terça-feira, 17 de setembro de 2013



Que Deus lhes perdoe porque não sabem o que perguntam

17 Setembro, 2013
Esta entrevista do I a isabel do Carmo seria um exercício de alegre ignorância caso não estivesse em causa a actividade terrorista eufemisticamente designada na entrevista como “luta armada”. Isabel do Carmo conta a proverbial história da carochinha sobre as bombas que não matavam ninguém e à jornalista não ocorre perguntar-lhe  sobre as consequências desses atentados nomeadamente sobre as crianças que ficaram mutiladas. A inconsciência de quem pergunta é tal que acaba a fazer graçolas com as bombas e as bombocas  -Isabel do Carmo tem o discernimento de dizer que prefere arroz doce.  Pelo meio  a antiga líder das BR deixa esta reflexão onde se percebe muita coisa:
Voltava à luta armada?
Só não voltava porque, para já, não me apetecia ir para a cadeia (risos). Neste momento, francamente, não me apetecia. Além disso, numa perspectiva prática, não sei se acções de força seriam eficazes do ponto de vista da alteração da situação. Mas tenho dúvidas. A situação é demasiado global, não é só nacional. O poder partidário-financeiro tem poucos rostos e não está localizado. A época do imperialismo americano passou a imperialismo mundial-financeiro e o reflexo que isso tem depois na política europeia e regionais faz disto uma estrutura demasiado ampla para colocar bombas.

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