sexta-feira, 4 de abril de 2014

Portugal Público
 Público Hospitais cortaram um quarto dos exames e análises em dois anoS Alexandra Campos 04/04/2014 - 13:04
 Entre 2010 e 2012, houve uma queda nos actos complementares de diagnóstico em hospitais públicos e uma subida nos privados. 1 / 2 Showing image 1 of 2 5 Os hospitais públicos fizeram menos 44 milhões de actos complementares de diagnóstico (análises e exames como radiografias ou endoscopias) e menos 2,6 milhões de actos complementares de terapêutica (fisioterapia, radioterapia, etc), entre 2010 e 2012. Em contrapartida, neste período as unidades privadas aumentaram substancialmente a sua actividade nestas duas áreas, ainda que isso não tenha sido suficiente para compensar a redução verificada no sector público. Nestes dois anos, o número total de exames e análises caiu 26,5%. Antecipando o Dia Mundial da Saúde, que se celebra segunda-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) traça esta sexta-feira uma espécie de retrato da década entre 2002 e 2012 neste sector, um retrato que prova que os hospitais privados conquistaram terreno e ganharam dimensão durante este período. Entre 2002 e 2010, o número de actos complementares de diagnóstico cresceu continuadamente nos hospitais públicos, mas a partir de 2010 baixou substancialmente (menos 44 milhões de exames e análises). No mesmo período onde se regista a quebra no sector público, nos hospitais privados – que em 2012 asseguravam já 7,9% do total das análises e exames (contra apenas 1,1% em 2002), indicam os dados do INE - esta actividade aumentou substancialmente com a realização de mais um milhão de actos em 2010 para 9,6 milhões em 2012. Em 2012, nos 214 hospitais que existem no país (110 dos quais são públicos) realizaram-se 122 milhões de actos complementares de diagnóstico e 22 milhões de actos complementares de terapêutica. Também o número de atendimentos em urgência cresceu substancialmente nos privados - praticamente duplicou numa década, passando de 460 mil, em 2002, para 800 mil, em 2012. Mesmo assim, o sector público ainda foi responsável por 88% das urgência sem 2012.

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