunciado a falta de participação, mas depois de um novo esclarecimento emitido ontem por eles, obtivemos novos factos.
Ao ler o manifesto de forma atenta, nem toda a gente se revê em eleições antecipadas. Este núcleo duro, que actua na capital, nem reuniões públicas coloca à disposição das pessoas, usando apenas da força braçal do “povo” na rua e não das várias ideias que Portugal e os Portugueses tem, para organizar coisas diferentes.

Em Fevereiro o Tugaleaks escreveu que em 2 de Março em Lisboa o povo não é quem mais ordena. Dávamos conta do Que se Lixe a Troika (QSLT) ter marcado manifestações por cima de outras já marcadas, como o Cerco ao Parlamento e o evento O povo é quem mais ordena (curiosamente, com o mesmo nome do evento deles). Assim, foram abafados eventos criados antes em nome de uma massa de cidadãos.
Indicávamos também que o grupo era fechado, escolhido a dedo “selectivamente, sem assembleias populares ou voto democrático e popular sobre a organização da manifestação”.

No dia de ontem o QSLT publicou um esclarecimento depois da notícia do i ter noticiado que os seus membros eram do BE e PCP. A notícia investigava o nome da lista inicial de subscritores e cruzava-os com informações, a maioria púbica, sobre a afiliação de cada um desses membros.
Nesse esclarecimento, o QSLT indicava no seu ponto 2 que o grupo “[t]em membros que participam em discussões e em acções propostas em plenários, reuniões e pela net”
Nesse sentido um dos membros do Tugaleaks pediu esclarecimentos sobre os últimos plenários na lista PrimaveraGlobal (uma mailing list que contém alguns activistas). A informação foi negada, por um dos seus membros, argumentando o artigo escrito em Fevereiro que, pelos vistos, não foi bem recebido.

Embora já exista uma fonte no artigo em Fevereiro a corroborar o facto de não haver assembleias populares, mais tarde no mesmo dia de ontem foi-nos enviado esta imagem, de onde apenas ocultamos o nome da pessoa a pedido:

Que se Lixe a Troika: um grupo fechado, escolhido a dedo e sem participação do povo

Esta imagem visa esclarecer que, desde 15 de Setembro, o QSLT ainda está a “equacionar a possibilidade” da participação do cidadão. No entanto, já faz plenários e reuniões, mas ninguém sabe onde.
O autor da pergunta, cuja identidade é conhecida ao QSLT uma vez que foi através da página de Facebook deste que a situação se tratou, identifica alguns problemas com este movimento Cívico:
Eu nunca tive muita confiança para ser verdadeiro, mas como não gosto de desconfiar por desconfiar vou à procura de respostas! E acho inaceitável que um grupo que diz que o Povo é quem mais ordena e convoca o povo para as manifestações depois venha dizer que ainda está a equacionar a nossa participação! Ahh já sei, apenas querem a nossa participação para ir gritar palavras de ordem, mostrar faixas e agitar bandeirinhas! Se são um grupo do povo como dizem então tem que fazer reuniões à porta aberta para as pessoas saberem o que eles querem porque eu não acredito em filantropia do activismo!
Eu pensei bastante antes de decidir denunciar a minha intenção não é dividir mas não sou carneiro não apoio quem não abre as suas portas não apoio quando não sei quem são os organizadores.
Trata-se de um movimento composto por elementos afectos a partido (o que não tem problema algum) mas que  não defende a participação pública de qualquer pessos: apenas das ideologias (serão apenas ideologias partidárias?) comuns, não do povo.
O Tugaleaks insistiu na resposta à pergunta para nos indicarem a forma em como anunciaram e onde se realizaram as assembleias, bem como enviando um e-mail para o colectivo. Até ao momento da publicação deste artigo, não houve resposta da parte do QSLT.

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