quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

"Horrores indescritíveis" estão a ser feitos às crianças da Síria

Relatório apresentado ao Conselho de Segurança descreve torturas a que são sujeitos os menores nas prisões do regime ou as execuções levadas a cabo por grupos rebeldes.
Rapaz ferido após bombardeamentos em Alepo DIMITAR DILKOFF/AFP
Nas prisões da Síria há crianças, algumas de apenas 11 anos, fechadas em celas com adultos, sujeitas ao mesmo tratamento e às mesmas torturas. Nas ruas da Síria, há crianças a combater, crianças mortas em bombardeamentos ou executadas a tiro. Há crianças sequestradas, usadas como escudo humano e outras de quem se perdeu o rasto. O relato destes e outros “horrores indescritíveis” é feito pelas Nações Unidas num relatório em que aponta o dedo acusador tanto ao regime de Bashar al-Assad como aos grupos armados que o combatem.
Este é o último de muitos documentos sobre a catástrofe de uma guerra que, segundo números da própria ONU, já matou mais de dez mil crianças e forçou mais de um milhão a fugir do país. Há milhões de outras deslocadas e muitas que tentam sobreviver a um Inverno de frio e fome.
Mas é o primeiro relatório apresentado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e o primeiro a fazer uma descrição exaustiva do impacto de quase três anos de guerra sobre uma geração inteira, apresentando uma lista interminável de abusos a que as crianças sírias estão sujeitas.

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