quinta-feira, 2 de maio de 2013

Rompuy: UE está pronta para ser flexível

Itália deverá pedir mais um ano para cumprir meta de défice

Por: tvi24    |   2013-05-02 08:33

O presidente do Conselho Europeu garante que a União Europeia (UE) está pronta a «utilizar plenamente a flexibilidade existente e, ao mesmo tempo, manter como objetivo central a manutenção de finanças públicas saudáveis».

«Voltei a dizer que a UE vai continuar ao lado da Itália para continuarmos a realizar o nosso compromisso comum de ultrapassar a crise económica e promover o crescimento e os empregos, utilizando plenamente a flexibilidade que existe e, ao mesmo tempo, manter como objetivo central a manutenção de finanças públicas saudáveis», disse Herman Van Rompuy num comunicado emitido após um encontro com o novo primeiro-ministro italiano, Enrico Letta.

Na segunda-feira, o novo chefe do Governo italiano anunciou uma série de medidas de relançamento da economia, incluindo algumas medidas de alívio da carga fiscal, num valor total de cerca de dez mil milhões de euros. Enrico Letta disse, na altura, esperar conseguir uma «margem de manobra» da parte da Comissão Europeia para financiar este relançamento, deixando antever uma possível extensão do prazo para reduzir o défice orçamental para menos de 3%.

Esta extensão foi já concedida a Portugal e Espanha, e França deverá também beneficiar, em breve, de um ano extra.

Na quinta-feira de manhã, o chefe do Governo italiano vai ser recebido pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Desde que foi nomeado, Letta tem garantido que a Itália vai respeitar os compromissos europeus mas também tem defendido que a Europa tem de adotar medidas favoráveis ao crescimento.

Antes de Enrico Letta, Van Rompuy tinha já estado reunido com o Presidente francês, François Hollande, em Paris, e depois com o primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, em Bruxelas, dois responsáveis que apoiam o primeiro-ministro italiano.

Van Rompuy considerou que a visita de Letta a Bruxelas, logo após ser investido no cargo, era um «sinal claro do compromisso de continuar a trabalhar em estreita cooperação com a UE».

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