PROFESSORES HÁ MUITOS, O QUE NÃO HÁ SÃO ALUNOS
Há pessoas a quem a realidade custa muito a perceber. Temos assistido a um grande alvoroço porque Passos Coelho sugeriu aos professores que procurassem outros mercados para exercer a sua profissão (coisa bastante normal, diria eu, para qualquer outra arte), designadamente nos países lusófonos.
A generalidade da comunicação social promove a ideia de que é inaceitável que os professores não possam ensinar no maravilhoso lugar onde nasceram.
Eu até compreendo bem o desejo, mas ensinar quem se não existem alunos?
Se os portugueses não têm filhos, por variadíssimas razões, desde a crise ao direito à vidinha, ao corpo e à carreira e por aí fora, motivos que naturalmente não vou julgar nem interessa tratar agora, quem pretendem os professores excedentários ensinar?
Que direito existe a ser-se professor sem alunos? Não interessa se isto é certo ou errado, se é justo ou injusto. Sem ovos não se fazem omoletes e sem alunos não há professores. Resta aos professores queixarem-se não de Passos Coelho mas dos compatriotas que lhes couberam em sorte que não se reproduzem à medida dos seus "direitos".
A generalidade da comunicação social promove a ideia de que é inaceitável que os professores não possam ensinar no maravilhoso lugar onde nasceram.
Eu até compreendo bem o desejo, mas ensinar quem se não existem alunos?
Se os portugueses não têm filhos, por variadíssimas razões, desde a crise ao direito à vidinha, ao corpo e à carreira e por aí fora, motivos que naturalmente não vou julgar nem interessa tratar agora, quem pretendem os professores excedentários ensinar?
Que direito existe a ser-se professor sem alunos? Não interessa se isto é certo ou errado, se é justo ou injusto. Sem ovos não se fazem omoletes e sem alunos não há professores. Resta aos professores queixarem-se não de Passos Coelho mas dos compatriotas que lhes couberam em sorte que não se reproduzem à medida dos seus "direitos".
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