AKI ANGOLA
Grupo que detém o DN, JN e TSF negociado com fundo angolano
Capital de risco liderada pelo empresário angolano António Mosquito poderá ficar com mais de 50% do capital da Controlinveste.
Um fundo de capital de risco, liderado pelo
empresário angolano António Mosquito, está em negociações para a compra
do grupo que detém o Diário de Notícias, o Jornal de Notícias, O Jogo
e a TSF. Caso se concretize a operação, o fundo passará a deter mais de
50% do capital da Controlinveste. A notícia foi avançada nesta
terça-feira pelo jornal i e confirmada pelo PÚBLICO.
O jornal i adianta ainda que os novos donos do grupo de comunicação social ponderam a saída de 200 trabalhadores. A criação do fundo pode ainda implicar a venda de activos como o Jornal de Notícias, O Jogo e a TSF, para amortizar a dívida, continua o diário. Quanto ao DN, será alvo de uma “profunda reestruturação”.
O PÚBLICO tentou, sem sucesso, contactar Joaquim Oliveira e Rolando Oliveira, administradores da Controlinveste.
O restante capital será
dividido em duas parcelas: uma para o BCP e BES, os principais credores
da Controlinveste que reconvertem dívida em capital, outra para Joaquim
Oliveira, actual presidente do conselho de administração.
António
Mosquito M’Bakassy, 56 anos, é um dos grandes investidores do Banco
Caixa Geral Totta Angola, detido pela Caixa Geral de Depósitos e pelo
Santander. O empresário detém 12% da instituição bancária e está à
frente do grupo António Mosquito, com interesses em áreas como o
automóvel, petrolífero e diamantes. É da província do Huambo.O jornal i adianta ainda que os novos donos do grupo de comunicação social ponderam a saída de 200 trabalhadores. A criação do fundo pode ainda implicar a venda de activos como o Jornal de Notícias, O Jogo e a TSF, para amortizar a dívida, continua o diário. Quanto ao DN, será alvo de uma “profunda reestruturação”.
O PÚBLICO tentou, sem sucesso, contactar Joaquim Oliveira e Rolando Oliveira, administradores da Controlinveste.
- A vingança dos colonizados, poderia dizer-se. Mas na verdade são as holdings e a miríade de multi-cruzamentos de capitais bancários com os interesses das elites angolanas directa ou indirectamente ligados à família Dos Santos que dominam boa parte das empresas portugueses, enquanto o povo angolono está abaixo do limiar da pobreza, como o deixámos há quase 40 anos.