sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Posted: 15 Oct 2014 06:33 PM PDT


Amber Joy Vinson, a segunda enfermeira que deu positivo, fez uma viagem doméstica de avião menos de 24 horas antes de ser internada

O presidente Barack Obama cancelou abruptamente nesta quarta-feira (15) uma viagem e, em seu lugar, convocou uma reunião de gabinete na Casa Branca para discutir a crise do ebola nos EUA. A medida foi anunciada no mesmo dia em que autoridades anunciaram que uma segunda enfermeira testou positivo para o vírus.

Segundo a Casa Branca, a viagem de Obama aos Estados de Nova Jersey e Connecticut seria adiada para uma outra data. Obama falará com os repórteres na tarde desta quarta depois de se reunir com as autoridades que coordenam a resposta do governo ao ebola.

A decisão de Obama de cancelar a viagem -poucas horas antes da decolagem do Air Force One- reflete a urgência que o caso impõe ao governo e o desejo da Casa Branca de mostrar que o presidente está totalmente comprometido com a questão.

O presidente norte-americano planejava viajar a Nova Jersey para arrecadar dinheiro para os democratas do Senado e voar para Connecticut para participar de um comício de Dannel Malloy. O governador democrata, assim como muitos outros de seu partido nas eleições de novembro, veem-se em uma apertada disputa pela reeleição.

Voo

Amber Joy Vinson, a segunda enfermeira que deu positivo para o vírus de ebola após atender o liberiano Thomas Eric Duncan em um hospital do Texas, fez uma viagem doméstica de avião nos EUA menos de 24 horas antes de ser internada depois de apresentar os primeiros sintomas, informaram nesta quarta-feira (15) as autoridades sanitárias.

"Por causa da proximidade entre o voo da tarde e o primeiro relatório da doença na manhã seguinte, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) está contatando os passageiros que estavam no voo 1143 de Frontier Airlines, de Cleveland a Dallas/Fort Worth, de 13 de outubro", disse o CDC.

A enfermeira de 29 anos não mostrava "sinais ou sintomas da doença durante o voo 1143 de acordo com a tripulação". Os CDC explicaram que a companhia aérea "trabalha em estreita colaboração" com as autoridades para "identificar e notificar" os passageiros que estavam nesse voo. As autoridades também pediram que 132 passageiros a bordo do voo se comuniquem com os CDC para avaliar individualmente cada caso.

As pessoas consideradas com maior risco de contágio já estão em observação, informaram as autoridades em seu comunicado. "Depois das 13h (horário local, 14h em Brasília), profissionais de saúde pública começarão a entrevistar os passageiros do voo, respondendo a suas perguntas e organizando o acompanhamento do caso", informaram os CDC.

A paciente permanece isolada desde a noite de terça-feira (14), quando deu positivo para o vírus o exame depois que ela apresentou uma ligeira febre. Ela está internada no Hospital Presbiteriano de Dallas, onde Duncan foi atendido e onde também está a enfermeira Nina Pham, o primeiro caso de contágio no país.

Amber é um dos 76 empregados do hospital que trataram Duncan, morto na semana passada. As autoridades desconhecem como as profissionais se contagiaram, por isso tomaram a decisão de controlar a temperatura da equipe médica duas vezes ao dia para detectar sintomas de ebola.

Em comunicado, a companhia aérea informou que, após conhecer a notícia, "respondeu imediatamente", retirou o "avião de serviço" e trabalha com os CDC e outras agências governamentais para garantir que sejam seguidos os "protocolos e procedimentos adequados".

Folhapress e ocorreiodedeus,com.br
Posted: 15 Oct 2014 05:28 AM PDT


Um segundo funcionário do sistema de saúde do Texas, nos Estados Unidos, foi contaminado com ebola e testou positivo para a doença, informou o Departamento de Serviços de Saúde Pública do Estado nesta quarta-feira (15). Ele foi infectado enquanto tratava do liberiano Thomas Eric Duncan, primeiro paciente da doença no país.

O funcionário do Hospital Presbiteriano do Texas foi imediatamente isolado após apresentar febre nesta terça-feira (14), informou o órgão.

“Oficiais de saúde entrevistaram os pacientes mais recentes do funcionário para identificar rapidamente qualquer contato ou potencial exposição, e essas pessoas serão monitoradas”, disse o departamento.

O Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) informou que o exame positivo do segundo trabalhador foi o resultado de uma análise preliminar realizada durante a noite e que o organismo está realizando a própria análise para confirmar o resultado.

"Como afirmamos anteriormente, de acordo com nossa investigação, não é inesperado que aconteçam exposições adicionais ao vírus", adverte o CDC em um comunicado.

O CDC destacou que novas medidas estão sendo adotadas para aumentar o nível de preparação nos hospitais, incluindo o envio a Dallas de especialistas que conseguiram controlar focos de Ebola na África nas últimas duas décadas.

O organismo afirmou que pretende melhorar os procedimentos para proteger os trabalhadores da área de saúde no Hospital Presbiteriano de Dallas e que os funcionários deste e de outros centros médicos receberão mais treinamento para tratar com a doença.

Infecção
O caso é o segundo de transmissão da doença dentro dos Estados Unidos. Nina Pham, uma enfermeira também do Texas, foi o primeiro caso de contágio no país. Ela está internada em uma área de isolamento do hospital onde trabalha.

Nina, de 26 anos, contaminou-se com o vírus como membro da equipe que tratou do liberiano Thomas Eric Duncan.

Duncan tinha viajado da Libéria para o Texas em setembro e começou a apresentar os sintomas do ebola dias depois de sua chegada. Ele morreu na semana passada.

Nina recebeu plasma retirado do sangue de um médico que se curou da doença. A transfusão de plasma, contendo anticorpos para o vírus do ebola, ocorreu na tarde desta segunda.

Ele veio de Kent Brantly, o médico do Texas que sobreviveu ao ebola. Brantly contraiu a doença quando trabalhava como voluntário em um grupo missionário também na Libéria.

O diretor dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC), Thomas Frieden, disse que a agência vai ampliar o treinamento dos profissionais do sistema de saúde dos EUA.

Segundo ele, 76 pessoas que podem ter tido contato com Duncan após sua internação estão sendo monitoradas.

Segundo Frieden, "apenas uma única pessoa" teve contato com Nina enquanto ela poderia transmitir a doença. O diretor dos CDC disse também que ainda não sabe como a enfermeira contraiu a doença em uma unidade hospitalar de isolamento.

Duncan foi o primeiro paciente a ser diagnosticado com ebola nos Estados Unidos, mas ele contraiu a infecção em seu país natal, a Libéria. O caso desta profissional de saúde foi o primeiro em que a transmissão da doença ocorreu em território americano.

Quebra de protocolo
Uma quebra nos protocolos de segurança, possivelmente durante a remoção de equipamentos de proteção após o tratamento do paciente com ebola, pode ter causado a contração do vírus mortal por Nina.

Frieden disse que, em algum momento durante o atendimento do paciente original, houve uma brecha no protocolo que resultou na infecção da profissional de saúde.

Todos os profissionais de saúde de Dallas que ajudaram a cuidar de Duncan foram potencialmente expostos ao vírus, disse Frieden.

"Outra (área) que nós estaremos olhando de perto na investigação são as intervenções que foram feitas para tentar desesperadamente manter (Duncan) vivo", disse ele ao programa de televisão do canal CBS "Face the Nation".

"Isto incluiu diálise e intubação. Estes são dois procedimentos que podem resultar na propagação de material infeccioso", disse Frieden.

Via: G1

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