sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Posted: 12 Sep 2013 02:21 AM PDT
Activistas de direitos humanos dizem que a menina, de apenas 8 anos, morreu com lesões internas quando ela praticou relações sexuais com um homem com 5 vezes a sua idade.
Rawan, uma menina de 8 anos morreu na noite em que se casou, vítima de lesões internas provocadas pelas relações sexuais que teve, nesse mesmo dia, com o seu marido de 40 anos. As organizações dos Direitos Humanos e activistas pedem a detenção do agora viúvo.
A morte ocorreu numa área tribal chamada Hardh, na fronteira da Arábia Saudita. Segundo a United Nations Population Fund (UNFPA),, 52% das jovens do Yemen casam-se antes dos 18 anos.

Foto para efeitos de ilustração

O The Guardian conta que a notícia foi desmentira pelas autoridades locais no entanto uma activista da Casa do Folclore do Iémen disse que “ela faleceu na noite do seu casamento depois de ter relações, por ter começado a sangrar e ter tido uma ruptura no útero”. A mesma fonte adianta ainda que “eles [não se sabe quem] levaram-na a uma clínica mas os médicos não puderam salvar-lhe a vida”.
Afirmou ainda que as autoridades não fizeram nada em relação á mãe ou ao viúvo.

Dois moradores contactados pela Reuters confirmaram a situação ocorrida e indicaram que os chefes tribais tentaram abafar a situação

Isto é normal neste país

Já em Julho deste ano tinha surgido um vídeo no YouTube onde uma menina de 11 anos criticava os casamentos arranjados no Iémen. Ela contava que a sua irmã, de 14 anos, cometeu suicido depois de estar um ano casada com um homem que lhe batia constantemente com correntes de ferro.

No Iémen é normal a “venda” de crianças para o casamento. As famílias pobres vendem as filhas enquanto são novas para receberem algum dinheiro e não terem que ter despesas com a sua criação.

Segundo um relatório divulgado pelas Organização das Nações Unidas (ONU) 13 milhões de pessoas naquele país não tem acesso a água e saneamento básico.
Segundo o mesmo relatório, 14% das jovens são casadas antes dos 15 anos.


Veja ainda:

Relatório da UNIFEC sobre o Iémen
Relatório da Human Rights Watch sobre o Iémen

Sem comentários: