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12 Oct 2012 05:14 AM PDT
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Lei aprovada no mês passado exige o consentimento dos pais para ritual com a boca
NOVA YORK — Um grupo de judeus ortodoxos processou o estado de Nova York nesta quinta-feira por uma nova lei que exige o consentimento dos pais para um ritual de circuncisão em que o circuncidador usa a boca para tirar sangue do pênis do bebê. O processo, aberto na Corte Distrital dos EUA, afirma que a regulamentação é inconstitucional e viola a liberdade religiosa, por tentar impedir um ritual judaico.
A lei, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Saúde da cidade de Nova York no mês passado, visa a reduzir o risco de que os bebês contraiam herpes. O ritual, conhecido como metzitzah, é comum entre os 1,1 milhão de judeus ortodoxos que residem na cidade. De acordo com autoridades de saúde da cidade, pelo menos 11 meninos pegaram a doença com a realização da prática, entre 2004 e 2011. Dois deles morreram em consequência da herpes e outras dois sofreram danos cerebrais.
De acordo com a nova regra, os pais devem assinar um termo de consentimento que diz que o departamento de saúde aconselha que “a sucção oral direta não deve ser realizada”. O processo dos judeus ortodoxos afirma, no entanto, que a conclusão do tribunal de que o ritual aumenta o risco de herpes é baseada numa análise imperfeita e não é estatisticamente válida.
“Esta opinião é baseada em um estudo limitado, em suposições imprecisas e em dados insuficientes, os quais permanecem sendo ativamente debatidos dentro das comunidades médicas e científicas”.
Os autores incluem o Congresso Rabínico dos Estados Unidos e do Canadá, a Associação Internacional Bris e vários circuncisadores individuais, conhecidos como mohelim. Eles pedem que um juiz a emita uma liminar suspendendo a regulamentação.
Já o comissário de Saúde da cidade, Thomas Farley, defendeu a lei.
“A maior obrigação da cidade é proteger seus filhos, por isso, é importante que os pais conheçam os riscos associados à prática”, afirmou em um comunicado.
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