segunda-feira, 21 de abril de 2014

Russos em Portugal tentam dissipar nevoeiro da guerra da informação sobre a crise na Ucrânia

Podem estar longe, mas seguem muito atentamente o que se passa na Ucrânia, país irmão, do qual não querem ser afastados. Lamentam a “guerra da informação” entre o Ocidente e a Rússia e lembram os laços que os unem à antiga República.
“Ao mudar de canal de televisão muda-se o discurso e altera-se a linguagem”, diz Ekaterina Malginova Adriano Miranda/PÚBLICO
Olga Kazmina, 57 anos, é russa e mora em Portugal há 20 anos. Três dos seus cinco filhos nasceram cá e sentem-se portugueses, mas permanecem muito ligados ao que chama “alma russa”. Deixemos a tradutora explicar: “Camões deixou a namorada afogar-se, mas conseguiu salvar os Os Lusíadas. Um poeta russo nunca faria isso. Largava o manuscrito, escrevia-o melhor e salvava a namorada.” Diz-nos Olga que a “alma russa” se manifesta em “comportamentos em situações extremas”.

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