Este artigo expõe como se tem gerido Portugal, e quem o tem gerido. Deixa ainda a nu a gravidade a que o país chegou. I - A situação actual 0. A verdade é que a situação financeira do Estado é dramática e tem causado algumas divergências entre os governantes. 1. A dívida pública atingiu em números redondos os 214.573.000.000,00€ no final de Junho. 2. Está a aumentar ao ritmo de 67.010.003,00 € ao dia ou seja 2.791.667,00 € / hora. 3. Pelo ritmo com que a dívida está a subir, é possível que ocorra mais rápido do que se pensa a tal "ruptura descontrolada" nos pagamentos do Estado (pouca gente - incluindo os jornalistas - reparou nesta advertência) que o Dr. Vítor Gaspar referiu na conferência de imprensa em que anunciou a "enorme subida de impostos". 4. Neste momento a dívida pública per capita de cada português orça os 20 000 €, e cada um de nós paga em impostos cerca de 1000,00€/ano para os juros (a uma taxa média de 5%). II - O que é que as eleições - antecipadas ou não - alteraram no passado? 5. O gráfico seguinte ilustra a evolução da dívida pública nos últimos 32 anos e mostra que não há inocentes na desgraça para que atiraram o povo português. Evolução da dívida directa do Estado Português (1980-2012) Um leitor do blog, afirma que o gráfico acima, contém algumas incorrecções. E enviou-me estes dados que corrigem alguns aspectos menos específicos, do gráfico em cima. Pois o cálculo deve ser feito em % de crescimento entre o valor no momento da saída e o valor herdado do anterior. Portanto estas são as percentagens que substituem as que estão a vermelho no gráfico em cima.
6. Todos os primeiros-ministros aumentaram o montante da dívida pública. 7. A seguir ao Eng. Tec. José Sócrates, o maior contribuinte para este buraco foi o actual Presidente da República. 8. Este facto mostra que o Prof. Silva, que com a arrogância típica que o caracteriza declarou a uma jornalista que "raramente tinha dúvidas e nunca se enganava", afinal não passa de um medíocre vaidoso dado à gabarolice e auto-elogio. Foi ele precisamente que começou a cavar o buraco orçamental. Os sucessores limitaram-se a ampliá-lo. 9. Historicamente, como podeis observar no gráfico, durante os últimos 40 anos as eleições e mudanças de governantes nunca alteraram o rumo ascendente do montante da dívida pública. 10. Por isso, a marcação de eleições antecipadas ou não e a troca de governantes dentro dos partidos do sistema não irá alterar nada. 11. Fora do sistema, talvez seja possível encontrar soluções. Mas com uma turba eleitoral imbecil, que ainda vai toda contente aplaudir e votar em quem a despreza e explora, dificilmente essas alternativas serão eleitas.
III -
Causas
12. A causa deste descalabro reside na actuação de muita gente que ocupou cargos de responsabilidade no aparelho de Estado e que actuou nalgumas situações com irresponsabilidade e incompetência, e noutras com cupidez e ganância com o objectivo de enriquecer rápida e ilegitimamente à custa de negócios com o Estado em que os contribuintes saíram lesados. 13. A lenga-lenga que nos andam a impingir que a culpa não é deles, governantes, mas dumas entidades misteriosas e difusas que ninguém sabe bem o que são, chamadas "mercados financeiros", ou, "especuladores internacionais", ou ainda mais ignóbil, que a culpa é duma governante estrangeira, a Dra. Angela Merkel, que nunca teve quaisquer responsabilidades governativas em Portugal, não passa de propaganda reles destinada a ludibriar mais uma vez o eleitorado acéfalo que vota nos partidos a que pertencem. O Estado português vive de dinheiro e tempo emprestados. Isto vai acabar mal, e se calhar já não faltará muito. Para os interessados aqui ficam as estatísticas do Banco de Portugal, para consulta. (O artigo em cima foi elaborado enviado por um leitor do blog, que me autorizou a sua publicação.) |
sábado, 31 de agosto de 2013
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