5 de Outubro - O feriado que entrou em coma
Quando por volta das 3 da madrugada, já do dia 5 de
Outubro, ouvi uma destas novas “jornalistas modernas” anunciar que
dentro de algumas horas teria lugar a cerimónia comemorativa da «implementação» (sic) da República... confesso que temi o pior. A realidade veio, infelizmente, dar-me toda a razão.
A coisa foi um verdadeiro massacre:
- Uma cerimónia fortemente sitiada, borrada de medo dos cidadãos da República ali festejada.
- A bandeira içada de pernas para o ar...
o que segundo os códigos militares, parece querer dizer que o
território foi tomado pelo inimigo... o que não podia ser mais
simbólico!
- Passos Coelho estrategicamente ausente, para participar numa reunião da “Liga dos Amigos da Pesca ao Achigã”... ou lá o que é... mas, ainda assim, presente, embora na forma de um “cabeçudo de romaria”.
- Ecos do desespero que muitos cidadãos – cada vez mais! – vão tendo como pano de fundo nas suas vidas.
- Saídas cobardolas pela porta do cavalo... mas nem
assim evitando as justas vaias dos cidadãos que, embora pagando a
cerimónia e os vencimentos de quase todos os presentes, foram mantidos à
distância.
- Oportunidade para alguns cromos ficarem na fotografia, fazendo o que podem... como este, presente e pateta, ou este outro, ausente e esperto.
- Uma cantora lírica (parabéns pela atitude!), cujo maior “lirismo” foi acreditar que naquelas condições seria possível cantar uma canção de Lopes Graça, sem se fazer trucidar, juntamente com a canção.
Pobre República!
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