por Fernando Melro dos Santos, em 26.10.13
Tenho lido por estas bandas certos exercícios de inaptidão mental que à escala demonstram bem as causas do marasmo a que chegou Portugal. Dizia alguém que a igualdade na pobreza equivale à igualdade na riqueza, querendo com isto diluir (ou fazer iguais) os conceitos, que são objectivos e irrelativos, de riqueza e pobreza. Tendo falhado em traduzir através da lógica formal a irracionalidade de tal argumento, deixei um exemplo singelo. Igualdade na riqueza (impossível em qualquer sistema sociopolítico) significa não poder almejar ao décimo automóvel para todos. Igualdade na pobreza (inevitável no socialismo sob qualquer das suas formas, do comunismo ao nazismo) significa não poder almejar a um par de meias da sua cor preferida, para todos. É fácil de entender? É, se não vivermos há 40 anos num país demente sob a égide anquilosada de uma ideologia sovietizante onde proliferam, por entre as ruínas da tradição, colónias das mais pusilânimes bactérias - dezenas de sindicatos, cinco partidos socialistas, funcionários rotinizados até à abulia intelectual, uma mafia politico-corporativa para cada sector, e assim por diante. Mas ainda temos o nosso precioso Euro, e volta e meia lá surge um idiot-savant que consegue ser campeão mundial de palitagem dentária.
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