O direito à estupidez
Ontem, no Parlamento, discutiu-se algo que
parecendo ocioso é da maior importância: os cidadãos são autónomos e têm
direito à estupidez, ou, pelo contrário, o Estado, através da lei deve
proteger os estúpidos da sua própria estupidez?
A questão surgiu a propósito das praxes académicas.
Uma proposta do Bloco de Esquerda, partia de um princípio definitivo
sobre o que é uma praxe ("as praxes transportam uma cultura de abuso e
violência"), ao passo que a proposta do PSD e do CDS colocava a tónica
na possibilidade efetiva de um estudante escolher se quer ou não
participar numa praxe. A proposta do Bloco de Esquerda foi recusada e a
segunda aprovada com o voto de todos os partidos.
Esta questão é importante no ponto exato em que dois
deputados a colocaram. Telmo Correia, do CDS, afirmou que o passo
decisivo será garantir que ninguém participa numa praxe contra a sua
vontade. Pedro Delgado, do PS, afirmou que as pessoas "têm o direito de
agir de forma estúpida se essa for a sua vontade".
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