Na operação da reestruturação da divida, o governo transferiu o pagamento de dívida de € 6.640 M de 2014/15 para o ano de 2017/18. No exercício abaixo a que se procedeu considerou-se o prazo de maior esforço de pagamento à troika – 2014/21 - uma taxa constante de 5% e o valor do PIB em 2012.
A referida operação conduz a:
- Um alívio da tesouraria durante três anos mas que aumenta em três anos
o tempo de pagamento de juros sobre aquele valor.
- Um aumento adicional de € 100 por habitante, uma vez que no
período 2014/18 os juros acumulados aumentam em € 988 milhões. E não
considerando novas reestruturações criativas como esta, nem novos
empréstimos;
O governo sacode as suas responsabilidades de 2014/15 – haverá eleições em
2015 - para 2017/18, denotando que o atual convénio PSD/CDS não irá perdurar
como agora. Será que esperam atrair o PS para a sociedade promotora do
empobrecimento?
O governo pretende dourar a situação económica e financeira de Portugal,
com previsões macroeconómicas infantilmente falsas e convencer “os mercados” da
bondade da sua gestão;
Esta operação não foi certamente gratuita e permitiu comissões
elevadas por parte de bancos e/ou consultores cujo montante se
desconhece;
Que soluções?
1. Com ou sem a operação de reestruturação, a dívida não é pagável na sua atual dimensão, como se observa
nas parcelas do PIB a comprometer com o serviço de dívida para os próximos
anos.
2. Uma economia capaz de melhorar a vida da população e absorver a procura
de trabalho tem de ter um crescimento razoável, superior a 3%;
3. Mesmo que se consiga um crescimento dessa ordem, num prazo que, na
atual situação económica e política não é previsível, esse acréscimo
estará sempre longe de poder fazer face ao serviço de dívida;
4. Dito de outro modo, um crescimento que permita simultaneamente
pagar o serviço de dívida e melhorar a vida da população, atrair os que
emigraram, reduzir o desemprego e conter o empobrecimento galopante a que se
assiste, esse crescimento teria de ser variar, no período considerado entre 10 e
14% o que é inimaginável;
5. Falar de reestruturação é uma burla política para ocultação da
realidade por parte do governo e devido a cálculos políticos de uma oposição
falsa, mansa, ou inútil, todos à margem da população;
6. Qualquer real solução para a precária situação global em que vive a
esmagadora maioria dos residentes em Portugal passa por:
A divida não é nossa, é da corrupção, exijam
a factura detalhada da divida, assinem esta
petição, para termos uma auditoria ás contas públicas, efectuada por
auditores estrangeiros especializados na matéria, e assim ficaremos a saber
quanto nos roubaram, e decidiremos o que não pagamos. Já basta de ser enganado e
roubado, e ainda temos que pagar as dividas dos
larápios?
Operação de troca de dívida foi
"reestruturação a favor dos bancos" - portugueses perdem 1100 milhões de euros,
com a "ajuda" do governo.
A operação de troca de dívida acrescenta 1100 milhões à fatura dos juros
pagos pelos contribuintes. Na Assembleia da República, Mariana Mortágua disse
que tal como nas PPP e nos swaps, "a forma do Governo resolver problemas é
sempre a mesma: pagar mais aos bancos".
O tão aguardado "regresso aos mercados" saldou-se uma vez mais numa
operação financeira para adiar o pagamento da dívida. Mas em troca desse
adiamento, o Estado português irá pagar mais 1100 milhões de euros aos bancos
que participaram na operação que o Governo diz ter sido "um sucesso".
Nas contas publicadas no Correio da Manhã, os juros das duas novas linhas
criadas totalizam mais de 1400 milhões de euros, ao que se deve subtrair os 300
milhões que o Estado deveria pagar em 2014. Saldo final: serão 1100 milhões de
euros a mais que os contribuintes irão pagar até 2018. fonte
Um óptimo negócio para a banca, e um péssimo negócio para o estado. O governo apenas afastou um segundo resgate, que iria ser pedido em 2014, para 2018, mas favorecendo a banca e lesando o interesse nacional. Um governo que continua a não ter coragem de enfrentar a banca, e a ir contra os interesses do país e a da economia. Paulo Morais explica que se deveria renegociar a divida sim, mas por pessoas competentes e honestas e não pelos do costume. |
sábado, 7 de dezembro de 2013
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