KAOS:Democracia fascisoide
Depois de a JSD ter vindo criticar veementemente não a classe docente, mas sim os sindicatos, deputados do PSD porem em causa o valor transferido do Estado para os sindicatos do sector da educação, o ministério da Educação está a descontar o dia completo de trabalho aos professores que fazem greve a apenas duas horas de reunião por dia.Ultimamente tem-se visto por parte deste governo um ataque cerrado contra os sindicatos e sempre que uma greve é decretada contra os trabalhadores que a ela aderem. Normalmente porque prejudicam alguém atirando com as culpas para o lado dos sindicatos e nunca para quem cria as razões que justificam a greve. Aconteceu com os estivadores, com a Carris, o Metro, os comboios e agora com os professores. Primeiro culpam os sindicatos, depois os trabalhadores e tentam sempre voltar o resto da população contra quem defende os seus direitos. A velha estratégia do dividir para reinar. Mas, como cada vez mais cada um de nós tem mais razões para fazer greve perante o ataque imoral deste governo aos salários, direitos e ao Estado Social o Passos Coelho já veio dizer que o melhor é modificar a lei da greve, certamente para dificultar ainda mais as sua realização.
Agora, perante uma luta mais que justa dos professores não hesitam em recorrer à ilegalidade de descontar um dia inteiro de salário mesmo que os professores só façam duas horas de greve. Esta gente não presta e são tão zelosos a fazer cumprir leis e normas aos outros mas consideram que eles não estão obrigados a cumprir com o que está escrito. Nem a Constituição os demove e acusam quem exige o seu cumprimento de ser culpados da sua incompetência e desonestidade. O não pagamento dos subsidios de férias em Junho como resulta da resolução do Tribunal Constitucional é só mais um exemplo da longa lista de aldrabices desta gente. Uns bandalhos para não lhes chamar pior.
O Bando de reformados governa o País mas não só!!
Mais um artigo de Paulo Morais .Professor Universitário
«O destino do país está na mão de aposentados. O presidente Cavaco
Silva, a primeira figura do Estado, é reformado.
A segunda personalidade
na hierarquia protocolar, Assunção Esteves, é igualmente pensionista.
Também nos governos nacional
e regionais há ministros que recebem pensão de reforma como Miguel
Relvas ou até Alberto João Jardim.
No Parlamento, há dezenas de deputados nesta situação. Mas... também muitas câmaras são presididas por reformados, do Minho, ao Algarve, de Júlia Paula, em Caminha, a Macário Correia, em Faro.
É
imensa a lista de políticos no ativo que têm direito a uma pensão e de
reforma. Justificam este opulento rendimento com o facto de terem
prestado
serviço público ao longo de doze anos ou, em alguns casos, apenas oito.
Esta explicação não convence, até porque uma parte significativa
deste bando de reformados não só não prestou qualquer relevante serviço à
nação como ainda utilizou os cargos públicos para criar uma rede
clientelar em benefício próprio.
Foi graças a esta teia que muitos enriqueceram e acederam a funções
para que nunca estiveram curricularmente habilitados. A manutenção até
hoje destes privilégios e prebendas é inaceitável, em particular nos
tempos de crise que atravessamos.
Sendo certo que a responsabilidade por este anacronismo não é de
nenhum destes políticos e ex-políticos em particular - também é verdade
que todos têm uma culpa partilhada por não revogarem este sistema
absurdo que atribui tenças milionárias
à classe que mais vem destruindo o país.
Urge substituir este modelo
pelo único sistema admissível que é o de que os titulares de cargos
públicos, quando os abandonam, sejam indemnizados exactamente nos mesmos
termos que qualquer outro
trabalhador.
E
que passem a reformar-se, como todos os restantes cidadãos, quando a
carreira ou a idade o permita. É claro que dirigentes habituados a
acumular reformas de luxo com
bons salários jamais compreenderão os problemas dos que têm de viver com
salários de miséria; ou sequer entenderão as dificuldades dos que
sobrevivem apenas com pensões
de valor ridículo.
Não serão certamente estes reformados de luxo que
conseguirão proceder às reformas estruturais de que Portugal tanto está a
precisar.»
Paulo Morais, Professor Universitário
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