Posted:
30 Jul 2013 06:41 PM PDT
Atas do Foro de São Paulo http://www.midiasemmascara.org/arquivo/atas-do-foro-de-sao-paulo.htmlFundado
em 1990 por Lula e Fidel Castro — por ideia de Lula, como ele mesmo revelou em
maio de 2011 [ver Vídeo 3] —, o “Foro de São Paulo é a mais vasta organização
política que já existiu na América Latina e, sem dúvida, uma das maiores do
mundo. Dele participam todos os governantes esquerdistas do continente. Mas não
é uma organização de esquerda como outra qualquer. Ele reúne mais de uma centena
de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à
indústria dos sequestros, como as Farc e o MIR chileno, todas empenhadas numa
articulação estratégica comum e na busca de vantagens mútuas. Nunca se viu, no
mundo, em escala tão gigantesca, uma convivência tão íntima, tão persistente,
tão organizada e tão duradoura entre a política e o crime”, como escreveu o
filósofo Olavo de Carvalho em 2007.
Por
quase duas décadas, a imprensa brasileira ignorou — para não dizer escondeu — a
existência do Foro de São Paulo, e quem quer que ainda fale a respeito é acusado
de "teórico da conspiração", seja por "idiotas úteis" (como Lenin se referia a
seus colaboradores inconscientes), seja por militantes cínicos, de modo que, se
não há mesmo cura para os segundos, os primeiros ao menos, diante das provas
aqui reunidas, precisarão escolher se serão tão cínicos quanto eles, ou se
finalmente admitirão a própria idiotice — etapa fundamental do seu processo de
cura.
Com vocês: o Foro de São Paulo segundo ele
mesmo.
I.
VÍDEO 1 - 2012 - MENSAGEM DE LULA EM APOIO A HUGO
CHÁVEZ
Trechos da
mensagem de Lula:
“Em 1990, quando criamos o Foro de São Paulo, nenhum de
nós imaginava que em apenas duas décadas chegaríamos onde chegamos. Naquela
época, a esquerda só estava no poder em Cuba. Hoje, governamos um grande número
de países e, mesmo onde ainda somos oposição, os partidos do Foro têm uma
influência crescente na vida política e social. Os governos progressistas estão
mudando a face da América Latina. (...) Em tudo que fizemos até agora, que foi
muito, o Foro e os partidos do Foro tiveram um grande papel que poderá ser ainda
mais importante se soubermos manter a nossa principal característica: a unidade
na diversidade. (...) Sob a liderança de Chávez, o povo venezuelano teve
conquistas extraordinárias, as classes populares nunca foram tratadas com tanto
respeito, carinho e dignidade. (...) Tua vitória será a nossa
vitória.”
II.
VÍDEO 2 - 2008 - HUGO CHÁVEZ CONFESSA: LULA E FARC
JUNTOS NO FORO DE 1995
Hugo Chávez confessa ter conhecido o
presidente Lula e um dos então comandantes das Farc Raúl Reyes — cuja eliminação
pelo Exército colombiano no nordeste do Equador ele lamenta e furiosamente
critica — na reunião do Foro de São Paulo de 1995, em San Salvador, capital de
El Salvador, na América Central:
“Recebi o convite para assistir, em
1995, ao Foro de São Paulo, que se instalou naquele ano em San Salvador. (...)
Naquela ocasião conheci Lula, entre outros. E chegou alguém ao meu posto na
reunião, a uma mesa de trabalho onde estávamos em grupo conversando, e lembro
que colocou sua mão aqui [no ombro esquerdo] e disse: ‘Cara, quero conversar com
você.’ E eu lhe disse: ‘Quem é você?’ ‘Raúl Reyes, um dos comandantes das Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia.’ Nós nos reunimos nesta noite, em algum
bairro humilde lá de El Salvador. (...) E então se abriu um canal de comunicação
e ele veio aqui (...) e conversamos horas e horas. Depois, em uma terceira e
última ocasião, passou por aqui também.”
III.
FARC & PT,
SEGUNDO RAÚL REYES
Em entrevista à Folha de S.
Paulo de 27 de agosto de 2003, Raúl Reyes dera, entre outras, as seguintes
declarações:
Folha — O sr. conheceu Lula?
Reyes — Sim, não
me recordo exatamente em que ano, foi em San Salvador, em um dos Foros de São
Paulo.
Folha — Houve uma conversa?
Reyes — Sim, ficamos
encarregados de presidir o encontro. Desde então, nos encontramos em locais
diferentes e mantivemos contato até recentemente. Quando ele se tornou
presidente, não pudemos mais falar com ele.
Folha — Qual foi a última vez
que o sr. falou com ele?
Reyes — Não me lembro exatamente. Faz uns três
anos.
Folha — Fora do governo, quais são os contatos das Farc no
Brasil?
Reyes — As Farc têm contatos não apenas no Brasil com distintas
forças políticas e governos, partidos e movimentos sociais...
Folha — O
senhor pode nomear as mais importantes?
Reyes — Bem, o PT, e, claro,
dentro do PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os
estudantes, sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores,
jornalistas...
Folha — Quais intelectuais?
Reyes — [O
sociólogo] Emir Sader, frei Betto [assessor especial de Lula] e muitos
outros.”
IV.
A MENTIRA DE VALTER POMAR SOBRE FARC E
FORO
Em 18 de agosto de 2010, saiu no Estadão
Online:
"O secretário executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar,
do Partido dos Trabalhadores (PT), negou hoje (18) qualquer vínculo desse grupo
de partidos da esquerda e da centro-esquerda latino-americanas, criado em 1990,
com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). 'As Farc não
participam e nunca participaram do Foro de São Paulo', disse Pomar, em
entrevista a correspondentes brasileiros em Buenos Aires, onde se realiza o 16.º
encontro da organização.
A Agência Estado insistiu na indagação sobre se
nem em 1990, ano da criação do grupo pelo PT, na capital paulista, houve a
participação no Foro de algum partido político ligado às Farc. 'Eu estava lá.
Não participou nem como um setor de partido', afirmou. Segundo ele, todos os
representantes da Colômbia que participam das reuniões do Foro pertencem a
organizações e partidos legais. O secretário executivo do Foro disse que esse
assunto voltou à tona por causa da declaração do candidato a vice-presidente na
chapa do tucano José Serra, Indio da Costa (DEM), sobre a ligação entre PT e
Farc."
Olavo de Carvalho escreveu na ocasião:
“Quer dizer
então, ó figura, que o Raúl Reyes mentiu ao dizer que presidira a uma assembleia
do Foro ao lado de Lula? Quer dizer que o Hugo Chávez estava delirando ao dizer
que conhecera Raúl Reyes e Lula numa reunião do Foro? Quer dizer que o
expediente da revista América Libre é todo falsificado? Quer dizer que asatas
do Foro foram inventadas por mim, que ainda tive o requinte de escrevê-las
em espanhol? Ora, vá lamber sabão.”
V.
DISCURSO DE LULA
DE 2 DE JULHO DE 2005 - 15 ANOS DE FORO
Pronunciado na celebração dos 15
anos de existência do Foro de São Paulo e reproduzido no site oficial do
governo, de onde depois seria retirado, ficando acessível apenas nos blogs que o
reproduziram, este discurso é, segundo Olavo de Carvalho, "a confissão explícita
de uma conspiração contra a soberania nacional, crime infinitamente mais grave
do que todos os delitos de corrupção praticados e acobertados pelo atual
governo; crime que, por si, justificaria não só o impeachment como também a
prisão do seu autor":
“Em função da existência do Foro de São
Paulo, o companheiro Marco Aurélio [Garcia] tem exercido uma função
extraordinária nesse trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990...
Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro,
presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução
tranquila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela. E só foi possível graças a
uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um estado com
outro estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o
Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação
foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do
que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como
presidente da Venezuela.
Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros
países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles
países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de
São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas
entendessem qualquer interferência política.”
Olavo de Carvalho escreveu
na ocasião:
"(...) O sr. presidente confessa, em suma, que
submeteu o país a decisões tomadas por estrangeiros, reunidos em assembleias de
uma entidade cujas ações o povo brasileiro não devia conhecer nem muito menos
entender.
Não poderia ser mais patente a humilhação ativa da soberania
nacional, principalmente quando se sabe que entre as entidades participantes
dessas reuniões decisórias constam organizações como o MIR chileno, sequestrador
de brasileiros, e as Farc, narcoguerrilha colombiana, responsável, segundo seu
parceiro Fernandinho Beira-Mar, pela injeção
de duzentas toneladas anuais de cocaína no mercado nacional.
(...)"
VI.
PT/FARC/FORO - SEQUÊNCIA DE FATOS
Em 24 de
setembro de 2007, Olavo de Carvalho publicou o artigo "O perigo sou eu",
no qual pede mais uma vez ao leitor — já o tinha feito em "Relendo notícias",
de 2003 — a gentileza de examinar brevemente esta sequência de fatos:
"·
Abril de 2001: O traficante Fernandinho-Beira Mar confessa que compra e injeta
no mercado brasileiro, anualmente, duzentas toneladas de cocaína das Farc em
troca de armas contrabandeadas do Líbano.
· 7 de dezembro de
2001: O Foro de São Paulo, coordenação do movimento comunista latino-americano,
sob a presidência do sr. Luís Inácio Lula da Silva, lança um manifesto de apoio
incondicional às Farc, no qual classifica como 'terrorismo de Estado' as ações
militares do governo colombiano contra essa organização.
· 17 de outubro
de 2002: O PT, através do assessor para assuntos internacionais da campanha
eleitoral de Lula, Giancarlo Summa, afirma em nota oficial que o partido nada
tem a ver com as Farc e que o Foro de São Paulo é apenas 'um foro de debates, e
não uma estrutura de coordenação política internacional'.
· 1º de março
de 2003: O governo petista estende oficialmente seu manto de proteção sobre as
Farc, recusando-se a classificá-las como organização terrorista conforme
solicitava o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.
· 24 de agosto de
2003: O comandante das Farc, Raul Reyes, informa que o principal contato da
narcoguerrilha no Brasil é o PT e, dentro dele, Lula, Frei Betto e Emir
Sader.
· 15 de março de 2005: Estoura o escândalo dos cinco milhões de
dólares das Farc que um agente dessa organização, o falso padre Olivério Medina,
afirma ter trazido para a campanha eleitoral do sr. Luís Inácio Lula da Silva. O
assunto é investigado superficialmente e logo desaparece do
noticiário.
· 2 de julho de 2005: Discursando no 15º. Aniversário
do Foro de São Paulo, o sr. Luís Inácio Lula da Silva entra em contradição com a
nota de 17 de outubro de 2002, confessando que o Foro é uma entidade secreta,
'construída para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas
entendessem qualquer interferência política', que essa entidade interferiu
ativamente no plebiscito venezuelano e que ali, em segredo, ele próprio tomou
decisões de governo junto com Chávez, Fidel Castro e outros líderes
esquerdistas, sem dar ciência disto ao Parlamento ou à opinião pública.
·
9 de abril de 2006: O chefe da Delegacia de Entorpecentes da PF do Rio, Vítor
Santos, informa ao jornal O Dia que “dezoito traficantes da facção criminosa
Comando Vermelho — entre eles pelo menos um da Favela do Jacarezinho e outro do
Morro da Mangueira — vão periodicamente à fronteira do Brasil com a Colômbia
para comprar cocaína diretamente com guerrilheiros das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc). Os bandidos são alvo de investigação da
Polícia Federal. Eles ocuparam o espaço que já foi exclusivo de Luiz Fernando da
Costa, o Fernandinho Beira-Mar”.
· 12 de maio de 2006: O PCC em São Paulo
lança ataques que espalham o terror entre a população. Em 27 de dezembro é a vez
do Comando Vermelho fazer o mesmo no Rio de Janeiro.
· 18 de julho de
2006: O Supremo Tribunal Federal, sob a pressão de um vasto movimento político
orquestrado pelo PT, concede asilo político ao falso padre Olivério Medina,
agente das Farc.
· 16 de maio de 2007: O juiz Odilon de Oliveira, de
Ponta-Porã, divulga provas de que as Farc atuam no território nacional treinando
bandidos do PCC e do Comando Vermelho em técnicas de guerrilha
urbana.
· 12 de fevereiro de 2007: As Farc fazem os maiores
elogios ao PT por ter salvo da extinção o movimento comunista latino-americano
por meio da fundação do Foro de São Paulo.
· Agosto de 2007: Nos vídeos
preparatórios ao seu 3º. Congresso, o PT admite que seu objetivo é eliminar o
capitalismo e implantar no Brasil um regime socialista; e fornece ainda um
segundo desmentido à nota de Giancarlo Summa, ao confessar que o Foro de São
Paulo é 'um espaço de articulação estratégica' (sic).
· 19 de setembro de
2007: Lula oferece o território brasileiro como sede para um encontro entre Hugo
Chávez e os comandantes das Farc.
Entre esses fatos ocorreram outros
inumeráveis cuja data não recordo precisamente no momento, entre os quais o
fornecimento maciço de armas às Farc pelo governo Hugo Chávez, uma campanha
nacional de mídia para desmoralizar o analista estratégico americano Constantine
Menges que divulgava a existência de um eixo Lula-Castro-Chávez-Farc, os
tiroteios entre guerrilheiros das Farc e soldados do Exército brasileiro na
Amazônia, as denúncias de que as Farc davam treinamento em guerrilha urbana
aos
militantes do MST e, é claro, várias assembléias gerais e
reuniões de grupos de trabalho do Foro de São Paulo.
A existência de uma
ligação profunda, constante e solidária entre o PT e as Farc é um fato tão bem
comprovado, que quem quer que insista em negá-la só pode ser parte interessada
na manutenção do segredo ou então um mentecapto incurável. (...)"
VII.
VÍDEO 3 - DISCURSO DE LULA DE 2011 - 17ª REUNIÃO DO FORO
Posted:
30 Jul 2013 06:41 PM PDT
Atas do Foro de São Paulo http://www.midiasemmascara.org/arquivo/atas-do-foro-de-sao-paulo.html
Fundado
em 1990 por Lula e Fidel Castro — por ideia de Lula, como ele mesmo revelou em
maio de 2011 [ver Vídeo 3] —, o “Foro de São Paulo é a mais vasta organização
política que já existiu na América Latina e, sem dúvida, uma das maiores do
mundo. Dele participam todos os governantes esquerdistas do continente. Mas não
é uma organização de esquerda como outra qualquer. Ele reúne mais de uma centena
de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à
indústria dos sequestros, como as Farc e o MIR chileno, todas empenhadas numa
articulação estratégica comum e na busca de vantagens mútuas. Nunca se viu, no
mundo, em escala tão gigantesca, uma convivência tão íntima, tão persistente,
tão organizada e tão duradoura entre a política e o crime”, como escreveu o
filósofo Olavo de Carvalho em 2007.
Por
quase duas décadas, a imprensa brasileira ignorou — para não dizer escondeu — a
existência do Foro de São Paulo, e quem quer que ainda fale a respeito é acusado
de "teórico da conspiração", seja por "idiotas úteis" (como Lenin se referia a
seus colaboradores inconscientes), seja por militantes cínicos, de modo que, se
não há mesmo cura para os segundos, os primeiros ao menos, diante das provas
aqui reunidas, precisarão escolher se serão tão cínicos quanto eles, ou se
finalmente admitirão a própria idiotice — etapa fundamental do seu processo de
cura.
Com vocês: o Foro de São Paulo segundo ele
mesmo.
I.
VÍDEO 1 - 2012 - MENSAGEM DE LULA EM APOIO A HUGO
CHÁVEZ
Trechos da
mensagem de Lula:
“Em 1990, quando criamos o Foro de São Paulo, nenhum de
nós imaginava que em apenas duas décadas chegaríamos onde chegamos. Naquela
época, a esquerda só estava no poder em Cuba. Hoje, governamos um grande número
de países e, mesmo onde ainda somos oposição, os partidos do Foro têm uma
influência crescente na vida política e social. Os governos progressistas estão
mudando a face da América Latina. (...) Em tudo que fizemos até agora, que foi
muito, o Foro e os partidos do Foro tiveram um grande papel que poderá ser ainda
mais importante se soubermos manter a nossa principal característica: a unidade
na diversidade. (...) Sob a liderança de Chávez, o povo venezuelano teve
conquistas extraordinárias, as classes populares nunca foram tratadas com tanto
respeito, carinho e dignidade. (...) Tua vitória será a nossa
vitória.”
II.
VÍDEO 2 - 2008 - HUGO CHÁVEZ CONFESSA: LULA E FARC
JUNTOS NO FORO DE 1995
Hugo Chávez confessa ter conhecido o
presidente Lula e um dos então comandantes das Farc Raúl Reyes — cuja eliminação
pelo Exército colombiano no nordeste do Equador ele lamenta e furiosamente
critica — na reunião do Foro de São Paulo de 1995, em San Salvador, capital de
El Salvador, na América Central:
“Recebi o convite para assistir, em
1995, ao Foro de São Paulo, que se instalou naquele ano em San Salvador. (...)
Naquela ocasião conheci Lula, entre outros. E chegou alguém ao meu posto na
reunião, a uma mesa de trabalho onde estávamos em grupo conversando, e lembro
que colocou sua mão aqui [no ombro esquerdo] e disse: ‘Cara, quero conversar com
você.’ E eu lhe disse: ‘Quem é você?’ ‘Raúl Reyes, um dos comandantes das Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia.’ Nós nos reunimos nesta noite, em algum
bairro humilde lá de El Salvador. (...) E então se abriu um canal de comunicação
e ele veio aqui (...) e conversamos horas e horas. Depois, em uma terceira e
última ocasião, passou por aqui também.”
III.
FARC & PT,
SEGUNDO RAÚL REYES
Em entrevista à Folha de S.
Paulo de 27 de agosto de 2003, Raúl Reyes dera, entre outras, as seguintes
declarações:
Folha — O sr. conheceu Lula?
Reyes — Sim, não
me recordo exatamente em que ano, foi em San Salvador, em um dos Foros de São
Paulo.
Folha — Houve uma conversa?
Reyes — Sim, ficamos
encarregados de presidir o encontro. Desde então, nos encontramos em locais
diferentes e mantivemos contato até recentemente. Quando ele se tornou
presidente, não pudemos mais falar com ele.
Folha — Qual foi a última vez
que o sr. falou com ele?
Reyes — Não me lembro exatamente. Faz uns três
anos.
Folha — Fora do governo, quais são os contatos das Farc no
Brasil?
Reyes — As Farc têm contatos não apenas no Brasil com distintas
forças políticas e governos, partidos e movimentos sociais...
Folha — O
senhor pode nomear as mais importantes?
Reyes — Bem, o PT, e, claro,
dentro do PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os
estudantes, sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores,
jornalistas...
Folha — Quais intelectuais?
Reyes — [O
sociólogo] Emir Sader, frei Betto [assessor especial de Lula] e muitos
outros.”
IV.
A MENTIRA DE VALTER POMAR SOBRE FARC E
FORO
Em 18 de agosto de 2010, saiu no Estadão
Online:
"O secretário executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar,
do Partido dos Trabalhadores (PT), negou hoje (18) qualquer vínculo desse grupo
de partidos da esquerda e da centro-esquerda latino-americanas, criado em 1990,
com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). 'As Farc não
participam e nunca participaram do Foro de São Paulo', disse Pomar, em
entrevista a correspondentes brasileiros em Buenos Aires, onde se realiza o 16.º
encontro da organização.
A Agência Estado insistiu na indagação sobre se
nem em 1990, ano da criação do grupo pelo PT, na capital paulista, houve a
participação no Foro de algum partido político ligado às Farc. 'Eu estava lá.
Não participou nem como um setor de partido', afirmou. Segundo ele, todos os
representantes da Colômbia que participam das reuniões do Foro pertencem a
organizações e partidos legais. O secretário executivo do Foro disse que esse
assunto voltou à tona por causa da declaração do candidato a vice-presidente na
chapa do tucano José Serra, Indio da Costa (DEM), sobre a ligação entre PT e
Farc."
Olavo de Carvalho escreveu na ocasião:
“Quer dizer
então, ó figura, que o Raúl Reyes mentiu ao dizer que presidira a uma assembleia
do Foro ao lado de Lula? Quer dizer que o Hugo Chávez estava delirando ao dizer
que conhecera Raúl Reyes e Lula numa reunião do Foro? Quer dizer que o
expediente da revista América Libre é todo falsificado? Quer dizer que asatas
do Foro foram inventadas por mim, que ainda tive o requinte de escrevê-las
em espanhol? Ora, vá lamber sabão.”
V.
DISCURSO DE LULA
DE 2 DE JULHO DE 2005 - 15 ANOS DE FORO
Pronunciado na celebração dos 15
anos de existência do Foro de São Paulo e reproduzido no site oficial do
governo, de onde depois seria retirado, ficando acessível apenas nos blogs que o
reproduziram, este discurso é, segundo Olavo de Carvalho, "a confissão explícita
de uma conspiração contra a soberania nacional, crime infinitamente mais grave
do que todos os delitos de corrupção praticados e acobertados pelo atual
governo; crime que, por si, justificaria não só o impeachment como também a
prisão do seu autor":
“Em função da existência do Foro de São
Paulo, o companheiro Marco Aurélio [Garcia] tem exercido uma função
extraordinária nesse trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990...
Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro,
presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução
tranquila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela. E só foi possível graças a
uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um estado com
outro estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o
Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação
foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do
que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como
presidente da Venezuela.
Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros
países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles
países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de
São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas
entendessem qualquer interferência política.”
Olavo de Carvalho escreveu
na ocasião:
"(...) O sr. presidente confessa, em suma, que
submeteu o país a decisões tomadas por estrangeiros, reunidos em assembleias de
uma entidade cujas ações o povo brasileiro não devia conhecer nem muito menos
entender.
Não poderia ser mais patente a humilhação ativa da soberania
nacional, principalmente quando se sabe que entre as entidades participantes
dessas reuniões decisórias constam organizações como o MIR chileno, sequestrador
de brasileiros, e as Farc, narcoguerrilha colombiana, responsável, segundo seu
parceiro Fernandinho Beira-Mar, pela injeção
de duzentas toneladas anuais de cocaína no mercado nacional.
(...)"
VI.
PT/FARC/FORO - SEQUÊNCIA DE FATOS
Em 24 de
setembro de 2007, Olavo de Carvalho publicou o artigo "O perigo sou eu",
no qual pede mais uma vez ao leitor — já o tinha feito em "Relendo notícias",
de 2003 — a gentileza de examinar brevemente esta sequência de fatos:
"·
Abril de 2001: O traficante Fernandinho-Beira Mar confessa que compra e injeta
no mercado brasileiro, anualmente, duzentas toneladas de cocaína das Farc em
troca de armas contrabandeadas do Líbano.
· 7 de dezembro de
2001: O Foro de São Paulo, coordenação do movimento comunista latino-americano,
sob a presidência do sr. Luís Inácio Lula da Silva, lança um manifesto de apoio
incondicional às Farc, no qual classifica como 'terrorismo de Estado' as ações
militares do governo colombiano contra essa organização.
· 17 de outubro
de 2002: O PT, através do assessor para assuntos internacionais da campanha
eleitoral de Lula, Giancarlo Summa, afirma em nota oficial que o partido nada
tem a ver com as Farc e que o Foro de São Paulo é apenas 'um foro de debates, e
não uma estrutura de coordenação política internacional'.
· 1º de março
de 2003: O governo petista estende oficialmente seu manto de proteção sobre as
Farc, recusando-se a classificá-las como organização terrorista conforme
solicitava o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.
· 24 de agosto de
2003: O comandante das Farc, Raul Reyes, informa que o principal contato da
narcoguerrilha no Brasil é o PT e, dentro dele, Lula, Frei Betto e Emir
Sader.
· 15 de março de 2005: Estoura o escândalo dos cinco milhões de
dólares das Farc que um agente dessa organização, o falso padre Olivério Medina,
afirma ter trazido para a campanha eleitoral do sr. Luís Inácio Lula da Silva. O
assunto é investigado superficialmente e logo desaparece do
noticiário.
· 2 de julho de 2005: Discursando no 15º. Aniversário
do Foro de São Paulo, o sr. Luís Inácio Lula da Silva entra em contradição com a
nota de 17 de outubro de 2002, confessando que o Foro é uma entidade secreta,
'construída para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas
entendessem qualquer interferência política', que essa entidade interferiu
ativamente no plebiscito venezuelano e que ali, em segredo, ele próprio tomou
decisões de governo junto com Chávez, Fidel Castro e outros líderes
esquerdistas, sem dar ciência disto ao Parlamento ou à opinião pública.
·
9 de abril de 2006: O chefe da Delegacia de Entorpecentes da PF do Rio, Vítor
Santos, informa ao jornal O Dia que “dezoito traficantes da facção criminosa
Comando Vermelho — entre eles pelo menos um da Favela do Jacarezinho e outro do
Morro da Mangueira — vão periodicamente à fronteira do Brasil com a Colômbia
para comprar cocaína diretamente com guerrilheiros das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc). Os bandidos são alvo de investigação da
Polícia Federal. Eles ocuparam o espaço que já foi exclusivo de Luiz Fernando da
Costa, o Fernandinho Beira-Mar”.
· 12 de maio de 2006: O PCC em São Paulo
lança ataques que espalham o terror entre a população. Em 27 de dezembro é a vez
do Comando Vermelho fazer o mesmo no Rio de Janeiro.
· 18 de julho de
2006: O Supremo Tribunal Federal, sob a pressão de um vasto movimento político
orquestrado pelo PT, concede asilo político ao falso padre Olivério Medina,
agente das Farc.
· 16 de maio de 2007: O juiz Odilon de Oliveira, de
Ponta-Porã, divulga provas de que as Farc atuam no território nacional treinando
bandidos do PCC e do Comando Vermelho em técnicas de guerrilha
urbana.
· 12 de fevereiro de 2007: As Farc fazem os maiores
elogios ao PT por ter salvo da extinção o movimento comunista latino-americano
por meio da fundação do Foro de São Paulo.
· Agosto de 2007: Nos vídeos
preparatórios ao seu 3º. Congresso, o PT admite que seu objetivo é eliminar o
capitalismo e implantar no Brasil um regime socialista; e fornece ainda um
segundo desmentido à nota de Giancarlo Summa, ao confessar que o Foro de São
Paulo é 'um espaço de articulação estratégica' (sic).
· 19 de setembro de
2007: Lula oferece o território brasileiro como sede para um encontro entre Hugo
Chávez e os comandantes das Farc.
Entre esses fatos ocorreram outros
inumeráveis cuja data não recordo precisamente no momento, entre os quais o
fornecimento maciço de armas às Farc pelo governo Hugo Chávez, uma campanha
nacional de mídia para desmoralizar o analista estratégico americano Constantine
Menges que divulgava a existência de um eixo Lula-Castro-Chávez-Farc, os
tiroteios entre guerrilheiros das Farc e soldados do Exército brasileiro na
Amazônia, as denúncias de que as Farc davam treinamento em guerrilha urbana
aos
militantes do MST e, é claro, várias assembléias gerais e
reuniões de grupos de trabalho do Foro de São Paulo.
A existência de uma
ligação profunda, constante e solidária entre o PT e as Farc é um fato tão bem
comprovado, que quem quer que insista em negá-la só pode ser parte interessada
na manutenção do segredo ou então um mentecapto incurável. (...)"
VII.
VÍDEO 3 - DISCURSO DE LULA DE 2011 - 17ª REUNIÃO DO FORO
Trechos do discurso de Lula, em que ele
lembra de quando teve a ideia do Foro e do dia em que conheceu Fidel Castro,
admite que Chávez tentou um golpe na Venezuela, e mostra como os participantes
da entidade foram conquistando o poder em toda a América Latina, país por país
(além, é claro, de soltar todas as suas bravatas eleitoreiras):
"(...)
Querido companheiro Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, e sua companheira
Rosario [Murillo]; querido companheiro [Ricardo] Alarcón [de Quesada],
representando aqui o extraordinário povo cubano; querido companheiro [Nicolás]
Maduro, chanceler da Venezuela, queridos companheiros latino-americanos e
convidados para essa 17ª reunião do Foro de São Paulo.
Eu tenho sempre a
preocupação, querido [José Manuel] Zelaya, de participar desses Foros e falar em
português. [Trecho inaudível...] não entende nada do que 'yo hablo'. [Risos.] Eu
tenho um tradutor que é um cubano naturalizado brasileiro. Se precisar o
tradutor pode traduzir para que todo mundo entenda o que estou “hablando”. Se
entende... Bom, se não entender, eu não tenho culpa.
Eu queria dizer a
todos vocês que eu tô emocionado porque faz muito tempo que eu não participo de
uma reunião do Foro de São Paulo. Parece que a última foi no Bar Latino em São
Paulo em 2005, mas muito de passagem. E eu lembro quando tivemos a ideia de
construir o Foro de São Paulo. Em 1985, eu fiz uma entrevista para um jornal
brasileiro, e eu dizia que não era possível um metalúrgico chegar à presidência
pelo voto e disputando democraticamente uma eleição. Quatro anos depois, eu fui
à primeira disputa presidencial, fui para a segunda volta [turno], e terminei as
eleições com 47% dos votos. O PT saiu muito fortalecido daquela eleição. Os
partidos de esquerda que estão aqui, brasileiros — não sei se estão todos, mas o
PCdoB, o PSB, não sei se estão... o PDT — que estiveram juntos comigo, todos nós
saímos muito fortalecidos.
E aí então veio a ideia, conversando com os
companheiros cubanos num primeiro momento, de fazermos uma reunião da esquerda
latino-americana. E fizemos em São Paulo, no Hotel Danúbio que já não existe
mais, em junho de 1990, a nossa primeira reunião. Havia, meu querido Maduro,
tantos partidos de esquerda na América Latina e tantas divergências, que só da
Argentina compareceram 13 partidos políticos, e a única coisa que unificava os
argentinos eram os gols de Maradona na Copa do Mundo de 1990. [Risos. Aplausos.]
Havia um processo de desconfiança muito grande entre toda a esquerda
latino-americana. Nós não tínhamos ainda aprendido uma lição básica que iria
permitir que a esquerda chegasse ao poder. Nós temos um brilhante educador
brasileiro, que já morreu, um dos mais importantes, que muitos latino-americanos
conhecem, Paulo Freire, e ele dizia: 'Juntar os diferentes para derrotar os
antagônicos.'
E nós fomos aprendendo a conviver entre nós, e fomos
construindo uma relação democrática difícil, complicada, muitas vezes era
necessário muita paciência. Eu lembro que uma vez na reunião do Foro de São
Paulo em El Salvador, nós não deixamos o Chávez participar, porque Chávez tinha
tentado o golpe na Venezuela e nós não deixamos ele participar. Era muito
difícil. Havia um processo de desconfiança entre nós muito grande. E de coração
eu quero dizer pra vocês que uma das forças políticas que mais contribuiu para
que nós chegássemos a construir o que nós construímos foram os companheiros do
partido comunista cubano, que sempre tiveram paciência e experiência de nos
ajudar. Não posso desmerecer o trabalho do companheiro Marco Aurélio Garcia, que
hoje está no governo, não está aqui, mas que participou de quase todas as
reuniões do Foro de São Paulo.
Eu fico imaginando que algumas
pessoas não estão mais aqui entre nós. E eu queria saudar aqueles que não estão
aqui entre nós, homenageando o companheiro Schafik [Handal], da Frente Farabundo
Martí, que não está entre nós. [Aplausos.] Nós estamos um pouco mais velhos.
Quando começou o Foro, eu não tinha nenhum cabelo branco. Tomaz Borges tinha
todo o cabelo na cabeça. [Risos] Daniel Ortega era cabeludo. [Risos] Ou seja:
nós estamos cansados, mais do que quando começamos o Foro. Mas o caminho que nós
percorremos não pode perder a importância das nossas conquistas. Nós estamos
falando de 21 anos. Vinte e um anos é o tempo de maturidade de um jovem ou de
uma jovem. E nesses 21 anos, olhemos a fotografia da America Latina de 1990 e
olhemos a fotografia da America Latina de 2011, e nós vamos perceber que um
verdadeiro furacão de democracia passou pelo nosso continente. Um verdadeiro
furacão.
Eu fico olhando a América do Sul. Quando cheguei à presidência
em 2002, só tinha o Chávez. Mesmo assim, tinha sofrido um golpe. Depois, veio
[Nestor] Kirchner. Depois de Kirchner, veio eleições no Paraguai. Depois, no
Uruguai, com Tabaré [Ramón Vázquez Rosas]. Depois veio no Equador. E nós fomos
fazendo uma mudança extraordinária que culminou com a eleição do companheiro Evo
Morales na Bolívia. [Aplausos.] É a demonstração mais viva dessa evolução
política da esquerda latino-americana. [Aplausos.]
Porque esses meninos,
e eu digo meninos porque tive o prazer de participar no dia 19
de
julho de 1980 do primeiro aniversário da Frente Sandinista quando
o orador principal foi Tomás Borges, o dia em que eu conheci Fidel Castro e
fomos comer uma lagosta na casa não sei de quem, e eu lembro perfeitamente bem
que, depois de chegar ao poder por uma revolução, no momento certo a Frente
Sandinista não teve medo e convocou eleições democráticas. Perdeu. Daniel é o
único ser humano do planeta que perdeu mais eleições do que eu. Eu perdi três
eleições. Daniel perdeu quatro eleições. [Risos.] Quatro eleições. Entretanto,
por nenhum momento, por mais acusado que esse companheiro fosse, ele deixou de
acreditar que o caminho da democracia que a Frente Sandinista tinha optado era o
melhor para a Nicarágua. E agora está o companheiro de volta para a presidência
da República pela via do voto direto. Eu, como vocês estão percebendo, tenho
muita dificuldade de fazer qualquer discurso de oposição depois de oito anos de
governo.
Mas vou dizer uma coisa à nossa querida companheira
[Aída 'Mocha' García Naranjo] tratada carinhosamente de 'Mocha'. Uma coisa que
nós fizemos no Brasil e poderia ser feito [sic] no Peru era provar que aquele
discurso de que primeiro a economia tem que crescer para depois distribuir é
apenas meia verdade. Porque na maioria dos nossos países a economia cresceu e
não foi distribuído. E no Brasil nós provamos que fazer ao inverso deu
resultado. Primeiro distribuir pra fazer a economia crescer. [Aplausos.] Nós
provamos três coisas no Brasil. Primeiro: de que é possível distribuir e essa
distribuição fazer com que os pobres se transformem em cidadãos. Segundo:
combinar exportação com importação. Porque no Brasil historicamente se falava
que quando você exportava você diminuía o mercado interno, e quando você
fortalecia o mercado interno você diminuía as exportações. No Brasil, nós
crescemos o mercado externo e fortalecemos o mercado interno. Terceira derrota
que nós impusemos à tese de que era preciso crescer para distribuir: diziam que
não se podia aumentar o salário dos trabalhadores e nem o salário mínimo que
causava inflação. Nós aumentamos o salário mínimo em 62% no meu governo, e
durante oito anos 87% dos trabalhadores tiveram ganho real de salário acima da
inflação. Geramos 15.300.000 empregos formais em oito anos de mandato.
Desapropriamos 47 milhões de hectares de terra. Assentamos 590 mil pessoas. E
dobramos o financiamento para agricultura familiar. Dobramos o [inaudível]
crédito. Nós saímos de 70 milhões de trabalhadores com contas bancárias para 115
milhões de trabalhadores. Ou seja: 45 milhões de trabalhadores em 8 anos viraram
cidadãos com acesso à bancalização.
E tudo isso, querida Mocha, eu
conversava muito com meu amigo [Alejandro] Toledo e conversava muito com Alan
García. Quantas e quantas vezes eu dizia: 'Companheiro, a coisa mais fácil, a
coisa mais barata, o que custa menos pa
ra um governo é gastar
dinheiro com o pobre, porque o pobre custa muito pouco para o Estado.' E quando
nós criamos o Bolsa-Família, até alguns companheiros da esquerda no meu pais
diziam que era política assistencialista. E as pessoas não sabem o milagre que
uma mãe faz com 40, ou 50, ou 60 dólares na mão. Um rico dá de gorjeta depois de
tomar um uísque. Mas uma mãe pobre, ela é capaz de levar comida para um filho
para muitos dias com pouco dinheiro. E nós, no meio da crise, colocamos
praticamente 52 milhões de brasileiros, ou 13 milhões de famílias
,
pra receber uma ajuda mínima. E essa gente se transformou em consumidor, se
transformou em gerador de emprego, e se transformou em pessoas que ajudaram a
economia a crescer. Um dado importante: no auge da crise de 2008, a classe C da
região mais pobre do Brasil, que é o Nordeste e o Norte, consumiram mais do que
a classe A e a classe B da região sul do país, numa demonstração que quando o
pobre tem um pouquinho de dinheiro na mão, ele não deposita no banco pra
especular. Ele vai comprar comida, ele vai comprar roupa, ele vai fazer com que
a roda da economia comece a girar. É por isso que, em apenas 8 anos, nós tiramos
28 milhões de brasileiros da extrema pobreza e colocamos 36 milhões na classe
média. Eu acho que poucas vezes foi possível um país sofrer um processo de
evolução, de transformação econômica que nós sofremos no Brasil.
(...)"
VIII.
FORO DE SÃO PAULO ESTÁ POR TRÁS DAS MANIFESTAÇÕES NO
BRASIL - JUNHO/2013
Notas de Olavo de Carvalho:
"O movimento
arruaceiro foi lançado pelo Foro de São Paulo, como confessou o sr. Valter
Pomar, para forçar um 'upgrade' do processo revolucionário, passando da fase 'de
transição' para a de 'ruptura'. Como sempre acontece nessas ocasiões, alguns
líderes da primeira fase teriam de ser sacrificados, caso não se adaptassem
rapidamente ao novo ritmo das mud
anças. A presidenta Dilma Rousseff
e até o PT como um todo apareciam no cardápio como fortes candidatos à posição
de cabeças cortadas. A "Constituinte" de Dona Dilma é apenas um recurso
desesperado a que ela faz apelo para salvar o próprio pescoço, mostrando serviço
ao Foro para provar que, em vez de ser passada para trás, pode tomar a dianteira
do processo e tornar-se sua condutora em vez de sua vítima. Evidentemente, isso
implica atenuar um pouco o sentido da 'ruptura' e esticar um pouco a fase de
'transição', criando uma etapa mista que assegure a sobrevivência, no poder, de
pelo menos uma parte da primeira geração de líderes revolucionários,
tradicionalmente a candidata maior ao exílio ou ao cemitério quando chega a fase
da 'ruptura'. Como todo governante 'de transição', Lula e Dilma sempre viveram
de arranjos e acomodações, aos quais agora o Foro de São Paulo queria dar um
'basta'. A reação 'de direita' que se viu nas ruas mostrou que a 'ruptura' era
um tanto prematura demais, e isso, de certo modo, devolveu a iniciativa do
processo ao governo 'de transição'. Meno male. Em todo caso, o fator agente
decisivo é, agora como antes, o Foro de São Paulo. Dilma é o rabo que jamais
abanará o cachorro." (Olavo de Carvalho)
"TODA REVOLUÇÃO COMUNISTA É
FEITA PELA ESQUERDA CONTRA A ESQUER
DA. A REVOLUÇÃO É UM MONSTRO QUE
SE ALIMENTA DE SI MESMO. FOI SEMPRE ASSIM, NUNCA SERÁ DE OUTRO MODO. A PRIMEIRA
LEVA DE REVOLUCIONÁRIOS É SEMPRE SACRIFICADA. ISSO É UM DADO HISTÓRICO
FUNDAMENTAL, MAS MUITO IGNORADO NO BRASIL." (Olavo de Carvalho)
"A
esquerda inventa mil novas propostas, mil novas leis, mil novos programas,
sabendo que uns irão adiante, outros serão barrados, mas TODOS manterão a
direita ocupada em discussões sem fim enquanto o poder do Foro de São Paulo
cresce de um modo ou de outro. Por exemplo, se o casamento gay é aprovado, é uma
vitória. Se é rejeitado, dá ocasião a novos protestos. E assim por diante. Do
mesmo modo, o Foro ganha com o sucesso do PT, que amplia os seus meios de ação,
ou com o fracasso do PT, que é capitalizado como argumento em favor da
'ruptura'. Hegemonia é isso: é dominar o tabuleiro e ganhar pelos dois lados.
CHEGA de discutir propostas uma a uma. O que é preciso é queimar a raiz de onde
TODAS elas nascem.
(Olavo de Carvalho)
"Aviso: Não peçam meu
apoio a nenhum movimento que seja 'contra a Dilma', 'contra o PT', 'contra os
corruptos' ou coisa assim. Só apóio o que seja: CONTRA O COMUNISMO CONTRA
O FORO DE SÃO PAULO Estou muito velho para perder meu tempo com VEADAGENS
CÍVICAS." (Olavo de Carvalho)
"O negócio não é 'Não vote no PT'. É NÃO
VOTE EM COMUNISTA. Em nenhum comunista, seja do PT ou de onde for, seja
ostensivo ou camuflado. Coisas como PSTU e PSOL são INFINITAMENTE PIORES do que
o PT. NÃO VOTE EM COMUNISTA. NÃO VOTE EM PUXA-SACOS DO COMUNISMO. NÃO
VOTE EM CÚMPLICES DO COMUNISMO." (Olavo de Carvalho)
"Impeachment da
Dilma para que? Para trocá-la por outro membro do Foro de São
Paulo? AUDITORIA NO FORO DE SÃO PAULO - JÁ!" (Olavo de
Carvalho)
"Em vez de lutar contra infindáveis PECs, PLs,
decretos, etc., tentando matar baratas pelo método de jogar uma naftalina na
cabeça de cada uma, vão direto ao ponto: AUDITORIA NO FORO DE SÃO PAULO -
JÁ!" (Olavo de Carvalho)
"Sou a favor da manifestação contra o
Foro, porém o mais urgente é persuadir o Ministério Público — ou uma CPI — a
investigar as finanças dessa instituição cujos recursos, misteriosíssimos,
parecem ser ilimitados.
AUDITORIA NO FORO DE SÃO PAULO -
JÁ!" (Olavo de Carvalho)
"Chega de discutir pontos particulares do
programa comunista. É preciso acertar no coração do bicho em vez de apenas
roer-lhe as unhas." (Olavo de Carvalho)
"Também chega de
discutir lindas 'propostas positivas' para um Brasil melhor enquanto a praga
comunista não for extirpada. Quando uma jovem está sendo estuprada, não é hora
de sonhar com um lindo casamento, filhinhos, uma casa própria etc. É hora de
parar o estuprador." (Olavo de Carvalho)
"Já escrevi que, na infância,
eu tinha um tremendo complexo de burrice, achava que todo mundo entendia tudo e
só eu era o cego perdido no tiroteio. Adotei como objetivo da minha vida
entender e explicar — se possível — o que se passa. Não sou líder de merda
nenhuma, não tenho ideologia definida, não tenho nenhum programa de ação a
oferecer. Mas posso fornec
er, aos interessados, algumas informações
e análises históricas para que, no devido tempo, descubram o que fazer — e
façam. Como diria o Pernalonga: That's all, folks." (Olavo de
Carvalho)
Ver também: "Quem
paga?" e "Caos
e estratégia", de Olavo de Carvalho.
IX.
ATAS DO FORO DE SÃO
PAULO
Disponíveis no site Mídia Sem Máscara - AQUI.
SITE
DO FORO DE SÃO PAULO - AQUI.
MEMBROS OFICIAIS DO FORO DE
SÃO PAULO - AQUI.
FORO DE SÃO PAULO NO SITE DO PT - AQUI.
MANIFESTAÇÃO
CONTRA O FORO DE SÃO PAULO - AQUI.
X.
MAIS SOBRE ESSES E MUITOS OUTROS ASSUNTOS NO LIVRO...
Da obra de
Olavo de Carvalho, organizado e apresentado por Felipe Moura
Brasil:
O mínimo
que você precisa saber para não ser um idiota.
Em julho de 2013,
pela Editora Record.
******
Pois bem. Está de bom
tamanho?
Então agora, quando alguém falar que o Foro de São Paulo é
"teoria da conspiração", responda logo:Conspiração
é o Foro que te pariu!
Via:
http://felipemourabrasil.com.br e Mídia Sem Máscara
|
Posted:
30 Jul 2013 10:14 AM PDT
Um suposto acordo de paz será o marco inicial para o levante do futuro
líder mundial da nova ordem... Esta "paz" servirá de pretexto para começar a
enganar os judeus e árabes.
Kerry também se reúne com Netanyahu e Abbas
para discutir sobre fronteiras, segurança, Jerusalém, e Vale do Jordão.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está reunido com
os representantes israelenses e palestinos que participam desde segunda-feira em
Washington de conversas preliminares para as negociações de paz entre ambas as
partes, estagnadas há quase três anos, informou hoje a Casa Branca.
Participam do encontro com Obama a ministra israelense de
Justiça, Tzipi Livni, e o chefe negociador da Autoridade Nacional Palestina
(ANP), Saeb Erekat, de acordo com um funcionário da Casa Branca.
Obama
disse nesta segunda-feira que o reatamento do diálogo entre israelenses e
palestinos era "promissor". Além disso, afirmou que vê nos dois lados "um
profundo desejo de paz", mas alertou para o "trabalho duro" que ainda precisa
ser feito.
Enviado por Bryan Paterson Correspondente nos
EUA
Via: EFE
|
Posted:
29 Jul 2013 07:10 PM PDT
Algo
de estranho acontece na terra dos cazaques...
Por que este símbolo em um
lugar tão distante e isolado?
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