quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Crise

Militares tomarão medidas se Cavaco promulgar OE

Económico
30/11/11 12:15

Presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas afirma que os militares "vão tomar medidas" se o Presidente promulgar o Orçamento.

Questionado pela TSF sobre que medidas podem ser essas, Manuel Cracel explicou: "As circunstâncias hão-de ditar a melhor forma de o fazer. Importa referir que nas circunstâncias em que tal vier a acontecer, hão-de ser sempre num contexto institucional e democrático".

O coronel lamentou ainda que apesar dos diversos pedidos da Associação de Oficiais das Forças Armadas, Cavaco Silva, nunca tenha recebido os militares. E defende mesmo que o Presidente da República teria muito a ganhar se ouvisse os militares.

Os militares vão tentar ser recebidos ainda hoje no Palácio de Belém, para deixarem um documento a Cavaco Silva em que pedem o veto do Orçamento.

A partir das 18:00, os dirigentes das associações socioprofissionais das Forças Armadas "e todos os militares que queiram e possam" irão para a porta do Palácio de Belém, a residência oficial do Presidente da República, que é o comandante supremo das Forças Armadas, para fazer "uma vigília" que tem como objectivo pedir a Cavaco Silva que vete o Orçamento do Estado, mas também que receba as associações do sector pela primeira vez.

"Os militares, dando continuidade à manifestação [de 12 de Novembro], pretendem pedir ao senhor Presidente da República que não promulgue o Orçamento do Estado para 2012, que contém aspectos e decisões que afrontam sobremaneira a condição dos militares e a própria instituição militar", explicou à agência Lusa Manuel Cracel.

Com esta iniciativa, os militares querem "deixar ali com a sua presença" as "profundas reservas" que têm "relativamente ao que vai acontecendo" no país e com as políticas de austeridade adoptadas pelo Governo, "em particular no que diz respeito aos militares", ainda segundo o dirigente da AOFA.

Os militares protestam sobretudo contra os cortes que os afectam e a retirada de direitos inerentes à condição militar, sublinhando que estão a ser equiparados a qualquer funcionário público quando lhes são pedidas obrigações e disponibilidade que não existem para nenhum outro grupo profissional.








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