terça-feira, 9 de abril de 2013

Posted: 08 Apr 2013 03:02 AM PDT
Os capitais alheios financiam 95% do BANIF. O estado colocou o nosso dinheiro no BANIF, onde antigos dirigentes do BPN passaram e os boys do PSD também.
A memória dos Portugueses não pode ser curta. São mais os membros do PSD mas os membros do PS também lá passaram. O BANIF está falido, e só não vai falar porque o Governo, em finais de 2012, colocou lá 1.100.000.000 EUR.
Este é um 1/4 do valor que o estado quer cortar ao estado social.




O site Esquerda.net fez um vídeo onde explica como o banco serviu de apoio à máquina do PSD/Madeira e como pode ser fácil fazer as ligações entre os homens que lá passaram e os Governos que passaram pelo poder.


Vítor Lima, activista e economista, explica o que está por de trás do BANIF:

“O capital financeiro domina os Estados nacionais e as instituições europeias determinando a atuação dos partidos do poder e escolhendo os seus dirigentes, cada vez gente mais obediente e sem qualquer qualidade. E por isso, Estado e sistema financeiro funcionam como um conglomerado, com uma direção única,  eclaradamente contra os povos.
Essa situação é patente em Portugal na última década observando-se uma alternância entre as duas alas – PSD e PS – de uma uniformidade que funciona como um partido-Estado, que fingindo diferenças, se concerta nos
bastidores na partilha de todas as posições no Estado e nas empresas de regime (públicas ou privadas). É espantoso como tendo nomeado nove dos conselheiros do TC (5 PSD+4 PS+1 CDS) usam a instituição como bode expiatório das medidas que têm preparadas há muito tempo.

No BPN encontrava-se somente gente de uma das alas do partido-estado (PSD) sob a forma de um verdadeiro bando criminoso, que só um aparelho judiciário domesticado permite a impunidade. No Banif há alguma partilha do PSD/Madeira com a ala PS do mesmo nomeadamente através de Luis Amado, conhecido pela sua posição de grande abertura ao PSD, mesmo quando pertencia ao governo Sócrates.
O Banif como se vê na peça foi entregue a dois madeirenses com fortuna conseguida em África, surgidos na ribalta durante o consulado cavaquista, sendo conhecidas as ligações de Horácio Roque e de sua mulher Fátima, à UNITA.
O Banif é um banco que representa apenas 3.2% dos ativos não consolidados do setor bancário luso mas que absorve 4.5% dos depósitos a prazo; estes representa, 41.1% das responsabilidades do banco contra 29.8% da média do setor, eventualmente como depositário de poupanças de emigrantes.
A banca em geral apresenta uma situação única, impossível de se verificar em qualquer outro setor; os capitais alheios financiam 94.7% do ativo (95% no Banif). E só porque se trata de um banco com fortes ligações ao partido-estado, este utiliza dinheiro que Portugal recolheu junto da troika (com contrapartida em cortes e perdas de rendimentos e direitos para a maioria da população) para financiar um banco privado. Todas essas razões é que justificam uma entrada de capitais públicos ( €2250 M) quase três vezes superior ao valor contabilístico do banco!
Com um património de € 100000 uma família experimente pedir € 300000 a um banco… para ficar a saber a resposta”

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