sábado, 7 de dezembro de 2013



Na operação da reestruturação da divida, o governo transferiu o pagamento de dívida de € 6.640 M de 2014/15 para o ano de 2017/18.
No exercício abaixo a que se procedeu considerou-se o prazo de maior esforço de pagamento à troika – 2014/21 - uma taxa constante de 5% e o valor do PIB em 2012.

Estimativa do serviço de dívida de médio/longo prazo para 2014/21 (€ milhões)

2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
soma
Antes da operação de 3/12/2013





amortização
13779
15029
12540
12178
10698
11470
12273
10766
98733
juros
4592
3872
3183
2565
1993
1439
845
269
18758
% do PIB
11,1
11,5
9,5
8,9
7,7
7,8
8,0
6,7

Depois da operação de 3/12/2013





amortização
11279
10869
12540
14858
14668
11470
12273
10766
98723
juros
4654
4100
3515
2830
2092
1439
845
269
19745
% do PIB
9,7
9,1
9,7
10,7
10,2
7,8
8,0
6,7


A referida operação conduz a:
- Um alívio da tesouraria durante três anos mas que aumenta em três anos o tempo de pagamento de juros sobre aquele valor.
- Um aumento adicional de € 100 por habitante, uma vez que no período 2014/18 os juros acumulados aumentam em € 988 milhões. E não considerando novas reestruturações criativas como esta, nem novos empréstimos;
O governo sacode as suas responsabilidades de 2014/15 – haverá eleições em 2015 - para 2017/18, denotando que o atual convénio PSD/CDS não irá perdurar como agora. Será que esperam atrair o PS para a sociedade promotora do empobrecimento?
O governo pretende dourar a situação económica e financeira de Portugal, com previsões macroeconómicas infantilmente falsas e convencer “os mercados” da bondade da sua gestão;
Esta operação não foi certamente gratuita e permitiu comissões elevadas por parte de bancos e/ou consultores cujo montante se desconhece;

Que soluções?

1.  Com ou sem a operação de reestruturação, a dívida não é pagável na sua atual dimensão, como se observa nas parcelas do PIB a comprometer com o serviço de dívida para os próximos anos.

2.  Uma economia capaz de melhorar a vida da população e absorver a procura de trabalho tem de ter um crescimento razoável, superior a 3%;

3.  Mesmo que se consiga um crescimento dessa ordem, num prazo que, na atual situação económica e política não é previsível, esse acréscimo estará sempre longe de poder fazer face ao serviço de dívida;

4.   Dito de outro modo, um crescimento que permita simultaneamente pagar o serviço de dívida e melhorar a vida da população, atrair os que emigraram, reduzir o desemprego e conter o empobrecimento galopante a que se assiste, esse crescimento teria de ser variar, no período considerado entre 10 e 14% o que é inimaginável;

5.  Falar de reestruturação é uma burla política para ocultação da realidade por parte do governo e devido a cálculos políticos de uma oposição falsa, mansa, ou inútil, todos à margem da população;

6.  Qualquer real solução para a precária situação global em que vive a esmagadora maioria dos residentes em Portugal passa por:
  • Suspensão imediata do pagamento da dívida pública por motivos de força maior
  • Avaliação da parcela da dívida a declarar como nula por não ter sido aplicada no bem estar das pessoas e eventual reescalonamento de algumas das suas parcelas legítimas;
  • Criação de um regime político democrático, com um outro modelo de representação, em que as pessoas possam decidir a todo o momento e não vejam os seus direitos usurpados por uma classe política;
  • Apuramento das responsabilidades criminais e financeiras dos decisores políticos dos últimos governos. fonte
A divida não é nossa, é da corrupção, exijam a factura detalhada da divida, assinem esta petição, para termos uma auditoria ás contas públicas, efectuada por auditores estrangeiros especializados na matéria, e assim ficaremos a saber quanto nos roubaram, e decidiremos o que não pagamos. Já basta de ser enganado e roubado, e ainda temos que pagar as dividas dos larápios?

Operação de troca de dívida foi "reestruturação a favor dos bancos" - portugueses perdem 1100 milhões de euros, com a "ajuda" do governo.
A operação de troca de dívida acrescenta 1100 milhões à fatura dos juros pagos pelos contribuintes. Na Assembleia da República, Mariana Mortágua disse que tal como nas PPP e nos swaps, "a forma do Governo resolver problemas é sempre a mesma: pagar mais aos bancos".
O tão aguardado "regresso aos mercados" saldou-se uma vez mais numa operação financeira para adiar o pagamento da dívida. Mas em troca desse adiamento, o Estado português irá pagar mais 1100 milhões de euros aos bancos que participaram na operação que o Governo diz ter sido "um sucesso".
Nas contas publicadas no Correio da Manhã, os juros das duas novas linhas criadas totalizam mais de 1400 milhões de euros, ao que se deve subtrair os 300 milhões que o Estado deveria pagar em 2014. Saldo final: serão 1100 milhões de euros a mais que os contribuintes irão pagar até 2018.  fonte

Um óptimo negócio para a banca, e um péssimo negócio para o estado. O governo apenas afastou um segundo resgate, que iria ser pedido em 2014, para 2018, mas favorecendo a banca e lesando o interesse nacional.
Um governo que continua a não ter coragem de enfrentar a banca, e a ir contra os interesses do país e a da economia.




Paulo Morais explica que se deveria renegociar a divida sim, mas por pessoas competentes e honestas e não pelos do costume.

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