domingo, 8 de dezembro de 2013



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MORDOMIAS E SALÁRIOS
Sociedade Metro do Mondego é uma sinecura constituída em 1996, e até 2013, a única função que tem é acumular prejuízos que não param de aumentar, desde a sua criação. Prejuízos produzidos pelos seus 7 administradores a gerir 5 funcionários.
Até 2010, mais de 95% do orçamento PARA PESSOAL, desta empresa pública foi para pagar aos administradores (ordenados, mordomias, automóveis topo de gama, etc, etc). Especialmente 3 dos administradores, como explica na imagem.
Uma das razões desta aberrante organização, está no fato das câmaras municipais locais terem exigido ao governo o direito de nomearem os seus parasitas. Todos queriam e continuam a querer participar no roubo do erário público.
As imagens assim o demonstram. (Imagens retiradas da auditoria feita ao Metro Do Mondego.)

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DESPESA COMBUSTÍVEL
Alguém que ponha os olhos nestes "boys" que estão alojados em cargos inventados e que se acabe com este parasitismo descarado.
O relatório agora divulgado pelo Tribunal de Contas vem revelar que os custos passaram de uma estimativa de 122 milhões de euros, feita em 1997, para 512 milhões, em 2011. Chama ainda a atenção para o despesismo da administração da Metro Mondego que, segundo o relatório, entre 1997 e 2010, despendeu 95% do orçamento com os seus 12 funcionário, cerca de 3,4 milhões de euros.
Um estilo típico dos portugueses e reconhecido além mar... 
Imagens retiradas Auditoria ao Metro Mondego, pg 11 

@ - Benefícios da administração da Metro Mondego “chocam” líderes distritais. Premeiam incompetentes? 
Os 5 líderes distritais dos partidos com assento parlamentar são unânimes em considerar que os gastos da sociedade Metro Mondego mancham a importância do projeto para a região.
Marcelo Nuno, do PSD, considerou que o relatório agora conhecido não é mais do que a radiografia do estado em que o país viveu durante anos e que levaram à atual situação. “Um autêntico desperdício de recursos”, referiu.
Já Paulo Almeida, do CDS-PP, tem pena que a análise não tenha sido feita “desde que a sociedade foi criada”, apesar do relatório confirmar “o despesismo desenfreado de quem manobrava o projeto, o que é moralmente censurável”. Como tal, e porque “os governantes e gestores não são simples funcionários que, acabando o serviço, regressam ao anonimato, todos devem ser, tal como o povo o é, responsabilizados”.fonte
O Tribunal de Contas considerou que é excessivo o número de elementos do conselho de administração e comissão executiva da Metro Mondego e, por isso mesmo, gerador de despesa para os dinheiros públicos.

@-Administradores a receber fortunas durante anos sem trabalhar!
Auditoria do Tribunal de Contas revela despesas preocupantes. 7 pseudo chefes para 5 supostos empregados?!! E ninguém se ri???
Tinha um total de 12 funcionários, 7 dos quais administradores, 3 executivos e 4 não executivos. Não tinham contratos de gestão nem de exclusividade. Todos eles desempenhavam funções remuneradas noutras instituições ou empresas.
O presidente do Conselho de Administração, Álvaro Maia Seco, recebia 58.865 euros ilíquidos por ano, mais 17.665 euros de despesas de representação e 3 mil euros de despesas de telemóvel.
Os dois vogais executivos, Carlos Picado e João Rebelo, recebiam “só”, cada um, 51.188 euros ilíquidos por ano, mais 13.663 euros de despesas de representação.
Os três gestores executivos e os quatro não executivos tinham direito a seguro de vida e a custos com a segurança social, o que representava mais 30 mil euros por ano.
Além de tudo isto, Álvaro Maia Seco tinha direito ao uso de um BMW X5, e Carlos Picado e João Rebelo ao uso de um BMW Série 5 cada um. Estes veículos representavam uma despesa de cerca de 40 mil euros por ano em custos de leasing, seguro, combustíveis e manutenção, tudo pago pelo Estado, sem que houvesse contrapartidas em termos de serviços ou atribuições.

“Só em remunerações, abono para despesas de representação e os respetivos encargos, a sustentação do conselho de administração implicou para a empresa um custo aproximado de 2.666 milhares de euros, sendo certo que o mesmo correspondeu maioritariamente a despesas com os três executivos. Note‐se que valor semelhante ao gasto com o conselho de administração, cerca de 2.653 milhares, foi despendido com a média de dez funcionários. A somar às remunerações, os executivos da Metro‐Mondego auferiram benefícios associados ao cargo que totalizaram cerca de 513 mil euros”, lê-se na auditoria do Tribunal de Contas.
 infracções na despesa  

@ - Uso abusivo dos cartões de crédito
Os responsáveis do Tribunal de Contas que elaboraram a auditoria à Metro Mondego detectaram o uso abusivo dos cartões de crédito por parte dos administradores da empresa. Não obstante esta descoberta, não foi aberta pelo Ministério Público qualquer investigação tendente a responsabilizar os supostos autores de alegados crimes de burla e abuso de confiança. (imagem)

 “Pese embora a comissão de fixação de remunerações tenha, repetidamente, balizado a utilização dos cartões de crédito ao estritamente necessário e ao abrigo das funções exercidas na empresa e, ainda, face às regras preconizadas na lei sobre esta matéria, o princípio subjacente à utilização do cartão de crédito não foi respeitado pelos administradores executivos, em particular, entre 2004 e 2007, verificando‐se o seu uso indiscriminado, nomeadamente para pagamento de despesas pessoais, logo com finalidade diversa do legalmente determinado”, revela a auditoria.

O documento concretiza: “O Dr. José Mariz, enquanto presidente da comissão executiva da Metro Mondego, no mandato 2004/2007, efetuou despesas, com recurso ao cartão de crédito da empresa, no montante de 49845 euros. Daquela utilização, em média, 53% visou custear despesas pessoais que totalizaram, naquele período, cerca de 26326 euros e, por conseguinte, constituiu um financiamento direto prestado pela Metro Mondego àquele gestor público. (...) O presidente da empresa não só beneficiou da disponibilidade financeira imediata que o cartão de crédito lhe oferecia e da possibilidade de amortizar a sua dívida num prazo bastante alargado, como ainda beneficiou do facto de a empresa não lhe ter exigido o pagamento de uma taxa de juro. Ou seja, a empresa cedeu ao seu presidente um financiamento à taxa 0%, em prejuízo da boa gestão dos dinheiros públicos.”

Mas não foi apenas o presidente a usar o cartão indevidamente: “As despesas efectuadas por aquele vogal executivo (engenheiro Guilherme Fonseca Carreira) com recurso ao cartão de crédito da empresa, entre 2004 e 2007, somaram 116.984 euros, valor que ultrapassou 2,4 vezes o gasto pelo presidente da Metro‐Mondego, no mesmo período. Daquela soma, e em média, apenas 33,6% respeitaram a despesas inerentes ao exercício das respectivas funções de administração. Da análise dos extractos bancários, observou‐se uma utilização significativa e ininterrupta daquele meio de pagamento para financiamento de despesas pessoais.”

A auditoria vai ainda mais longe nas suas conclusões: “Em dez anos, o custo suportado pela Metro Mondego por conta da afectação de viatura de serviço aos administradores executivos totalizou 405.251 euros.
Desde 2001 até 2004, data em que os administradores cessantes exerceram o seu direito de opção de aquisição da viatura que lhes estava afecta, a Metro Mondego suportou um custo total de cerca de 149.959 euros, montante que engloba não somente o valor de aquisição das viaturas, como também os juros suportados pela empresa ao abrigo do contrato de locação financeira e, ainda, os custos com conservação, reparação e seguros associadas àquelas quatro viaturas. A partir de 2004, data em que foi iniciado um novo mandato, a Metro Mondego passou a adquirir as viaturas de serviço a afectar aos seus administradores executivos, em regime de locação operacional, suportando, desta forma, uma renda mensal. Assim, entre 2004 e 2010 foram pagas rendas que totalizaram 215.811 euros.”

@ - Em 29 de Outubro de 2011, o então ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, afirmou que o projecto do Metro Mondego iria terminar por ser “perfeitamente inexequível”; calculava que o Metro, como estava planeado, teria um prejuízo anual de 38 milhões de euros, e devia ter um número de passageiros 15 vezes maior para ser sustentável.
Seria mais uma PPP ruinosa para os contribuintes sustentarem a sua sobrevivência e ainda os lucros dos parceiros que queriam forçar a sua construção... Vários foram os que forçaram a sua construção, mas poucos se dignaram a analisar, qual o prejuízo para o país.
Mais uma vez Álvaro Santos Pereira mostra que era dos poucos defensores do interesse nacional e que isso é incompatível com a permanência no governo. Tal como no caso EDP... 
OS SALÁRIOS CHORUDOS SÃO UM INCENTIVO À INCOMPETÊNCIA, AO DESPERDÍCIO DE DINHEIRO PÚBLICO?
A Metro Mondego permitiu oferecer contratos chorudos a algumas empresas de materiais, de serviços, etc talvez empresas amigas. Permitiu expropriar terrenos por bons preços a alguns amigos, e expropriar, por tuta e meia, pobres cidadãos, empurrados para a miséria. Permitiu ainda manter boys e girls com chorudos salários e regalias de marajás...
Reforçou ainda a certeza que já todos temos de que em Portugal os cargos públicos e a má gestão do dinheiro público ou mesmo a gestão criminosa, são impunes, pois boys e girls irresponsáveis, e nunca responsabilizados pelo mal que fazem ao país.

A Metro Mondego tem sido um verdadeiro “sorvedouro” de dinheiro desde que foi constituída, em 1996, e os gastos para a construção da ligação entre os concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, por decisão do Governo de Passos Coelho, vão continuar, desconhecendo-se ainda quais os valores que a renegociação do projecto irá implicar. Certo é que, mais de 15 anos depois e vários governos, o projecto que iria custar 55 milhões de euros está agora orçado em pelo menos 450 milhões, transformando-se uma obra programada para ser simples, num projecto ao nível de grandes cidades europeias, como Valência, para dar o exemplo mais próximo.

O projecto foi muito criticado desde o início. O traçado inicialmente proposto era de execução difícil. Obrigava a importantes expropriações de casas habitadas na “baixinha”, algumas delas dos Séculos XVI e XVII, e à reconstrução de parte importante da área para fazer corredores do Metro. A parte ascendente da Avenida Sá da Bandeira, já insuficiente para o trânsito actual, ficava tomada em grande parte pelo Metro, o que iria causar mais problemas de circulação. O túnel que ligaria a Praça da República ao Hospital Novo obrigaria a inutilizar parte do Jardim da Sereia (Século XVIII). As obras seriam caríssimas, e calculava-se, ainda por cima, que a operação do Metro seria deficitária durante muitos anos.

Devagar, devagarinho
Nos primeiros anos, expropriaram-se vários prédios, a um custo bastante superior ao previsto, e em Março de 2005 começaram as demolições (a que chamavam “desconstruções”), que deixaram a “baixinha” como se tivesse sido bombardeada, contudo as expropriações foram temporàriamente embargadas para se fazer um inventário dos vestígios arqueológicos, antes que se perdessem para sempre.
Centenas de pessoas foram desalojadas, recebendo compensações reduzidas, e hoje vivem num estado de pobreza preocupante. A data da inauguração do Metro passou de 2000 para 2004, depois para 2010 e actualmente para 2014, mas sem haver uma data definida.

Em termos de falta de coordenação, pode-se dar o exemplo do caso do Largo da Olaria, situado na baixa da cidade, por onde passa a linha do metro. A Câmara de Coimbra, accionista da empresa do metro, vendeu por 3,7 milhões de euros o largo em regime de propriedade plena à Bragaparques e a um empreiteiro local – que, por sua vez, revendeu mais tarde a sua parte à sociedade de Domingos Névoa. Contudo, a autarquia não assegurou na escritura de compra e venda realizada em 2004 a constituição do direito de superfície. Apenas foi assegurada a utilização pública da praça. Resultado: a empresa Metro do Mondego terá que expropriar a Bragaparques.

O projecto do Metro Mondego tinha já tido tantos atrasos que o então Secretário de Estado dos Transportes, Rui Cunha, tomou a decisão em Setembro de 2000 de entregar a administração do projecto a uma equipa de gestores profissionais, o que, na prática, iria aumentar muito a despesa sem que se obtivessem resultados correspondentes. E não era tudo: um anteprojecto, que viria a sair em Julho de 2001, custou 571,1 mil euros. Iria também ser lançado um concurso público internacional para a elaboração do projecto e aquisição do material circulante. Seriam consideradas propostas da Siemens (Alemanha) e da Bombardier (Canadá). Esta última era mais favorecida, visto que a Bombardier já tinha implantação em Portugal (desde que adquiriu a Sorefame) e tinha fornecido composições para os Metros de Lisboa e do Porto.
Custos a subir
Foi encomendado um estudo à KPMG, uma das maiores empresas de consultadoria do mundo, o que só aumentou o custo do projecto, já então avaliado pelo Governo em 135 milhões de euros.

Como o lançamento do concurso para a construção do Metro tivesse grandes atrasos, Armando Pereira, Presidente do Conselho de Administração da Metro Mondego desde 2001, pediu a demissão em Janeiro de 2004, sendo susbtituído em Abril por José Mariz, eleito pelos accionistas. Este prometeu que o concurso seria anunciado dentro de algumas semanas, mas só foi lançado em Fevereiro de 2005 pelo Governo de Pedro Santana Lopes. Seguiram-se vários concursos para fornecimento de infraestruturas técnicas, lançados pela REFER, e de material circulante, lançados pela CP, sendo os custos desta primeira fase (à volta de 300 milhões de euros) suportados pelas referidas empresas públicas.
As estações de Ceira, Miranda do Corvo e Lousã foram reconstruídas como interfaces modais, e começaram as obras no troço Serpins-Miranda do Corvo e em seguida no troço Miranda do Corvo-Alto de S. João (Coimbra), com um custo de 130 milhões de euros para um total de 30,6 quilómetros. A empreitada teve um ano e tal de atraso.

Em Março de 2006, já sob o executivo de José Sócrates, o projecto do Metro Mondego foi novamente revisto, tendo sido integrado numa rede ferroviária nacional que implicaria a transformação gradual de todas as linhas e ramais para a bitola europeia, com a consequente alteração ou substituição de todo o material circulante. O custo exorbitante desta hipótese fê-la cair no esquecimento.
O ministro Miguel Relvas, anunciou em Novembro de 2011 que “Foi por muitos outros Metros do Mondego que hoje estamos na situação em que estamos”.

A polémica que estas declarações causaram foi controlada pelo compromisso do secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, (um exemplar defensor do interesse nacional como pode ver neste video) que se reuniu com os autarcas de Coimbra, Miranda do Corvo, Lousã e Góis em 7 de Janeiro de 2012 e garantiu que o Governo não iria deixar cair o projecto, embora a renegociação com os empreiteiros envolvesse uma verba de sete milhões de euros, que não estavam disponíveis. Por fim, Carlos Encarnação conseguiu em maio de 2012 que o executivo de Passos Coelho desse a luz verde a uma comissão interministerial para a reprogramação das obras do Metro Mondego, ficando o ex-autarca a presidir à comissão. Contra tudo e contra todos...
Refira-se que em 31 de Dezembro de 2010, a Metro Mondego devia aos bancos 3 milhões e 384 mil euros, tendo pago 726 mil de euros, só de juros.

Fontes consultadas: Auditoria de 2011, SolFontes, fontes, Metro Mondego, siteFonte,  Diversos artigos sobre o assunto, 

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