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30 Sep 2013 02:55 AM PDT
Em 2012 prometeu para 2013 e pensava não fazer mais medidas de austeridade.
Em 2013 prometeu o mesmo para 2014. E em 2014, o que vai ser?
Basta procurar um pouco pelas notícias a partir de 2012 para percebermos que Passos Coelho promete, repetidamente, crescimento. A promessa, acompanhada por vezes de estatísticas mas sempre de um discurso igual, leva a imprensa a cita-lo sem antes fazer uma procura nas suas declarações. Depois de uma extensa procura efectuada pelo Tugaleaks, eis os factos: Em Fevereiro de 2012 passos Coelho, em visita à feira do queijo em Gouveia, afirmou que “Termos um programa de assistência económico-financeira que vai durar até 2014 e nos termos desse programa está previsto que, para o final deste ano, comece já a haver uma inversão do ciclo”. Acrescentou ainda que “isso significa que a nossa perspetiva é que 2013 seja já um ano em que, gradualmente, a economia portuguesa vai começar a crescer”. No final do primeiro ano de mandato, quando Passos estava “a aprender com as dificuldades do ano que passou”, afirmava que Portugal estava a cumprir as metas a que se tinha proposto, mas com dificuldades. Estávamos em 25 de Junho de 2012, e Passos na altura, para o próximo ano – o de 2013 – deixava para já de fora mais medidas de austeridade. Na altura, no seu discurso da comemoração do primeiro ano de governação, Passos afirmou que os apoios sociais “têm vindo a crescer mais do que contávamos”. Na altura, as palavras “alarme” e “crise” foram usadas mais de dez vezes. As medidas de austeridade vieram. Cortes e descontos para os mais desfavorecidos. Mas a 27 de Setembro deste ano, Passos afirmou que Portugal vai “com uma recessão consideravelmente menor que aquela que foi esperada”. Contrariamente ao anunciado crescimento em 2013 , agora é 2014 que será um ano de crescimento. Entre o que diz e o que fazHá vários vídeos no YouTube que mostram dados ainda mais além do que uma simples pesquisa efectuada pelo Tugaleaks mostra. Um vídeo, criado pelo Esquerda.net, mostra as discrepâncias, desde o “como primeiro-ministro recuso-me a cortar salários” ao “não será necessário (…) despedir gente”.Mas isto não é crimeEm Setembro do ano passado o Movimento Cívico Tugaleaks apresentou queixa-crime contra Passos Coelho.Avizinhava-se uma batalha legal… não fosse o Ministério Público achar que tal não era crime. A queixa foi arquivada sem ouvir as testemunhas e sem investigação. Do documento de arquivamento, pode-se ler que “O eventual interesse colectivo atingido não está penalmente sancionado e ainda que também se pudesse hipoteticamente dizer que a conduta do 1″ Ministro poderia ser socialmente danosa, tambóm não a encontramos sancionada criminalmente”. |
terça-feira, 1 de outubro de 2013
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