“TIREM AS MÃOS DO NOSSO ROCHEDO”
Uma das razões pelas quais a União Europeia não pode ter o upgrade
político que os engenheiros utópicos do europeísmo desejam é porque,
como velho continente, - muita guerra geopolítica, nacional, e civil
durante muitos séculos, muitas raças, culturas, tradições “história” hard,
- só com muita prudência se pode avançar sem retirar debaixo do tapete
um dos múltiplos conflitos nacionais que lá estão escondidos.
Um desses,
o “rochedo” inglês em território espanhol, está de novo a aquecer os
ânimos entre o Reino Unido e a Espanha, motivando uma florida retórica
bélica do Presidente da Câmara de Londres. Espanha que, por sua vez, têm
umas possessões em Marrocos, de que também não quer ouvir falar que não
são “espanholas”.
Se começarmos por Portugal, estamos em perfeita
felicidade, porque Olivença se bem que não inteiramente “resolvida”, não
excita ninguém a não ser o seu Grupo de Amigos. Mas, caminhando para
dentro da Europa, temos as “nacionalidades” espanholas, em particular o
País Basco e Catalunha, depois a Córsega, o Reino Unido às voltas com a
independência da Escócia e com a ferida do Ulster, a Itália com o
pequeno problema do Trentino- Alto-Ádige e o grande problema da Lega
Nord. Quanto mais para o centro leste da Europa, pior
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