KAOS:Pânico no 5 de Outubro
5 de outubro: a
República proclamada... à porta fechada. Sem primeiro-ministro, longe do
povo e pela última vez antes do fim do feriado, esta será uma data
comemorada quase às escondidas.
102 anos depois chegámos ao dia em que
pela primeira vez o chefe de Governo não vai estar nas comemorações e as
cerimónias oficiais (com direito a discurso do Presidente da República)
não decorrerão no Largo do Município, mas num outro espaço logo ali ao
lado, o Pátio da Galé.
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Desde que Cavaco Silva chegou à Presidência, em 2006, os jardins do Palácio de Belém estavam abertos ao público no dia da República, e próprio chefe de Estado costumava aparecer e contactar com os visitantes mas este ano os jardins de Belém não abrirão ao público por «razões de contenção de custos», disse à Lusa fonte oficial da Presidência da República.
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Desde que Cavaco Silva chegou à Presidência, em 2006, os jardins do Palácio de Belém estavam abertos ao público no dia da República, e próprio chefe de Estado costumava aparecer e contactar com os visitantes mas este ano os jardins de Belém não abrirão ao público por «razões de contenção de custos», disse à Lusa fonte oficial da Presidência da República.
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Bem podem falar de
contenção de custos que é evidente que é medo que os faz esconderem-se
por detrás de portas. Quando se chega a um momento em que os governante
têm medo do seu povo isso quer dizer que a democracia já não existe.
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Quando só saem à rua com reforços policiais, entram pelas portas das
traseiras para evitar contactos com os cidadãos e levam para dentro de
portas e transformam em privadas celebrações que sempre foram públicas é
porque o medo já se transformou em terror e vivem num constante pânico.
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Esse é um momento em que já só representam os seus donos e a democracia
está morta. Também é este o momento em que temos nós que reconstruir
uma nova democracia, mais participativa e mais verdadeira.
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Uma
democracia que vai exigir o empenho e a participação de todos mas que
vale a pena pois assim poderemos construir um futuro para todos
alternativo a este a que nos querem condenar de precariedade,
desemprego, fome e miséria. Está na hora de a exigirmos e a
construirmos.
Escultura portuguesa. Parece mentira mas é verdade.
A artista contemporânea portuguesa Joana
Vasconcelos terminou a nova escultura para o *hall* da Assembleia da República, intitulada
O GÉNIO PORTUGUÊS.
Daqui se depreende que a Assembleia de República, tendo em atenção quem ali trabalha (? sem ofensa para os trabalhadores !!) facilmente se poderá confundir com uma "Casa de P..... asse"
Será caso para dizer:
VÃO TODOS P'RÓ ... CANDEEIRO!...
HOJE ESCOLHEMOS ESTA PEÇA
Comemoração do 5 de Outubro - Lima Coelho: "bandeira ao contrário é uma vergonha"
Manuel Carlos Freire - Diário de Notícias
O presidente da
Associação Nacional de Sargentos (ANS) qualificou hoje como "uma
vergonha" o Presidente da República, na cerimónia oficial do 5 de Outubro,
ter hasteado a bandeira nacional ao contrário - o sinal, em linguagem militar,
de que o território foi tomado pelo inimigo.
"Não podem ser
só coincidências" declarou ao DN o sargento-chefe Lima Coelho,
manifestando-se "profundamente indignado" com aquele gesto protagonizado
por Cavaco Silva na varanda dos Paços do Conselho.
"Não posso
calar a indignação [contra] aqueles que pomposamente usam a bandeira nacional
na lapela", insurgiu-se Lima Coelho, que participava numa homenagem aos
"Vencidos do 31 de Janeiro", no Porto.
Após os discursos
do 5 de Outubro feitos no Pátio da Galé, em Lisboa, um anónimo exprimiu também
a sua revolta: "É jornalista? Sabe o que significa a bandeira ao
contrário? Na tropa, é sinal de que o local foi tomado pelo inimigo!"
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