CUBA DEMOCRATICA
Artes
Portuguesa filmou às escondidas em Cuba
28-06-2013
Helena Canhoto tentou passar por turista. Levou uma câmara pequena e o iPhone, e queria filmar cubanos de várias regiões. Mas quando tentou viajar pelo país ameaçaram-na de prisãoPor Tânia Pereirinha
Desde que, em 2009, passou quatro meses em Havana, a estudar cinema na mítica Escuela Internacional de Cine y Televisión, fundada em 1986 por Gabriel García Marquez com o apoio de Fidel Castro, Helena Canhoto decidiu: um dia iria filmar um documentário sobre o país. Na altura congeminou um plano, num almoço em casa de Miriam Socarras, uma conhecida actriz cubana, agora com 72 anos, para o qual tinha sido igualmente convidado Herberto Mattel, argumentista, também septuagenário. “De alguma forma eles também se fascinaram pelo meu fascínio por Cuba. Ele dispôs-se prontamente a escrever o guião”, conta Helena à SÁBADO.
Como já deu para perceber, o filme foi feito, chama-se 'Período Especial: O Fim Que Não Acaba', tem cerca de 30 minutos, já foi entregue à aprovação dos júris de uma série de festivais de cinema do género, Doc Lisboa incluído. Só não foi feito com guião de Mattel: “Voltei para Portugal poucos dias depois e tentei entrar em contacto por e-mail com ele e com a Miriam. Um ano depois descobri que os nossos e-mails estavam a ser comidos pela censura.”
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