Aldrabice - a sua imagem de marca...
Confesso que não li "a" entrevista, apenas colhi (aqui
e acolá) algumas passagens. Dessas impressões, o presente post salienta duas
que apenas confirmam a ideia geral que já tinha da personagem.
A primeira tirada trata-se da frase mais reproduzida da entrevista nos media: "Sou o chefe democrático que a direita sempre quis ter".
Esta tirada deu origem a diversos comentários e reflexões de cariz político (se corresponde a um piscar de olhos à direita, se um posicionamento para as presidenciais ou se os simpatizantes de esquerda, podem ter ficado ofendidos, etc.).
Por “aqui”, o que sobressai dessa afirmação é apenas a confirmação da arrogância, da vaidade e da soberba do “ingenheiro”, imagem que ficou sugerida daquele célebre momento do “oh Luís, fico melhor assim ou assim?... ”. Momento esse, recorde-se, em que se confirmava o pedido de ajuda externa pelo País, com as contrapartidas e as medidas que os portugueses tão bem conhecem…
A primeira tirada trata-se da frase mais reproduzida da entrevista nos media: "Sou o chefe democrático que a direita sempre quis ter".
Esta tirada deu origem a diversos comentários e reflexões de cariz político (se corresponde a um piscar de olhos à direita, se um posicionamento para as presidenciais ou se os simpatizantes de esquerda, podem ter ficado ofendidos, etc.).
Por “aqui”, o que sobressai dessa afirmação é apenas a confirmação da arrogância, da vaidade e da soberba do “ingenheiro”, imagem que ficou sugerida daquele célebre momento do “oh Luís, fico melhor assim ou assim?... ”. Momento esse, recorde-se, em que se confirmava o pedido de ajuda externa pelo País, com as contrapartidas e as medidas que os portugueses tão bem conhecem…
A segunda frase exprime aquele desconcertante lado
de Sócrates, mais concretamente, a desfaçatez e o “à vontade” com que insulta a
inteligência das pessoas.
A propósito da nacionalização do BPN, terá respondido “não sabia o que aquilo era!”…
Coitado, ele não fazia ideia (nem sabe o que é um offshore sequer...), se soubesse os prejuízos de tal decisão, subentende-se, a decisão seria outra … se fosse o entrevistador teria perguntado:
A propósito da nacionalização do BPN, terá respondido “não sabia o que aquilo era!”…
Coitado, ele não fazia ideia (nem sabe o que é um offshore sequer...), se soubesse os prejuízos de tal decisão, subentende-se, a decisão seria outra … se fosse o entrevistador teria perguntado:
“Mas, quando diz que "não sabia", isso não é uma admissão de incapacidade / impreparação, para governar o País?”
Também revelou que achou “…."mais prudente fazer a nacionalização", sublinhando que se estimava que o buraco da instituição fosse de 600 milhões de euros”. Mas, esperem lá, então na altura da nacionalização, Sócrates e T. Santos, não asseguraram aos portugueses que aquela nacionalização não custaria “um cêntimo aos portugueses”?!
(Neste caso, não é de excluir a possibilidade de não ter
existido contraditório, por receio da jornalista em ser
insultada...)
Enfim, pelos enormes prejuízos futuros que acarretam, supõe-se que pelo mesmo efeito “não sabia o que aquilo era!”, Sócrates também não teria tomado outras decisões:
As PPP rodoviárias…, As PPP na área da energia…., A concessão de barragens hidro-eléctricas à EDP…, As obras do Parque Escolar…, Etc..
Tudo em Sócrates é fabricado e vazio… de verdade. Por isso, não li a entrevista, assim como, não vejo o seu “espaço de comentário” dominical. Ler ou ouvir a personagem, é um “déjà-vu”, e, acima de tudo, é deprimente constatar como em Portugal (leia-se, a sociedade portuguesa) ainda é um campo tão fértil para charlatões: dos falsos padres, passando pelos “professor bambo” (de várias cores) ou os funcionários da S Social impostores que aldrabam velhinhas.
Enfim, pelos enormes prejuízos futuros que acarretam, supõe-se que pelo mesmo efeito “não sabia o que aquilo era!”, Sócrates também não teria tomado outras decisões:
As PPP rodoviárias…, As PPP na área da energia…., A concessão de barragens hidro-eléctricas à EDP…, As obras do Parque Escolar…, Etc..
Tudo em Sócrates é fabricado e vazio… de verdade. Por isso, não li a entrevista, assim como, não vejo o seu “espaço de comentário” dominical. Ler ou ouvir a personagem, é um “déjà-vu”, e, acima de tudo, é deprimente constatar como em Portugal (leia-se, a sociedade portuguesa) ainda é um campo tão fértil para charlatões: dos falsos padres, passando pelos “professor bambo” (de várias cores) ou os funcionários da S Social impostores que aldrabam velhinhas.
É deprimente constatar como em Portugal (e isto é válido
para qualquer organização: uma empresa, por ex.), pode surgir um lunático e vergar
à sua megalomania e delírio, toda uma estrutura. T. Santos, em última instância
(e pagou por isso...), forçou um resgate que, se tivesse sido
negociado 6 meses antes, não teria os erros de concepção deste, feito "em cima do
joelho".
A este propósito, recordar como Sócrates
diabolizou o FMI, ele era o homem que "não estava disponível para governar com o FMI",
pois, como começa a sua declaração ao País depois de celebrado o MOu?..."O Governo conseguiu um bom acordo, um acordo que defende
Portugal...".
Assim, do dia para a noite, o "péssimo" fmi
passou a ser a solução e, claro, ele (Sócrates) o homem indicado para por o
memorando em prática... isto não são contradições...
Enfim, para concluir, republicamos um post de Agosto e deixamos à consideração do leitor, qual
será afinal a “imagem de
marca” que melhor define Sócrates:
- Se o, sempre presente, padrão: “optar pelo mais fácil no presente e atirar com os prejuízos para os governos seguintes”;
- Ou então, este cândido “não sabia o que aquilo era…”.
- Se o, sempre presente, padrão: “optar pelo mais fácil no presente e atirar com os prejuízos para os governos seguintes”;
- Ou então, este cândido “não sabia o que aquilo era…”.
"...Recordem-se as “imagens de marca” dos governos de
Sócrates:
PPP rodoviárias:
Sabiam que estas obras foram lançadas com um período de carência de 5 anos? Ou seja, o empreiteiro com dinheiro emprestado pela banca (bem remunerado claro...), faz a obra e só 5 anos depois o Estado começa a pagá-la... Isto é, injecta-se dinheiro na economia, criam-se um postos de trabalho e cobram-se uns impostos, faz-se uma festarola a inaugurar a obra à hora de abertura dos telejornais...
Cinco anos depois (agora) ficam auto-estradas onde não passa ninguém e é altura de pagar a dívida acumulada!
Isto não é mascarar as contas?!
Desorçamentação generalizada (obras públicas, saúde, educação, etc…):
Talvez o caso mais evidente desta desorçamentação seja a empresa Estradas de Portugal. Até ao consulado Sócrates, a despesa relacionada com manutenção e construção de estradas estava no perímetro orçamental. Com a alteração do estatuto da Estradas de Portugal (EP), todos esses encargos, deixaram de ser contabilizados no Orçamento de Estado e passaram as contas daquela empresa.
.
Todos os anos, milhares de milhões de €,
"desapareceram" do défice mas foram-se acumulando na dívida E. P. –
alguém, mais tarde, haveria de pagar. Aqui, podem constatar a dimensão deste
truque contabilístico: enquanto, no final de 2007 a dívida da EP era de 1.000
milhões de €, 18 meses depois (em 2009, portanto) essa dívida já ultrapassava
os 15.000 milhões! Mas, claro, a comunicação social em nada disso via razão
para alertar os cidadãos e, nesse mesmo ano, Sócrates – por pouco – não voltou
a ter maioria absoluta…
Para aferir a dimensão da despesa que foi sonegada à contabilidade do défice, podemos ainda consultar aqui (artigo do Jornal de Negócios), como entre 2008 e 2011, a desorçamentação terá atingido valores entre os 6% e os 9% do PIB! (em média, 8.000 a 9.000 milhões € / ano).
Isto não é mascarar as contas?!
Para aferir a dimensão da despesa que foi sonegada à contabilidade do défice, podemos ainda consultar aqui (artigo do Jornal de Negócios), como entre 2008 e 2011, a desorçamentação terá atingido valores entre os 6% e os 9% do PIB! (em média, 8.000 a 9.000 milhões € / ano).
Isto não é mascarar as contas?!
.
Concessão de barragens hidroeléctricas à EDP:
Concessão de barragens hidroeléctricas à EDP:
No mesmo ano em que Sócrates se afirmava o campeão do défice,
para além da desorçamentação que era uma prática comum desde o início do seu
mandato, encaixou, só em 2007 cerca de
750 milhões de € pela concessão à EDP das novas barragens
no Douro. Os portugueses, basta olhar para a sua factura, facilmente percebem
quem está agora a pagar esses negócios...
Note-se, que falamos das barragens que, mais tarde (2011, 1021)
se dizia colocarem em causa o estatuto “Douro Património Mundial”. Imaginam o
cenário que resultaria do cancelamento dessas obras, como iria o Estado
devolver esse dinheiro à EDP e indemnizar as partes envolvidas (empreiteiros,
projectistas, municípios, trabalhadores…)?
Isto não é mascarar as contas?!
A empresa pública Parque Escolar:
Aqui assiste-se a uma prática similar às PPP Rodoviárias, difere apenas na circunstância de o concessionário das PPP rodoviárias serem entidades privadas e, neste caso, o concessionário (a quem as rendas são pagas) ser uma entidade pública.
Um aspecto abordado na comunicação social, foi a chama “festa do Parque Escolar”. Mais uma vez, com recurso a fundos comunitários – mas com uma significativa componente de dívida à banca – foram efectuadas obras faraónicas em escolas pelo País fora (candeeiros Siza Vieira, pedras e mármores de países exóticos, sistemas de ar condicionado apenas usados em hóteis 5*, etc.). No entanto, um aspecto que não foi muito falado, e que explica como essa divida à banca será paga nas próximas décadas, é a circunstância de todas as escolas intervencionadas ao abrigo deste programa, passarem a ter de pagar avultadas rendas à empresa Parque Escolar. Esta, por sua vez e durante os próximos 20 – 30 anos, canalizará para a banca essas verbas de modo a reembolsar dívida assumida…
“Cada escola remodelada paga, em média, uma renda de 320 mil euros por semestre à Parque Escolar. Valores podem chegar aos 113 milhões por ano, quando estiverem prontas 178 escolas.”
Isto não é mascarar as contas?!
A empresa pública Estamo:
(esta é das minhas favoritas) Esta empresa pública foi criada para gerar receitas extraordinárias através da gestão do patrmónio imóvel do Estado, operava da seguinte forma: O Estado dispoe de um imenso parque de imóveis onde funcionam todos os organismos da sua (mostruosa) estrutura. A Estamo é uma empresa pública criada para adquirir imóveis ao próprio Estado (confuso?), passando os organismos e serviços do Estado que funcionavam nesses edifícios a ser inquilinos da Estamo.
Isto não é mascarar as contas?!
A empresa pública Parque Escolar:
Aqui assiste-se a uma prática similar às PPP Rodoviárias, difere apenas na circunstância de o concessionário das PPP rodoviárias serem entidades privadas e, neste caso, o concessionário (a quem as rendas são pagas) ser uma entidade pública.
Um aspecto abordado na comunicação social, foi a chama “festa do Parque Escolar”. Mais uma vez, com recurso a fundos comunitários – mas com uma significativa componente de dívida à banca – foram efectuadas obras faraónicas em escolas pelo País fora (candeeiros Siza Vieira, pedras e mármores de países exóticos, sistemas de ar condicionado apenas usados em hóteis 5*, etc.). No entanto, um aspecto que não foi muito falado, e que explica como essa divida à banca será paga nas próximas décadas, é a circunstância de todas as escolas intervencionadas ao abrigo deste programa, passarem a ter de pagar avultadas rendas à empresa Parque Escolar. Esta, por sua vez e durante os próximos 20 – 30 anos, canalizará para a banca essas verbas de modo a reembolsar dívida assumida…
“Cada escola remodelada paga, em média, uma renda de 320 mil euros por semestre à Parque Escolar. Valores podem chegar aos 113 milhões por ano, quando estiverem prontas 178 escolas.”
Isto não é mascarar as contas?!
A empresa pública Estamo:
(esta é das minhas favoritas) Esta empresa pública foi criada para gerar receitas extraordinárias através da gestão do patrmónio imóvel do Estado, operava da seguinte forma: O Estado dispoe de um imenso parque de imóveis onde funcionam todos os organismos da sua (mostruosa) estrutura. A Estamo é uma empresa pública criada para adquirir imóveis ao próprio Estado (confuso?), passando os organismos e serviços do Estado que funcionavam nesses edifícios a ser inquilinos da Estamo.
Quem beneficiava com isto? A banca que, para além da assessoria
e comissões das operações, emprestava dinheiro à Estamo para as operações de
compra dos imóveis, por outro lado. o défice desse ano, com esta receita, lá
baixava mais um pouco.
O problema, é que a partir daí, estes organismos - que não
tinham despesas por ocuparem esses edifícios -, passam a ter rendas a pagar à
Estamo (que, na verdade, é um mero intermediário da banca).
Isto não é mascarar as contas?!
E o que têm comum todas estas manigâncias contabilísticas? Todas elas, através de divida contraída à banca, contaram com a cumplicidade do sector financeiro e este, claro, entre comissões, pareceres e assessorias, elevadas taxas de juro, etc.., graças a quem desgraçadamente nos governou nesse período, encontrou à sombra do Estado – à custa dos contribuintes portugueses – a “galinha dos ovos de ouro”.
"
Li e...
|
Etiquetas: ingenheiro,
Realidade paralela socialista
Sem comentários:
Enviar um comentário