quarta-feira, 17 de julho de 2013

Jorge Sampaio e os Refugiados de Guerra


Artigo, brilhante, de João Nobre. Portugal e porque mesmo sendo eu uma criança de pouco mais de 7 anos, bem me lembro de caravanas de carros que passavam na Estrada Real (Nacional de Vilar Formoso a Coimbra) e próximo de uma propriedade de meus pais em Arcozelo da Serra (Gouveia). Dizia o meu pai: "lá vai mais gente a fugir da guerra..." 

Crianças de várias nacionalidades, refugiadas da guerra havia-as em todas as cidades, vilas e aldeias de Portugal, acolhidas em casas de famílias portuguesas. 

Conheci um rapaz, alemão, em S.Pedro do Sul e  um inglês (que fomos amigos) no Porto acolhido em casa de uma família residente na Rua das Flores. 

Nunca Salazar foi desumano em fechar fronteiras a "gregos e a troianos", nem seja usado, como propaganda política, o cônsul Aristides de Sousa Mendes como heroi, a título pôstumo, como o usou o Dr. Mário Soares, para vergastar a memória do Prof. Oliveira Salazar. 

Está para se descobrir quem teria sido o "artista" e por quém mandado que penetrou nos arquivos da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e "pifou" as peças mais importantes e relativas ao processo do cônsul de Bordéus. - José Martins

Quarta-feira, 17 de Julho de 2013





Então???

Mas eu julgava que de acordo com a versão "politicamente correcta" da História, Salazar tinha fechado as fronteiras transformando Portugal num país medieval e impenetrável a qualquer estrangeiro e/ou influência estrangeira. Uma espécie de Coreia do Norte versão Lusitana.

Até passam a vida a falar da história do Aristides de Sousa Mendes para tentar demonstrar a "perfídia assassina" de Salazar que não se importava de deixar morrer os inocentes e alegadamente, de acordo com a versão "politicamente correcta" da História, era um lambe-botas do Nacional-Socialismo alemão. Um anti-semita fervoroso e uma máquina de matar implacável que a natureza determinou que viesse a nascer em Santa Comba Dão.

Agora vem o caríssimo Dr. Jorge Sampaio, um homem de esquerda e das "conquistas de Abril", dizer-nos a todos que afinal de contas Portugal acolheu milhares de refugiados durante a Segunda Guerra Mundial.

Pela graça de São Pancrácio, eu até já julgava que pudesse ser preso ou processado por dizer uma coisa destas tão "politicamente incorrecta". Mas como o dr. Jorge Sampaio o admite, então parece que deve ser mesmo verdade...

Para que o caro leitor fique a saber (talvez até já saiba), para além das crianças austríacas, Portugal recebeu muitos outros milhares de refugiados de inúmeras origens durante a Segunda Guerra Mundial, incluíndo judeus que chegaram a Portugal legalmente e com a autorização do governo de Salazar.

Crianças austríacas acolhidas em Portugal ao abrigo de uma acção da Cáritas Portuguesa durante a Segunda Guerra Mundial. Ao todo, Portugal recebeu mais de 5500 crianças da Áustria que fugiam à miséria e ao infortúnio de uma pátria devastada pela guerra.
Notas:
1 - A.C.M - Portugal Vai Acolher Cem Estudantes Sírios. Diário de Notícias. 16 de Julho de 2013. Link: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3325324. Data da última consulta: 17 de Julho de 2013.

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