Posted:
03 Dec 2013 06:18 PM PST
Antigo centro da indústria automobilística do país, a cidade passa por um profundo processo de decadência com a fuga de indústrias locais. Hoje 700 mil pessoas vivem em Detroit, menos da metade dos 1,8 milhão de habitantes dos anos 1950. Apesar de dizer que está tudo certo com o processo de falência, o juiz Steven Rhodes alertou que pagamentos a pensionistas podem ser “prejudicados”. Em casos de declaração de falência, o patrimônio da empresa ou da entidade é congelado a fim de se pagar os credores. A prefeitura deve agora apresentar até o fim do ano o plano para saldar os US$ 18 bilhões em dívida junto a mais de 100 mil credores. Detroit apresentou pedido de falência há quatro meses. A iniciativa foi contestada na Justiça por um grupo de funcionários públicos aposentados e sindicatos que representam policiais e bombeiros. O juiz argumentou, no entanto, que a falência já é uma realidade posta, dizendo ainda que a cidade deveria ter feito o pedido antes. As autoridades locais dizem que a expectativa é que Detroit superar a falência até o fim de 2014. 'Boa fé' A Justiça teve de avaliar se Detroit tinha apresentado todas condições requeridas para ao julgamento do pedido de falência. A cidade perdeu mais da metade da população que tinha nos anos 1950, tempos áureos de Detroit Além da prova de insolvência, a cidade precisa apresentar evidências de que tentou negociar de “boa fé” com os credores antes de procurar a via judicial. Pensionistas e sindicalistas dizem, no entanto, que eles não tiveram a oportunidade para debater e apresentar outra opção à falência. O grupo também argumenta que a Constituição do Estado de Michigan não autoriza cortes em benefícios previdenciários em casos de falência. A Justiça Federal não acatou esse argumento, o que pode gerar ainda mais idas e vindas judiciais. Decadência As autoridades de Detroit dizem que a falência é a única forma de lidar com as finanças e a dívida do município. O juiz ouviu como testemunha o chefe da polícia local, James Craig, que detalhou as condições “deploráveis” de trabalho da corporação. Craig disse que quando se mudou a Detroit para comandar a polícia, teve de providenciar seu próprio colete à prova de balas, já que não havia equipamento suficiente. Em maio, um relatório mostrou que de 2008 a 2012, as contas a pagar de Detroit superaram a receita do município em cerca de US$ 100 milhões, por ano. A decadência pode ser vista em toda a parte. Cerca de 40% dos semáforos já não funcionam. Detroit também sofre com um declínio dramático de sua atividade economica e com a população que diminui. O declínio de Detroit se deu com a fuga de grandes montadoras de automóveis da cidade. Grande parte delas trocou as linhas de produção nos Estados Unidos por outras em países com mão-de-obra mais barata. Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/12/131203_detroit_falencia_justica_mm.shtml |
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03 Dec 2013 05:14 PM PST
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
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