quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Posted: 11 Sep 2013 04:11 PM PDT
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Uma forma curiosa de matar é a chamada forma "convencional". Matar, sim, mas dizem as convenções, tem de ser feito de uma foram convencional. Nada de armas químicas, tem de ser uma bomba mesmo a sério.






Outra coisa curiosa é que não se pode matar populações civis, como se os soldados não fossem gente.


Perante isto, ao longo dos tempos as formas de matar foram-se alterando. Num dado contexto tudo é permitido, noutro só se pode matar certas pessoas de uma certa forma. Essas alterações têm permitido certas barbáries em detrimento doutras.


Esse contexto ajuda-nos a aceitar o que é permitido ou não, tudo em nome da matança.


Porquê priviligiar "as mulheres e as crianças". Uma morte não deixa de ser uma morte. A morte de um soldado, muitas vezes obrigado a lutar por uma causa que não entende, não deixa de ser uma morte.


A morte de um qualquer ser  nunca poderá ser banalizada, porque essa morte representa a morte de um ser único, com toda a sua história, com toda a sua vivência única. Essa morte representa a nossa própria morte.


Falar de mortes "admissíveis" representa a nossa própria morte. Nenhuma morte é admissível, seja criança, mulher ou soldado. Nenhuma morte é convencional.







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Posted: 11 Sep 2013 04:01 PM PDT
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Muito se fala de ataques de armas químicas, mas será isso muito diferente de matar de uma forma "limpa". O que é matar de uma forma "limpa"? Um bombardeamento com armas "convencionais" é mais limpa?


No campo puramente de "armas" que se consideramos "inadmissíveis", os Estados Unidos ficam muito mal na fotografia.








1- Os americanos pulverizaram 80 milhões de litros de produtos químicos no no Vietname entre 1962 e 1971




Estes produtos tóxicos destruíram culturas e vidas inocentes. Calcula-se que 400 000 pessoas foram mortas ou sofreram lesões para o resto da vida, 500 000 mal-formações de recém-nascidos e mais de 2 milhões de pessoas vítimas de cancro.




2- Israel ataca civis palestinianos com fósforo branco entre 2008 e 2009.





Esta arma química queima as pessoas até aos ossos. De início negado pelo governo, foi depois admitida. Até a ONU na faixa de Gaza foi atingida.




3- Em 2004, as forças armadas americanas atacaram iraquianos com fósforo branco.





De início os Estados Unidos recuaramo a acusação , depois admitiram que era para criar uma barreira de fumo para iluminar os alvos.




4- A CIA ajudou Saddam Hussein a massacrar curdos durante a guerra de 1988.






A CIA sabia do uso de armas químicas por parte de Saddam Hussein durante a guerra Irão-Iraque, foi durante este período que forneceu as coordenadas para os ataques a aldeias curdas matando mais de 5000 pessoas.





5- A CIA testou produtos químicos nos bairros pobres de São Louis, nos Estados Unidos.





Nos anos 50 foram instalados difusores de gases tóxicos no cimo de certos edifícios, isto no quadro da Guerra Fria. Estes deveriam criar um ecran de fume perante o inimigo. Esses gases nunca foram revelados, contudo, muitas pessoas durante este período morreram de cancro.




6- A polícia rega de gás lacrimogénio os manifestantes de Occupy Wall Street em 2011.



 Neste contexto foram utilizados gases lacrimogénios e outros que se desconhecem.



7- Em 1973, durante o ataque a Waco foram utilizadas armas químicas.






No Texas numa comunidade pacífica religiosa adventista foi utilizado um gás altamente inflamável que matou 49m homens e mulheres e 27 crianças.




8- Em 2003 o Iraque foi coberto com urânio empobrecido.






O Iraque foi atacado com milhares de toneladas de bombas com urânio empobrecido, dando origem a numerosas morte por cancro e mal-formações fetais.




9- Entre 1944 e 1945, as forças americanas mataram milhares de civis japoneses.






Essas mortes foram devidas ao napalm, um gel colante e inflamável. Esse napalm foi utilizado pelos Estados Unidos no Japão para matar mais de 100 000 pessoas e deixar milhões inválidos.





10- Finalmente, apesar das bombas nucleares não serem consideradas "químicas", elas libertam muitos componentes radioactivos que quando não matam no momento da largada, deixam milhões vítimas de cancro.












Este artigo foi baseado num artigo de Wesley Messamore publicado no:

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