Posted:
05 Jun 2013 04:20 PM PDT
O presumível bombista vai ser confrontado com o antigo assessor militar do
Presidente Ramalho Eanes
Por: Frederico Duarte Carvalho, jornalista e escritor (blog - facebook) “Que eu saiba, o agora Tenente Coronel Lencastre Bernardo não teve qualquer papel no atentado de Camarate. Mas, terá sido um dos responsáveis pelo encobrimento e a propositada má investigação da PJ”, afirmou ao Tugaleaks o ex-bombista José Esteves, que amanhã, dia 7, pelas 18h30, na AR, vai estar face a face com o militar na AR.
José Esteves (na foto) regressa à AR para ser
confrontado com Lencastre Bernardo
José Esteves afirma que conheceu Lencastre Bernardo anos antes de Camarate. Lembra-se dele em várias ocasiões, sendo uma delas referente ao tempo em que esteve detido preventivamente na PJ devido à participação no grupo bombista CODECO – Comandos Operacionais de Defesa da Civilização Ocidental. Por causa desse conhecimento, o presumível autor da bomba de Camarate, assim que soube quem eram as vítimas do atentado, telefonou ao militar com o objectivo de lhe confessar que a sua participação nos planos dos dias anteriores não previam aquele desfecho. O ex-bombista explica que telefonou primeiro para o Palácio de Belém e que Lencastre Bernardo, apesar de já não trabalhar na PJ, pediu que Esteves fosse ter com ele às instalações daquela instituição, na Gomes Freire. Segundo José Esteves, Lencastre Bernardo disse-lhe para estar tranquilo e que nada lhe iria acontecer. O militar, por sua vez, quando foi testemunhar, garantiu aos deputados que não conhecia José Esteves e negou estes factos. Afirmou que nunca foi a Belém nessa noite e que nunca teve qualquer encontro com José Esteves. Lencastre Bernardo, que viria a ser responsável pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, tornou-se militante do PSD pela mão do amigo pessoal, Dias Loureiro. O seu nome surge ainda no caso BPN. Conheça aqui a confissão que José Esteves fez há poucas semanas sobre tudo o que presenciou no caso camarate: |
Posted:
05 Jun 2013 04:06 AM PDT
O livro paga-se, a Wikipedia não. Muitos livros têm uma imagem a dizer “não à
cópia”. Mas será que não há cópia?
O livro é Viagens 9, para o 9º ano, da Texto Editora, ISBN 978-972-47-3601-3 e criado “mais ou menos” por Arinda Rodrigues, João Coelho. Custa 17 Euros e 15 cêntimos, segundo esta fonte. O livro contém “adaptações” da Wikipedia, conforme consta numa página que diz “Adaptado de Wikipédia e de Geografia Universal – Grande Atlas do Século XXI, 2005. A denúncia é feita pela blogger Maria João Nogueira no seu blog pessoal “Jonasnuts”. Como mãe e como geek, a Maria João escreveu no seu blog que acha “no mínimo curioso que um manual que se quer científico, se inspire ou adapte conteúdos de uma fonte que, precisamente por causa de ser comunitária, é altamente falível” e alertou que o “facto da Wikipédia ser à borla….. o manual, nem tanto”. O Tugaleaks contactou a Texto Editora, no sentido de apurar se isto era algo comum, mas, vários e-mails e dois telefonemas resultaram em silêncio. A blogger afirma ainda que existem mais fontes usadas como a Revista Visão e remate que “[a]cho extraordinário que uma indústria, a livreira, que anda a meter carimbinhos de “não à cópia” se inspire depois na Wikipédia e noutras fontes que, de científico têm muito pouco, e que me cobre, por informação a que posso aceder gratuitamente”. Contactámos a blogger que, em poucas horas e ao contrário da Texto Editora, nos respondem de volta ao e-mail. Conta-nos que o problema parece incidir nas fontes credíveis, pois “não vejo problema nenhum no facto de se recorrer a fontes externas, desde que credíveis. Não coloco a Wikipédia na lista de fontes credíveis para um livro escolar. Aquilo que serve para que o meu filho recolha informação para um trabalho, não serve para um livro escolar“. Sugeriu ainda que a Texto Editora “largue o negócio dos livros escolares” pois “à informação da Wikipédia eu acedo sem precisar de intermediários pagos”. O Tugaleaks em finais do ano passado publicou uma história onde um professor tinha proibido os seus alunos de tirarem fotocopias do livro que, só por acaso, tinha sido ele o autor. O caso foi até discutido numa audição parlamentar em comissão de educação. O referido livro tinha também o símbolo “não à cópia”. A Maria João comentou, em relação ao símbolo que “preferia que tivessem optado pelo “Não há cópia“. O slogan “Não à cópia” (e as campanhas correspondente) que pretende sensibilizar as pessoas para uma questão pertinente é apenas a prova gritante de que a indústria dos editores (e a do entretenimento, já agora), está muito longe de saber comunicar com os seus consumidores, e está claramente a insistir num modelo de negócio em vias de extinção”. E o leitor, acha que citar a Wikipedia e a Revista Visão em materiais escolares é sensato? |
quinta-feira, 6 de junho de 2013
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