O Passos Coelho veio dizer-nos que "os portugueses já não estão perante o abismo”. A mim, olhando para os números e para as previsões da execução orçamental, da recessão, do desemprego, da pobreza, dos juros e da dívida num país estagnado e numa Europa a desmoronar-se, custa-me entender esta versão da realidade, mas para os que já caíram no desemprego, os jovens que não encontram um primeiro emprego, para quem já perdeu a casa, já vendeu os anéis, não tem dinheiro para comprar os medicamentos que necessita, vê os filhos com fome e vive no desespero há muito que foram empurrados para darem o passo em frente. Para eles o abismo já se transformou em queda vertiginosa e sem esperança.
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