"Horrores indescritíveis" estão a ser feitos às crianças da Síria
Relatório apresentado ao Conselho de Segurança descreve torturas a
que são sujeitos os menores nas prisões do regime ou as execuções
levadas a cabo por grupos rebeldes.
Nas prisões da Síria há crianças, algumas de apenas
11 anos, fechadas em celas com adultos, sujeitas ao mesmo tratamento e
às mesmas torturas. Nas ruas da Síria, há crianças a combater, crianças
mortas em bombardeamentos ou executadas a tiro. Há crianças
sequestradas, usadas como escudo humano e outras de quem se perdeu o
rasto. O relato destes e outros “horrores indescritíveis” é feito pelas
Nações Unidas num relatório em que aponta o dedo acusador tanto ao
regime de Bashar al-Assad como aos grupos armados que o combatem.
Este é o último de muitos
documentos sobre a catástrofe de uma guerra que, segundo números da
própria ONU, já matou mais de dez mil crianças e forçou mais de um
milhão a fugir do país. Há milhões de outras deslocadas e muitas que
tentam sobreviver a um Inverno de frio e fome.
Mas é o primeiro relatório apresentado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas
e o primeiro a fazer uma descrição exaustiva do impacto de quase três
anos de guerra sobre uma geração inteira, apresentando uma lista
interminável de abusos a que as crianças sírias estão sujeitas.
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