terça-feira, 4 de setembro de 2012

ANTÓNIO BORGES - TRAIDOR DA PÁTRIA!




Onde há fumo....
Wikileaks: Parpública na mira do Goldman Sachs e ?CIA privada?
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O fundo financeiro criado pela Stratfor e o Goldman
Sachs viu no memorando da troika a hora certa para comprar obrigações da Parpública. A holding detém participações do Estado nas empresas a privatizar sob orientação de António Borges, que já fora o escolhido pela Goldman Sachs para prestar serviços de consultoria à Parpública em 2004, no âmbito da privatização da GALP e EDP.
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ARTIGO | 30 AGOSTO, 2012 - 02:21
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Em Fevereiro, a Wikileaksrevelou ao mundo o convite que o Goldman Sachs dirigiu à empresa de espionagem Stratfor: a parceria num Hedge Fund chamado Stratcap. De acordo com um email de Agosto de 2011, escrito por George Friedman, o CEO desta ?CIA privada?, a oferta partiu do director do Goldman Sachs, Shea Morenz ? ?ele propôs uma nova aventura, Stratcap, que nos permitirá utilizar o conhecimento que produzimos sobre o mundo num espaço novo mas com conexões ? um fundo de investimento.
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Onde previamente aconselhamos outros Hedge Funds, teremos agora o nosso próprio, inteiramente fundado pelo Shea (?) nos já estamos a trabalhar em simulações de investimento e transacções?. Outros emails mostram que, durante 2011, foi montada uma complexa estrutura financeira com recurso a offshores de forma a lançar a Stratcap sob uma capa de aparente legalidade.
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O esquerda.net teve acesso a estes emails revelados pela Wikileaks que indicam que a Parpública ? empresa que gere as participações do Estado português em grupos como a GALP, REN, Águas de Portugal, TAP e ANA ? estava na mira deste fundo de investimento.
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Num email de Setembro de 2011 um alto responsável da Stratfor, Alfredo Viegas, chama a atenção para o plano de privatizações anunciado pelo Governo português e pela troika ? ?(?) isto abre algumas oportunidades de negócio muito interessantes no que toca a empresas paraestatais portuguesas e possivelmente em outros PIIGS (?) Para mim o activo mais interessante são os 5,25% de obrigações da Parpública. O que torna estes títulos muito interessantes é que são convertíveis para a GALP ? aquela empresa de combustíveis (?).?
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A Stratfor não perdeu tempo. Num documento enviado ao CEO, George Friedman, intitulado ?STRATCAP Portfolio - summary? é possível verificar a inclusão de um quadro que faz referência aos títulos da Parpública. E já em 10 de Novembro, Alfredo Viegas exulta com as declarações de Pedro Passos Coelho, que nesse dia anunciou o plano de cortar a despesa pública em 43% até 2014 ? ?(?) é muito agressivo. Se eles fizerem isso, Portugal é uma grande compra? encurtando o nosso caminho para os títulos da Parpública.?
António Borges e a privatização da Parpública
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A Parpública foi criada em 2000 pelo Governo de António Guterres com o objectivo de ser o instrumento do Estado para assegurar a gestão de empresas em processo de privatização. Esta posição concedeu uma importância central a esta holding pública que viu os seus lucros subirem a pique na última década, fruto das privatizações levadas a cabo por todos os Governos. Com a vinda da troika e o plano do PSD e CDS para privatizar as últimas jóias da coroa ? TAP, ANA, CP Carga, CTT e Caixa Seguros, Água de Portugal e RTP ? a própria Parpública tem os seus dias contados, pois o Estado deixará de ter participações nessas empresas.
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Na segunda versão do memorando de entendimento foi avançada a possibilidade de dissolução da Parpública ou a sua integração na administração pública, ?uma vez que as suas fontes de receitas serão afectadas pela privatização?.
A verdade é que até à decisão final é pela Parpública que passará o processo de privatizações, e é no âmbito da Parpública que opera António Borges, assessor indicado por Passos Coelho para liderar o processo. Mas esta não foi a primeira vez que António Borges lidou com a Parpública.
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Entre Fevereiro de 2004 e Abril de 2005 o Goldman Sachs prestou consultadoria financeira à Parpública no âmbito dos processos de privatização da GALP e EDP, recebendo por esse tempo 2,3 milhões de dólares do Estado português. Nesse tempo, o representante do Goldman Sachs perante o Estado foi António Borges, que agora fala em nome do Estado a defender as privatizações, incluindo o modelo ruinoso de concessão da RTP apresentado na entrevista à TVI na semana passada.
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A ligação de Borges ao Goldman Sachs tem levado ao questionamento da sua imparcialidade na condução do processo de privatizações. Marc Roche, autor do livro «O Banco: Como Goldman Sachs dirige o Mundo», quando questionado sobre a escolha de Borges pelo Governo de Passos Coelho, alertou ? ?
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O problema é que o senhor Borges não disse o que fez no Goldman Sachs.Pode haver um conflito de interesses. É preciso total transparência (?) O senhor Borges tem de decidir se o Goldman Sachs tem ou não um papel nas privatizações». Assessor de Relvas acha "normal" informar Stratfor enquanto está no Governo

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