Metalomecânica de Sines: trabalhadores com contratos suspensos
Ordenados em atraso atingem mais de 30 de um total de 80 trabalhadores
Por: tvi24 / LF | 2014-02-18
15:04
Mais de 30 dos cerca de 80 trabalhadores com ordenados em atraso
de uma metalomecânica de Sines têm os seus contratos de trabalho suspensos, uma
medida que dará tempo à empresa para recuperar, garantiu esta terça-feira o
diretor-geral.
A Compelmada Internacional, detida pelo Grupo FTM, de Francisco Tavares Machado, está «a passar por momentos complicados», assumiu à agência Lusa o responsável pela empresa, João Pedro Machado.
A suspensão dos contratos de 34 funcionários foi, segundo o gestor, uma forma de «dar à administração algum, pouco, tempo» para resolver os problemas da empresa, entre os quais a falta de trabalho.
«Nós tínhamos uma obra grande, que era para ser realizada para o Brasil, que por motivos políticos do próprio cliente nos foi retirada, o que criou aqui um hiato de tempo, até aparecerem novas encomendas, um pouco complicado», explicou João Pedro Machado, citado pela Lusa.
Com a escassez de trabalhos na área da metalomecânica em Portugal, o responsável está com os olhos postos no mercado internacional e afiança que «estão a começar a aparecer projetos interessantes, principalmente para países de leste, como a Rússia».
A empresa está na fase final de um concurso para uma obra «que poderá trazer um enorme desafogo» e permitir «voltar a chamar os trabalhadores para exercerem as suas funções», bem como «liquidar tudo o que está em atraso».
Atualmente, os cerca de 80 funcionários da Compelmada Internacional têm dois salários em atraso, indicou João Pedro Machado, o mesmo acontecendo com os perto de 40 trabalhadores da Metalsines, outra empresa do Grupo FTM sediada em Sines.
Na Metalsines, especializada no fabrico de vagões para transporte ferroviário, «há também [problemas], mas são de mais fácil resolução», por ter «uma estrutura mais pequena».
Segundo o gestor, há também dívidas à Segurança Social e às Finanças, entidades com as quais a empresa está a negociar o estabelecimento de planos de pagamento.
Apesar da situação da empresa, «não está na mente dos acionistas, nem da administração, fechá-la», frisou o responsável.
«Quem anda há um ano a despender de fundos próprios para liquidação de obrigações da empresa é porque não quer minimamente que feche», reforçou.
Contactado pela Lusa, Daniel Silvério, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (Site Sul), confirmou que a Compelmada Internacional está com «falta de trabalho», mas mostra «vontade de resolver os problemas».
«Os ordenados do ano passado foram quase todos pagos do bolso [do proprietário da empresa]», corroborou o sindicalista.
O Site Sul, que representa alguns dos trabalhadores da empresa, não está «muito de acordo» com a suspensão dos contratos de trabalho.
«Mas, tendo em conta que é para tentar, de alguma forma, salvaguardar postos de trabalho, nós não nos metemos», afirmou Daniel Silvério.
http://www.tvi24.iol.pt/economia---emprego/sines-ordenados-em-atraso-metalomecanica-trabalhadores-emprego-dinheiro/1538428-6374.htmlA Compelmada Internacional, detida pelo Grupo FTM, de Francisco Tavares Machado, está «a passar por momentos complicados», assumiu à agência Lusa o responsável pela empresa, João Pedro Machado.
A suspensão dos contratos de 34 funcionários foi, segundo o gestor, uma forma de «dar à administração algum, pouco, tempo» para resolver os problemas da empresa, entre os quais a falta de trabalho.
«Nós tínhamos uma obra grande, que era para ser realizada para o Brasil, que por motivos políticos do próprio cliente nos foi retirada, o que criou aqui um hiato de tempo, até aparecerem novas encomendas, um pouco complicado», explicou João Pedro Machado, citado pela Lusa.
Com a escassez de trabalhos na área da metalomecânica em Portugal, o responsável está com os olhos postos no mercado internacional e afiança que «estão a começar a aparecer projetos interessantes, principalmente para países de leste, como a Rússia».
A empresa está na fase final de um concurso para uma obra «que poderá trazer um enorme desafogo» e permitir «voltar a chamar os trabalhadores para exercerem as suas funções», bem como «liquidar tudo o que está em atraso».
Atualmente, os cerca de 80 funcionários da Compelmada Internacional têm dois salários em atraso, indicou João Pedro Machado, o mesmo acontecendo com os perto de 40 trabalhadores da Metalsines, outra empresa do Grupo FTM sediada em Sines.
Na Metalsines, especializada no fabrico de vagões para transporte ferroviário, «há também [problemas], mas são de mais fácil resolução», por ter «uma estrutura mais pequena».
Segundo o gestor, há também dívidas à Segurança Social e às Finanças, entidades com as quais a empresa está a negociar o estabelecimento de planos de pagamento.
Apesar da situação da empresa, «não está na mente dos acionistas, nem da administração, fechá-la», frisou o responsável.
«Quem anda há um ano a despender de fundos próprios para liquidação de obrigações da empresa é porque não quer minimamente que feche», reforçou.
Contactado pela Lusa, Daniel Silvério, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (Site Sul), confirmou que a Compelmada Internacional está com «falta de trabalho», mas mostra «vontade de resolver os problemas».
«Os ordenados do ano passado foram quase todos pagos do bolso [do proprietário da empresa]», corroborou o sindicalista.
O Site Sul, que representa alguns dos trabalhadores da empresa, não está «muito de acordo» com a suspensão dos contratos de trabalho.
«Mas, tendo em conta que é para tentar, de alguma forma, salvaguardar postos de trabalho, nós não nos metemos», afirmou Daniel Silvério.
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