A Blasfémia é a melhor defesa contra o estado geral de bovinidade
Alguns números sobre equidade
13 Maio, 2013
Esta é a distribuição das pensões (por idade, não inclui invalidez):
Supondo uma distribuição normal dentro de cada patamar, exceptuando os limites, e considerando um tecto hipotético de 2000€ para o valor das pensões, obter-se-iam as seguintes reduções de despesa e número de pensionistas afectados1.
Se o tecto de 2000€ entrasse em vigor, seria esta a distribuição das pensões:
(Fonte: Pordata, dados referentes a 2012)
1 O tecto de 2000€ foi escolhido de forma a originar uma redução total de aproximadamente 10% nas prestações de reforma. Não deve este artigo ser lido como uma proposta de tecto de pensões, particularmente se definido arbitrariamente em 2000€. É um mero exercício em equidade.
Supondo uma distribuição normal dentro de cada patamar, exceptuando os limites, e considerando um tecto hipotético de 2000€ para o valor das pensões, obter-se-iam as seguintes reduções de despesa e número de pensionistas afectados1.
Se o tecto de 2000€ entrasse em vigor, seria esta a distribuição das pensões:
(Fonte: Pordata, dados referentes a 2012)
1 O tecto de 2000€ foi escolhido de forma a originar uma redução total de aproximadamente 10% nas prestações de reforma. Não deve este artigo ser lido como uma proposta de tecto de pensões, particularmente se definido arbitrariamente em 2000€. É um mero exercício em equidade.
a vergonha na cara não tem cotação política em portugal
13 Maio, 2013
Não serei eu a dizer que Paulo Portas
não é politicamente um trampolineiro. Salta à vista desarmada que o é, e
este episódio recente das pensões de reforma é apenas mais uma prova
disso. Convém, contudo, que o histerismo gerado pelo caso não nos faça
esquecer os outros trampolineiros que por aí andam, muitos deles ainda
no activo e outros a prepararem afincadamente o seu regresso. Só três
exemplos retirados dos anos mais recentes. Durão Barroso,
que ganhou as eleições a prometer um «choque fiscal» (leia-se uma
descida de impostos) e aumentou os impostos logo nas primeiras semanas
de governo. A meio de um mandato em que pediu e impôs sacrifícios aos
portugueses, em troca da promessa de um futuro radioso, pôs-se a andar
para Bruxelas, por puro interesse pessoal e sem dar justificações ao
pagode. Depois, Jorge Sampaio, de cognome «o terno»,
que falava despudoradamente do «défice» e agora vem perorar sentenças
sobre o mesmo tema. Este foi também o único presidente da República
Portuguesa que dissolveu um parlamento com maioria absoluta, para
objectivamente entregar o poder, já não direi aos seus amigos políticos,
mas, pelo menos, à oposição. Por último, o verdadeiro campeão português
da falta de lata: José Sócrates, claro. Deixou o país
falido e de pantanas, nem há dois anos, e aparece, agora, como se nada
tivesse a ver com o assunto, a criticar quem tentou compor os sarilhos
que arranjou e ainda a dar palpites sobre o que devemos fazer para sair
do atoleiro em que nos meteu. A falta de vergonha é, em Portugal, um
valor sem cotação política. Não vale a pena sermos muito exigentes.
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