sábado, 31 de agosto de 2013

Posted: 30 Aug 2013 08:59 AM PDT
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Algumas fontes ligadas ao departamento de defesa americano referem a próxima quinta feira, dia 05 de setembro, como o dia do início dos ataques dos Estados Unidos à Síria. Estes terão como alvos bases militares, bases de defesa anti-aérea, aeroportos e bases de comando.



Antes das conclusões oficiais dos inspectores da ONU no terreno, o secretário de Estado da Defesa americano já afirmou que os Estados Unidos já concluíram que o regime sírio está na origem da utilização de armas químicas.





Os Estados Unidos reforçaram a sua presença no mediterrâneo com um quarto navio de guerra armado de mísseis. Actualmente as forças em presença são as seguintes:









Os responsáveis sírios já avisaram que em caso de ataque, será criada uma coligação entre o Irão, o Iraque, o Líbano e a Síria com vista a atacar Israel.

Mas será mesmo assim? Em caso de ataque americano à Síria algum país estará disposto a ajudá-la? Aparentemente não.




Rússia:

No dia 26 deste mês, o ministro dos negócios estrangeiros russo, Serguei Lavrov, disse numa conferência de imprensa: "A Rússia não fará a guerra a ninguém, mesmo que haja uma ingerência externa de forças no conflito". "Podem deduzir isso mesmo, pela nossa posição nos últimos anos quando o direito internacional não estava a ser cumprido na Jugoslávia, no Iraque e na Líbia. Não temos qualquer intenção de entrar em guerra com quem quer que seja".
A Rússia apenas vetará uma guerra contra a Síria em caso de votação no Conselho de Segurança.



China:

A China sempre teve uma polícia externa de não ingerência. Apesar da China não ter qualquer interesse directo na zona (está mais voltada em termos energético para a África), quer manter boas relações com a Rússia, porque um dia poderá necessitar do seu vote no Conselho de Segurança. Em caso de conflito não irá intervir, apenas está disposta a vetar qualquer intervenção militar no seio da ONU.



Irão:

Principal aliado da Síria, apesar das ameaças verbais contra os Estados Unidos em caso de ataque à Síria, se estas forem limitados, não deverá intervir. Apenas em caso de alargamento do conflito é que o Irão poderá intervir, inicialmente através das milícias do Hezbollah no Líbano (apoiado pelo Irão) lançando ataque pontuais contra Israel.



Jordânia:

Tem conseguido gerir com grande diplomacia a sua situação interna e tem tentado manter uma certa distância em relação à guerra civil síria. Considerada uma aliada dos Estados Unidos, vive com a ameaça da subida ao poder de extremistas islâmicos, mas não quer servir de base de intervenção americana.



Líbano:

O Líbano vive uma grande instabilidade, com metade da sua população anti-Assad e a outra metade a favor do regime sírio apoiado pelo o Hezbollah. A sua intervenção, em caso de ataque à Síria, será limitada ao envio de combatentes pro-regime sírio, o que já faz actualmente, e eventuais bombardeamentos contra as posições dos rebeldes sírios. Só em caso de alargamento do conflito é que poderá lançar ataques limitados contra Israel.



Iraque:

Vive uma tensão interna muito grande entre sunitas e xiitas. Em caso de conflito, não deverá intervir, apesar de aliado da Síria, apenas poderá enviar pontualmente combatentes, o que já faz actualmente.



Palestina:

Não tem uma posição unânime sobre a guerra civil na Síria, tendo-se sempre demarcado de qualquer declaração publica. De qualquer maneira não dispõe de meios para intervir.

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