terça-feira, 15 de outubro de 2013

birras de miúdos

por Vasco Lobo Xavier, em 15.10.13
Começa a cansar esta novela da birra de Arménio Carlos. Que ele queira manifestar-se numa ponte concebida, construída e principalmente paga no Estado Novo, é lá com ele. Que não perceba, ou que não queira perceber, que isso implica eventuais e perigosíssimos problemas de segurança é que já não se compreende. Ou que compare uma manifestação naquela ponte com uma missa no Terreiro do Paço, onde as pessoas vão em oração, ou mesmo a corridas ou maratonas, onde as pessoas vão felizes divertir-se.

Ao contrário do que afirma perante os cordeirinhos mansos da comunicação social, Arménio Carlos não pode garantir segurança alguma. Nem pode garantir que, num momento em que os ânimos aqueçam (e aquecem muitas vezes nestas situações, por mais ordeiras que pretendam ser as manifestações), não surja um exaltado com tendências suicidas que, perante as câmaras de televisão que promovem, mesmo sem querer, excessos deste género, se empoleire na ponte ou mesmo se atire de lá. Ou que um petardo ou um momento de pânico possa provocar uma catástrofe.

Qualquer criança de quatro anos percebe isto mas Arménio Carlos nem perante a tragédia que aconteceu na Índia (e com peregrinos, não eram manifestações) altera a sua birra.

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