sábado, 11 de outubro de 2014

Assunto: Fwd: FW: Fw: Cuidem-se com este rapaz...
 
Cuidem-se com este rapaz...!!!!!!!!!!!
 
 
 
  ele já sabia de certeza absoluta o que ia encontrar quando concorreu
e foi eleito para o PE.
 
 
 
 
ainda vai no futuro fazer muito estrago ao establishement político! E
depois, entretenham-se a chamar-lhe demagogo...
 
 
 
Ex-bastonário dos advogados responde aos que o criticam:
 
 
 
Fariseus
 
 
 
António Marinho e Pinto
 
 
 
Há cerca de três semanas anunciei que, em 2015, iria pedir ao
eleitorado que substituísse o meu mandato de deputado ao Parlamento
Europeu pelo de deputado à Assembleia da República, pois iria
candidatar-me ao cargo de primeiro-ministro. E revelei as razões por
que o fazia. Imediatamente, os alabardeiros do sistema político, que
vão de uma direita burlesca a uma extrema-esquerda apatetada e a outra
de sacristia, reagiram com a finalidade de desviar as atenções do que
é importante.
 
 
 
Na verdade, como um coro bem afinado, eles acusaram-me de tudo e mais
alguma coisa mas nem uma palavra sobre os motivos da minha intenção de
sair do PE. Para eles é irrelevante que os deputados recebam mais de
18 mil euros mensais para representarem um país cujo salário mínimo é
inferior a 500 euros; que só paguem impostos sobre um terço dessa
remuneração e a uma taxa de 20%, enquanto as pessoas que os elegeram
vivem esmagadas com impostos que lhes podem confiscar mais de 50% dos
rendimentos do trabalho; que um simples mandato de cinco anos possa
dar direito a uma pensão vitalícia de cerca de 1300 euros mensais
quando os portugueses precisam de trabalhar várias décadas para obter
uma pensão que nem sequer os sustenta na velhice. Para eles é
insignificante que um eurodeputado disponha de mais de 21 mil euros
mensais para contratar quem queira sem ter de justificar essas
contratações, tenha todas as viagens suportadas pelo PE e disponha de
Mercedes topo de gama e motorista para todas as deslocações (mesmo
pessoais) que faça em Bruxelas ou em Estrasburgo. Nada disso os
perturba.
 
 
 
O que os incomoda — e muito — é o facto de um deputado recém-eleito se
ter recusado a saborear em silêncio essas mordomias, as ter denunciado
como inadmissíveis perante a pobreza do povo que representa e se
preparar para regressar ao combate político em Portugal.
 
 
 
Acusam-no de falta de coerência pois, para eles, quem não concorda com
esses privilégios deveria demitir-se. O seu paradigma argumentativo é
o mesmo que foi usado contra os comunistas que não repartiam os seus
bens com os proletários ou não emigravam para a União Soviética que
elogiavam. As categorias mentais são as mesmas.
 
 
 
Eles não são como o idiota da fábula chinesa que, atávico, olhava para
o dedo quando alguém apontava para a lua. Perante a denúncia de uma
situação escandalosa eles, perfidamente, olham para o dedo que a
indica, dizem que a unha está roída e logo diagnosticam os piores
desvios morais e de carácter de quem a denunciou. Deve, realmente, ser
insuportável ouvir publicamente o que tão empenhadamente se calava.
 
 
 
Eles não se incomodam que uma eurodeputada recém-eleita se preparasse
para abandonar o lugar para ir para comissária da UE ou que um
ministro tenha ido para administrador de uma empresa a quem, em nome
do Estado, pagara milhões de euros por empreitadas de obras públicas
ou que outro tenha ido presidir a uma empresa estrangeira cuja
instalação em Portugal autorizara enquanto ministro ou que o
presidente da principal entidade de supervisão bancária tenha sido
diretor de um banco privado que usava o dinheiro dos seus depositantes
para, através de offshores, comprar as suas próprias ações
inflacionando-as para cotações que chegaram a ser mais de cem vezes
superiores à atual ou que o BES tenha financiado congressos de
magistrados do Ministério Público ou que dezenas de jornalistas tenham
feito cruzeiros no iate do seu presidente. Eles não se preocupam nada
com a corrupção que se generalizou no sistema político e mediático nem
com a gigantesca teia de tráfico de influências que asfixia o Estado
democrático. O que os incomoda é que alguém denuncie essa podridão até
porque isso revela também a cumplicidade dos seus silêncios.
 
 
 
Mas o que verdadeiramente atormenta essa choldraboldra de Fariseus e
os que se escondem por trás dela é tão-só o mau exemplo de alguém que
apareceu a fazer política recusando o que de melhor ela lhe podia dar
em benefício exclusivo daquilo para que ela realmente existe: a Res
Publica.
 

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